O porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros,
disse que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) “não admite em
hipótese alguma” procedimentos como o do militar preso na Espanha com 39
kg de cocaína num avião da comitiva presidencial. “O presidente, o
Ministério da Defesa, o comando da Força Aérea, não admitem em hipótese
nenhum procedimentos desse tipo de relação a seus recursos humanos e
deseja que o mais rápido possível que isso seja aclarado e a pessoa seja
punida devidamente dentro dos trâmites”, afirmou Rego Barros logo após a
chegada da comitiva presidencial em Osaka, no Japão. Bolsonaro
participa pela primeira vez da reunião do G20, que será realizado na
cidade japonesa entre sexta-feira (28) e sábado (29). A prisão do
militar em um avião da FAB que integrava a comitiva presidencial gerou
incômodo ao governo. Rêgo Barros negou que o caso tenha sido o motivo da
troca de escala da comitiva presidencial que inicialmente estava
marcada para Sevilha, mas foi transferida para Lisboa, capital de
Portugal. “Não, isso é uma questão técnica e foi avaliada pelo comando
da Força Aérea juntamente com o GSI”, disse. Rêgo Barros disse ainda que
o presidente determinou que o Ministério da Defesa, por meio da Força
Aérea, tome todas as providencias para o mais rápido possível
disponibilizar à polícia espanhola para que ela possa, de posse desses
dados, imediatamente tomar as providencias legais”, afirmou. O porta-voz
foi perguntado se houve falha na segurança do presidente e respondeu
que isso está sendo apurado “por meio de um inquérito policial militar,
sob a responsabilidade do comando da Força Aérea do Brasil”. Bolsonaro
chegou ao Japão pouco antes das 14h desta quinta-feira (27), horário
local, e demonstrou irritação e impaciência durante uma breve entrevista
à imprensa. Rêgo Barros negou que ele estivesse irritado pelo caso da
prisão do militar. “Não, tem a ver com ele ter chegado de viagem tendo
que chegar aqui para descansar para amanhã estar disposto para cooperar
no G20 e no Brics para que todos os países que estão aqui envolvidos
possam sair daqui com coisas que sejam palpáveis”, afirmou.
Folha de S. Paulo
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