MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Planalto enfim admite que o presidente Temer pode ser candidato à reeleição…


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Charge do Paixão (Gazeta do Povo)
Vicente Nunes
Correio Braziliense
Como diz um dos ministros mais próximos do presidente Michel Temer: “Nada na política é certo. Tudo muda ao sabor das marés”. Ele se refere à possibilidade de o peemedebista disputar a reeleição à Presidência em 2018. Hoje, ressalta o ministro, uma candidatura de Temer está descartada. Não haveria como enfrentar tanto tiroteio, com imagens de denúncias, de gravações com o empresário Joesley Batista, de mala de dinheiro carregada por Rodrigo Rocha Loures. Até junho, porém, quando as convenções de partidos definirão os nomes da disputa, o quadro será outro, sobretudo se a economia retomar o fôlego e o desemprego cair com mais força. Nesse ambiente, Temer teria como confrontar os adversários.
No entorno do presidente, a orientação, por agora, é jogar uma ducha de água fria em qualquer movimento pró-candidatura à reeleição. Mas há todo um roteiro traçado caso Temer decida partir para a briga por mais quatro anos de mandato.
PRESSUPOSTOS – Na ponta do lápis, o mesmo ministro mostra que a taxa de desemprego, atualmente em 12,4%, cairá para um dígito ainda no primeiro semestre de 2018, podendo ficar entre 8,5% e 9%. “Nossa estimativa é de que pelo menos quatro milhões de vagas sejam abertas ao longo dos próximos meses. Não se trata de otimismo. Desde maio, o número de desocupados caiu de 14,1 milhões para 12,9 milhões. Isso, com uma economia muito fraca”, ressalta.
A perspectiva dentro do governo é de que a economia crescerá lentamente, mas de forma sustentada. A aposta é de que, já no primeiro trimestre de 2018, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) estará girando em torno de 3% quando anualizado. Tal projeção se baseia, sobretudo, no impacto da forte redução da taxa básica de juros (Selic).
POLÍTICA MONETÁRIA – O governo tem dados indicando que os efeitos da política monetária ainda não se materializam por completo na economia. O crédito continua travado, principalmente para as empresas, que não conseguiram reequacionar as dívidas na mesma velocidade das famílias.
“Esse pilar do crédito ainda não deu sua contribuição para a retomada do PIB. Quando os bancos se sentirem mais confortáveis para emprestar, não há dúvida que veremos um novo impulso na atividade. Será uma nova onda do consumo, mas bem mais sustentada”, explica um técnico da equipe econômica. Ele ressalta que, ao se darem conta de que o crescimento da economia é irreversível, os empresários atenderão aos apelos do governo e voltarão a investir. “O roteiro está traçado”, diz.
ARTICULAÇÃO – Mesmo que não venha a ser candidato à reeleição, Temer tem certeza de que, com a economia fortalecida, será um player importante na definição dos candidatos a sua sucessão. “O Planalto ainda não tem um candidato. Isso só será definido em meados do ano que vem”, afirma um aliado do presidente. Ele reconhece que, por mais afinidade que o peemedebista tenha com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda não há uma disposição clara de Temer em apoiá-lo. “O presidente avaliará todas as alianças. Meirelles é um bom nome e, certamente, defenderá o legado do governo. Mas temos que avaliar as alternativas. Isso ficará claro nos próximos meses”, acrescenta.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA – Para o presidente, antes de fechar questão em relação às eleições de 2018, é preciso, primeiro, pavimentar o caminho para a aprovação da reforma da Previdência. Na avaliação de Temer, o tamanho das alianças à sucessão ao Planalto será proporcional aos resultados das votações na Câmara e no Senado.
“O jogo está amarrado. O presidente sabe até aonde pode ir”, enfatiza o mesmo aliado. Ele acredita que, se o Planalto acertar nas escolhas para a reforma ministerial, o fortalecimento de Temer como articulador de uma candidatura de consenso entre os partidos da base será inevitável.
“Se tivermos calma para esperar, a chance de o candidato de Temer sair vitorioso das urnas será grande. Estamos confiantes de que, já nas primeiras pesquisas de 2018, a popularidade do presidente vai melhorar. O que mais temos ouvido nas ruas é que as coisas estão melhorando. Devagar, mas estão melhorando”, diz o aliado do presidente. “Em algum momento, isso vai aparecer nas pesquisas. Pode escrever isso”, diz.
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