Muscle Cars são automóveis emblemáticos. Grandalhões, barulhentos e pouco práticos, esses paquidermes da indústria norte-americana são tão fascinantes que do surgimento da tendência, no início dos anos 1960, até hoje fazem pontas no cinema. E um dos “atores” mais populares nas películas de ação é o Dodge Charger. Mais precisamente a versão R/T, de segunda geração.
Fabricado entre 1968 e 1970, o Charger era o que se tinha de mais malvado em termos de estilo. Enorme, com exatos 5,30 metros de comprimento, ele se destacava pela frente intimidadora, que mantinha os faróis escondidos sob uma moldura. Mas o que assustava mesmo era o ronco do V8 “426 Hemi” 7.0 de 425 cv, que fazia dele um dos carros mais potentes da época, rivalizando com as versões mais nervosas do Chevrolet Corvett Stingray, equipadas com o V8 “Big Block” e também o intempestivo Mustang Shelby GT 500.
Estreia
Pouco depois do lançamento, não demorou a entrar num set de filmagem e protagonizou uma das cenas de perseguição mais emblemáticas do cinema, em “Bullitt”. Era o Charger do vilão contra o Mustang do mocinho (Steve McQueen, este que dispensava dublê).
O Charger R/T também teve participação relevante no seriado “The Dukes of Hazzard” (1979 a 1985), inclusive com nome próprio: General Lee. O Charger alaranjado com a bandeira dos confederados era praticamente um personagem na trama. Em 2005, a série ganhou um longa-metragem e o “dojão” estava lá.
Mas a fama do Charger reacendeu com a franquia “Velozes e Furiosos”, onde o grandalhão sempre faz “dupla” com o Dominic Toretto (Vin Diesel).