MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Marun faz chantagem para obrigar governadores a apoiar a reforma da Previdência


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Marun é como um hipopotámo numa loja de louças
Guilherme Mazui
G1, Brasília
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou nesta terça-feira (26) que governadores interessados em receber recursos federais e obter financiamentos junto a bancos públicos terão de ajudar o Palácio do Planalto a aprovar a reforma da Previdência Social. Marun deu a declaração após ser questionado sobre nota publicada no jornal “O Estado de S. Paulo” segundo a qual o governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), afirmou que o governo federal pretende liberar empréstimos junto à Caixa depois da votação da reforma.
O objetivo do presidente Michel Temer era aprovar as mudanças na Previdência ainda neste ano, mas, como não houve consenso entre os partidos da base aliada, a análise da proposta ficou para fevereiro do ano que vem.
RECIPROCIDADE – “O governo espera que aqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, o governo espera desses governadores, como de resto de todos os agentes públicos, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência.”
Responsável pela articulação política do Planalto, o ministro defendeu o uso dos financiamentos concedidos pela Caixa Econômica, pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como forma de o governo conseguir votos a favor da reforma.
Na avaliação de Marun, os financiamentos dos três bancos públicos são “ações de governo” e, por isso, podem ser incluídos na discussão sobre a proposta. “Nesse sentido, entendemos que deve, sim, ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência”, declarou.
HÁ CONTROVÉRSIAS – Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) esteve no Palácio do Planalto nesta terça e foi questionado sobre a declaração de Marun. O parlamentar avaliou que a medida não tem “nenhum cabimento” e o condicionamento, na opinião dele, é um posicionamento só de Marun.
“Lógico que nós não vamos, e o governo não vai fazer um condicionamento, ‘olha só vou liberar esse dinheiro se você conseguir tantos votos’. Isso não tem absolutamente nenhum cabimento”.
Segundo o deputado, a base aliada tem conversado com governadores e com prefeitos para que eles possam ajudar o Planalto na tentativa de convencer deputados a votar a favor da reforma. Beto Mansur disse, ainda, que há “pendências” a serem resolvidas com os parlamentares em temas como liberação de emendas e de cargos.
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