MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Vale tudo para ser o primeiro na lista sucessória de Temer


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Charge do Gilson, reproduzida do Arquivo Google
José Carlos Werneck
Vestido com uma camisa da Chapecoense, o deputado Rogério Rosso, do PSD do Distrito Federal líder do partido na Câmara, anunciou em sua página no Facebook sua candidatura à presidência da Casa, que já estava mais do que anunciada. Rosso usou uma rede social para fazer o anúncio em um vídeo que foi transmitido ao vivo pela internet. O meio escolhido, no seu entender , foi para que o lançamento fosse “o mais democrático” possível.
Ele contou que ganhou a camisa de presente de um deputado e que decidiu usá-la para demonstrar que o país precisa de “união de verdade” em todas as áreas, inclusive para “superar a grave crise econômica”.
Com o slogan de campanha “Câmara forte, unida e respeitada”, Rosso defendeu maior protagonismo da Casa em relação a outros poderes.
Mas o agora oficialmente candidato à presidência da Câmara, de início, terá que lidar com a falta de coesão dentro de seu próprio partido, pois vários deputados da bancada do PSD admitem que há divergências sobre sua candidatura entre muitos integrantes da legenda.
DIVISÕES NO PSD – De acordo com o deputado sergipano Fábio Mitidieri, que votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, na bancada existem “ponderações” de parlamentares que preferem que a sigla não tenha candidato próprio e faça aliança com um concorrente de outro partido (leia-se: Rodrigo Maia).
“Há conversas, há a ponderação se vale a pena insistir na candidatura própria”, afirmou Mitidieri, ressalvando crer que a  bancada apoiará Rosso se a candidatura for mantida.
HÁ INDECISOS – Mesmo com a oficialização do nome de Rogério Rosso, o deputado de Goiás, Heuler Cruvinel ainda não se decidiu por um candidato. “Está cedo ainda”, declarou o parlamentar. Perguntado sobre se seria mais interessante uma candidatura própria ou uma aliança com candidato de outro partido, respondeu pragmaticamente: “O que for para ganhar”.
Sandro Alex, do PSD do Paraná afirmou que não vai declarar seu voto, já que há uma candidatura dentro do partido. Declarou que haveria uma tendência de composição do PSD com Rodrigo Maia, se o Partido não tivesse candidatura própria. Para ele, uma possível retirada de candidatura do PSD seria decisão exclusiva de Rosso.
O deputado André de Paula, do PSD pernambucano, declarou seu voto em Rogério Rosso, ressaltando a possibilidade de que o PSD faça algum tipo de composição futura com o atual presidente, Rodrigo Maia. Os deputados Jaime Martins, Joaquim Passarinho, Delegado Eder Mauro e Júlio Cesar, todos do PSD, disseram que apoiarão a candidatura de Rosso.
O QUE DIZ ROSSO – “Eu pedi para fazer pesquisa na Câmara e, das quase mil leis publicadas no ‘Diário Oficial da União’, nem 3% vieram de proposições de deputados. A grande maioria é oriunda do Poder Executivo”.
Sobre a reforma da Previdência, enviada pelo governo ao Congresso, ele enfatizou que é preciso ter cautela e que o texto da proposta será alterado pela Câmara dos Deputados.
“Eu tenho uma opinião, do jeito que ela chegou à Câmara, ela não será aprovada”, declarou. Segundo Rogério Rosso, pontos como a regra de transição do modelo atual para o novo deverão ser revistos pelos deputados.
Ele defendeu a implementação da reforma trabalhista, que classificou como “agenda prioritária”, e também da reforma tributária. “A gente precisa enfrentar isso com rapidez”, afirmou.
CENTRÃO DIVIDIDO – Além do PSD, Rosso também tem o desafio de conquistar votos dentro do “Centrão”, bloco integrado por diversos partidos pequenos e médios com perfil tido como conservador que se que está enfrentando problemas internos. Essa agremiação informal congrega mais de 200 deputados.
Outro postulante ao cargo, Jovair Arantes, de Goiás, líder do PTB e integrante do “Centrão”, também é candidato. E o deputado André Figueiredo, do PDT do Ceará, também já anunciou sua candidatura representando a Oposição e aguarda uma definição dos partidos de esquerda, como PT e PCdoB, para decidir os rumos de sua campanha.
Tanto petistas como comunistas têm reunião de bancada no próximo dia 17 para decidir qual nome vão apoiar ou se lançarão candidatura própria.
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