Diante do volume enorme e postagens na internet em relação às eleições presidenciais, desejo transmitir uma ideia ao jornal O Globo e também a todas as empresas que compõem o universo do grupo familiar. A ideia é a seguinte: O jornal O Globo publicar semanalmente as principais notícias e comentários falsos detectados pela equipe tanto do jornal quanto da rede, quanto na Globonews.
Isso porque o grupo publicou com destaque relativo à importância do tema seu projeto de combater as fake news e informar, na medida do possível os autores as falsificações e distorções que navegam na rede eletrônica. Será uma decorrência lógica da batalha a qual a empresa se propõe a conter nos limites possíveis.
FAKES EM PROFUSÃO – Digo limites possíveis porque no trimestre de abril a junho, referentes à sucessão presidencial foram postadas 131 milhões de mensagens, das quais apenas 53 milhões tinham origem e fim definidos. Ou seja, matérias que se presume do conhecimento prévio dos candidatos. Porém, foram inseridas no universo das redes sociais 77 milhões de mensagens de autores, em sua maioria, desconhecidos pelos que disputam o Palácio do Planalto.
Fiquemos nesses 77 milhões. Uma pesquisa será gigantesca e não encontrará de modo algum espaço para ser transformada da descoberta à sua publicação. Por mais que o computador tenha profundidade e agilidade, tal levantamento exigirá tempo e como disse, há pouco espaço no qual a execução do trabalho ganhará o domínio público.
Por isso minha sugestão é que o jornal destaque as principais fake news e revele sua existência, o que dará margem à revelação pública.
Acrescento à ideia o caminho de uma página semanal para essa divulgação que, ao mesmo tempo seria a confirmação do trabalho e o empenho em desmentir as fantasias. Por que digo jornal O Globo? Porque um trabalho tão longo cabe numa folha impressa, mas não poderá ser citada na televisão. A amostragem focalizando os principais atentados contra a verdade tornará possível tal pesquisa. Claro, porque se as falsificações forem por exemplo, 10 milhões não há como divulgar todas elas.
Seria preciso uma enciclopédia do porte daquela que Antonio Houaiss produziu para a Delta Larrousse.
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TRABALHO INFORMAL, MAIOR INIMIGO DO INSS E DO FGTS
Reportagem de Arícia Martins e Hugo Passarelli, edição de ontem do Valor, destaca o resultado de pesquisa do IBGE informando que 40% dos empregos ocupados referem-se a trabalhadores informais. Portanto, seus empregadores não contribuem para o INSS e para o FGTS. Tampouco, preocupam-se com os depósitos no PIS. Eis aí o maior adversário da receita da Previdência Social. Ainda que empregados informais também possam contribuir para o INSS, a modalidade de seus contratos passa ao largo dos 20% sobre a folha salarial.
O problema não tem solução. Mas fica aqui assinalada uma realidade quase impossível de reverter. Inclusive, na hora da aposentadoria, os informais vão ter direitos limitados às contribuições que fizeram. Esqueça-se a parte dos empregadores.
E no meio rural, então, o quadro é ainda pior.
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