O ex-ministro Antonio
Palocci declarou ao juiz Sérgio Moro que a relação entre os governos
Lula e Dilma era "movida a propina". Não chega a ser novidade, mas há
novidade no apartamento do tiranete em São Bernardo. Perguntar não
ofende: quando é que a justiça irá, enfim, botar esse sujeito atrás das
grades? Vão deixá-lo em campanha ilegal até quando?:
Em depoimento ao juiz
federal Sergio Moro nesta quarta-feira, o ex-ministro da Fazenda e da
Casa Civil Antonio Palocci, preso pela Operação Lava Jato, incriminou o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal em que o petista é
suspeito de ter recebido propinas da Odebrecht por meio de um
apartamento de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e na compra de um
terreno que abrigaria a sede do Instituto Lula.
“De fato, queria
dizer a princípio que a denúncia procede, os fatos narrados nela são
verdadeiros. Diria apenas que os fatos dizem respeito a um capítulo de
um livro um pouco maior do relacionamento da empresa em questão, da
Odebrecht, com o governo do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma
que foi uma relação bastante intensa movida a vantagens dirigidas a
empresa a propinas pagas pela Odebrecht a agentes públicos”, afirmou
Palocci ao magistrado, logo no início da oitiva.
Neste processo, Lula é
acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de corrupção passiva
e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido propinas de 13
milhões de reais da Odebrecht.
Parte do dinheiro,
12,4 milhões de reais, sustentam os procuradores, teria sido gasta na
compra de um terreno para abrigar a sede do Instituto Lula em São Paulo –
o instituto acabou sendo construído em outro endereço. Outros 504.000
reais teriam sido usados na compra da cobertura contígua à de Lula no
edifício Hill House, em São Bernardo do Campo (SP). As duas compras
teriam sido feitas por meio de laranjas: no caso do terreno, o
empresário Demerval Gusmão; no caso da cobertura, Glaucos da
Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
Serão julgados nessa
ação penal Lula, Gusmão, Costamarques, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o
ex-ministro Antonio Palocci e seu ex-assessor Branislav Kontic, e o
advogado de Lula, Roberto Teixeira. (Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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