MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 5 de janeiro de 2020

Bolsonaro tem mais é que ficar quietinho, sem se meter nessa nova crise do Oriente Médio


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Charge do Sid (Arquivo Google)
Francisco Bendl
Não entendo como se pode fugir da essência da discussão sobre a crise entre Estados Unidos e Irã, mesmo que as ideologias entendam a questão do assassinato do general Qassim Suleimani diferente uma da outra.
A pergunta a ser respondida é a seguinte: Se o militar iraniano era terrorista, que direito têm os Estados Unidos de matá-lo?! E, ainda por cima, distante do continente americano?!
INOCENTES FORAM MORTOS – E o pior é que, no minucioso atentado, que lançou um míssil e alto impacto de um superdrone avaliado em US$ 11 milhões, foram mortas pelo menos oito pessoas, que os Estados Unidos nem sabiam quem eram e se tinham alguma ligação com terroristas, inclusive empregados subalternos, como garçons que serviam ao chefe militar e que também foram executados sem  jamais terem cometido crime algum contra os americanos!
Ora, ora, ora, até quando os eventuais representantes do Tio Sam continuarão a se arvorar em juízes do mundo, como o fizeram Bush pai e filho, Clinton, Obama e agora Trump?
Desde quando Trump passou a entender que pode sair matando inocentes a pretexto de executar um militar inimigo? E mesmo se todos fossem terroristas, os americanos possuem autoridade para eliminá-los sem julgamento e por bombardeio?!
UM GRANDE RISCO – Definitivamente, isso não significa proteção aos Estados Unidos, na ótica tosca de Trump, mas expor sua nação a um conflito que pode descambar para uma guerra de proporções bíblicas!
O presidente norte-americano parece que ainda não engoliu ter abortado a invasão à Venezuela, porque Rússia e China alertaram o prepotente mandatário, e agora deseja que o palco da encrenca ou do tira-teima seja longe de seu território, certamente para atrapalhar a obra do século, a nova Rota da Seda que a China está construindo entre a Ásia e a Europa, para aumentar a aproximação com a Rússia e a Europa inteira.
HAVERÁ RETALIAÇÕES – Foi apenas uma bombinha no Irã, mas facilmente pode provocar retaliações que envolvam Israel, Egito, Palestina, Iraque, Síria, Líbano, Jordânia, Arábia Saudita, Qatar, Doha, Kuwait, Abu-Dabi, Dubai, até mesmo os miseráveis do Yêmen, e o Oriente Médio será dividido mais uma vez, agora entre três potências!
Nesse meio tempo, que os demais países do mundo botem as suas barbas de molho, pois os preços dos alimentos e combustíveis vão à lua, que seria mais uma maneira esplêndida de o imperialismo lucrar mais ainda com o sofrimento de povos e nações!
Diante desse quadro confuso e perigoso. Bolsonaro tem mais é que ficar quieto, resignando-se à sua insignificância nessa crise internacional.

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