MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Eleição para governo do Rio tem candidato de alto nível, que precisa ser conhecido


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Juiz federal, Witzel exibe um sólido programa de governo
Carlos Newton
Na quinta-feira passada, não pude assistir ao debate na Band, porque fui jantar com meus amigos de infância, que se reúnem todo mês no restaurante Gambino, no Largo do Machado. Nesses encontros, que só acabam depois de meia-noite, a gente come, bebe e fala mal dos políticos com muita intensidade. Desta vez, antes das 22 horas, nosso amigo Rafael Brazil Protásio, neto do cientista Vital Brazil, saiu apressado para assistir ao debate de governadores na Band. No dia seguinte, liguei para ele e perguntei como tinha sido o programa. “Muito bom, mesmo. Bem melhor do que o debate de presidente. Você devia assistir o videotape na internet”, respondeu.
Segui o conselho e adorei. O mediador foi meu jovem amigo Rodolpho Schneider, com quem trabalhei no BNDES, filho do saudoso Roberto Schneider, grande jornalista e publicitário. Rodolpho conduziu o debate à perfeição, deixando os candidatos se xingarem à vontade, para depois dar direitos de resposta.
PAES X GAROTINHO – Foi sensacional ver dois corruptos notórios se pegando ao vivo e a cores. Eduardo Paes (DEM) e Garotinho (PRP) deram um show de pancadaria. O resultado da briga seria empate, porém Paes acabou levando a pior, porque Índio da Costa (PSD) revelou a penúria em que o amigo de Sérgio Cabral deixou a Prefeitura do Rio – sem recursos e com elevadíssimas dívidas a pagar. Paes, que costuma ser elogiado como “administrador”, na verdade foi um cavalo de Átila e arrasou a gestão municipal.
O mais importante do debate, no entanto, foi a presença sóbria e marcante de um candidato absolutamente desconhecido do grande público – o juiz federal Wilson Witzel (PSC), que surge na política justamente quando o eleitor procura uma nova opção.
UM JUIZ DE VERDADE – Fiquei impressionado com o candidato Wilson (é assim que se apresenta), que começou a vida profissional como tenente do Corpo de Fuzileiros Navais, depois se tornou juiz federal e professor de Processo Penal na UERJ.
Sobre segurança, disse o candidato: “A intervenção federal veio para suprir uma deficiência de comando do Estado do Rio de Janeiro, e parabenizo meus irmãos de farda pelo trabalho que realizaram. Mas, infelizmente, eu tenho feito críticas a respeito do tema, porque o papel das Forças Armadas é para patrulhar nossas fronteiras, onde entra o tráfico, onde entram os fuzis. As Forças Armadas têm que patrulhar a nossa costa. Recentemente vimos um navio despejando drogas, e infelizmente não é assim que nós vamos resolver. Vamos fazer um modelo de força-tarefa na Polícia Federal, e quem quer que esteja portando um fuzil, eu autorizarei a nossa Polícia Militar a abater”.
Em tradução simultânea, vai enfrentar a bandidagem sem clemência, como anseia a população.
FORÇA-TAREFA – Mas adiante, explicou que essa força-tarefa será tipo Lava Jato, com participação da Polícia Federal e da Receita, para enfrentar a criminalidade e conseguir pegar os chefões do tráfico.
Na área administrativa, como não há recursos, o juiz Wilson pretende reduzir a máquina estadual e implantar seu programa de 20 metas com Parcerias Público-Privadas. No setor de transportes, por exemplo, anunciou que desmontará a Máfia chefiada pela família Barata e pretende implantar o projeto “Rio nos Trilhos”. Disse que já há interessados em instalar mais mil km em linhas ferroviárias no Estado, inclusive transformando os trens em metrô de superfície, na capital.
Sua proposta é tão viável que Eduardo Paes, logo em seguida, afirmou no debate que fará o mesmo.
CONTRA A CORRUPÇÃO – O juiz Wilson Witzel disse também que será implacável com a corrupção, vai criar a Controladoria-Geral do Estado para supervisionar todas as licitações públicas, e mandará investigar os servidores que exibirem sinais exteriores de riqueza.
Na verdade, o candidato do PSC se saiu bem em todos os quesitos. Como juiz federal, demonstra que saberá usar sua autoridade para recuperar o governo. Mal comparando, o juiz Wilson Witzel é uma espécie de Bolsonaro sem farda, com a diferença de ter grande cultura e conhecimento administrativo, apresentando projetos viáveis e um sólido programa de governo.
Às vezes, a gente fica procurando o novo na política e nem percebe que ele já existe.
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