Empresariado já festeja
os fortes indícios de que Lula não poderá participar das eleições. O
tiranete foi esnobado hoje, para gargalhada geral da população honesta:
Mesmo aparecendo em
primeiro lugar nas pequisas de intenção de voto para a Presidência da
República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou fora da lista
de convidados para um evento que reúne, em São Paulo, empresários e
investidores brasileiros e internacionais e os presidenciáveis nas
eleições de outubro. Até ano passado, Lula figurava na relação dos
convidados do encontro. Com cerca de 2,5 mil pessoas, o 19º CEO
Conference promove, desde terça-feira, discussões sobre os rumos da
economia. Diante da possibilidade de prisão do petista, um discurso
ganhou corpo nos últimos dois dias entre os financistas:
— Não queremos ouvir o
que o Lula tem hoje para dizer — disse um dos convidados do evento,
promovido pelo banco BTG, repetindo um mantra corrente no luxuoso hotel
que reuniu o grupo. — O melhor dos mundos é Lula fora da corrida
presidencial.
Os empresários
arriscavam, em rodinhas de bate-papo, o prognóstico que eles consideram
mais viável para acelerar a economia brasileira. No contexto de que Lula
não participaria da eleição, acreditam que aumentam as chances de uma
candidatura de centro, segundo eles, mais afinado com o setor produtivo.
O temor entre os
empresários é que Lula infle durante eventual campanha o discurso
contrário à reforma previdenciária. Eles consideram que o petista tem
hoje uma massa de votos proveniente justamente dos trabalhadores,
principalmente no Norte e Nordeste, e sua posição poderia dificultar a
aprovação da reforma no Congresso.
Na terça-feira, os
convidados ouviram o pré-candidato do PSC, Jair Bolsonaro. Assim como os
demais convidados, Bolsonaro foi aplaudido e cumprimentado ao final de
sua apresentação. Ao contrário dos demais, no entanto, foi quem mais fez
a plateia rir, principalmente quando afirmou: "nem sei o que estou
fazendo aqui, já que eu não entendo nada de economia".
Investidores
internacionais também teriam mostrado interesse nas palavras do
Bolsonaro, esperando que eles fossem convencidos de sua proposta para o
setor, o que não teria acontecido nesse primeiro momento. Paulo Guedes é
visto como uma espécie de "assessor" para assuntos econômicos do
candidato. Guedes é hoje dono da Bozano Investimento e foi fundador do
Pactual, banco que se fundiu ao BTG e responsável pelo evento nesses
dois dias.
Também participaram
do evento o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da
Câmara dos Deputado, Rodrigo Maia. Mas os radares pareciam voltados mais
para dois nomes ausentes, o apresentador Luciano Huck e o governador
Geraldo Alckmin. Ambos alegaram incompatibilidade de agendas.
— O nome de um
outsider também deve ser considerado, ainda mais se apresentar uma
política pró-reformas — reiterou outro convidado. (O Globo).
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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