Vítimas da D9 podem nunca ter dinheiro de volta
porque não havia nenhum contrato assinado entre os participantes e a
empresa. A ganância, de ganhar dinheiro fácil sem trabalho, fez com que
milhares de pessoas entregassem seu dinheiro sem nenhum tipo de garantia
ou documento. É como se o “investimento” nunca tivesse existido.
A fraude afetou pessoas de todo o país. No Rio Grande do Sul, a
Promotoria de Justiça Criminal de Sapiranga denunciou à Justiça 23
pessoas por organização criminosa, crime contra economia popular,
lavagem de dinheiro e estelionato de 26 vítimas já identificadas.
Segundo o promotor Sérgio Cunha de Aguiar Filho, o esquema de pirâmide
era chefiado por Danilo Santana, de Itabuna, que teve a prisão
preventiva decretada e está foragido. O braço direito dele em Sapiranga
era um empresário conhecido como o ‘Cara dos Camaros’.
Ele ostentava os carrões para mostrar que “o negócio era rentável”. No
grupo de denunciados, estão moradores de Novo Hamburgo, Nova Hartz,
Campo Bom, Parobé, Porto Alegre, Riozinho, Igrejinha, Rolante e São
Leopoldo. O Ministério Público não divulgou os nomes.
Sem garantia
Segundo o Ministério Público, para disfarçar a natureza do negócio
fraudulento, o líder da D9 simulava uma operação de marketing
multinível, vinculando o negócio e o constante ingresso de novos
investidores à suposta venda de cursos de trading esportivo.
O promotor explica que as vítimas em potencial eram convidadas a
participar de eventos onde a quadrilha apresentava rendimentos
exorbitantes, com depoimentos entusiasmados de supostos participantes.
Os novos integrantes não assinavam nenhum documento.
Isso era feito para esconder a origem ilícita dos recursos. Os novos
gananciosos apenas ganhavam logine senha numa plataforma virtual. Os
valores pagos eram em bitcoins, moeda virtual que não existe legalmente
nem tem qualquer controle.
JORNAL A REGIÃO
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