MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 31 de março de 2016


Receita de paleta mexicana caseira é fácil e deliciosa


Veja o passo a passo

Publicada em  TRIBUNA DA BAHIA
Ingredientes:
500 g de morangos lavados sem folhas
suco de um limão
2 colheres de leite de coco
2 colheres de sopa de leite condensado

Modo de preparo
500 g de morangos lavados sem folhas
suco de um limãoBata no liquidificador todos os ingredientes da massa
Em copos descartáveis de 180 ml, coloque massa suficiente para cobrir 1/3 do copo
Encaixe 5 copos descartáveis de 50 ml no centro do copo grande já com a massa para que esta congele com um espaço no meio
Cubra o copo com papel filme e leve ao congelador até congelar
Retire com cuidado os copinhos de 50 ml do centro da paleta
Preencha o espaço formado com leite condensado
Cubra com o restante da massa de morango e enfie um palito de picolé no centro da paleta
Leve ao congelador por cerca de 2 horas
2 colheres de leite de coco
2 colheres de sopa de leite condensado

Reestilizada, nova Chevrolet S10 chega em abril


Com o mesmo visual da irmã norte-americana, Colorado, a nova S10 se adequará a nova linguagem visual da marca no mundo

por Guilherme Fontana •
Chevrolet Trailblazer
Nova S10 deverá ter a mesma frente da recentemente apresentada Chevrolet Trailblazer | Crédito: Divulgação
Assistindo ao lançamento e impacto das rivais Hilux e Ranger, a S10 não quer ficar para trás. A Chevrolet iniciará as vendas da picape renovada já no próximo mês de abril no país, abrindo a série de apresentações da marca programadas para 2016, que seguirá com os novos Trailblazer, Onix e Prisma.

De acordo com flagras e especulações, a nova S10 terá visual idêntico ao da reestilização sofrida pela irmã gêmea Colorado e pelo Trailblazer, nos EUA. Os faróis ganharão traços mais retilíneos, acompanhando a nova identidade visual da Chevrolet no mundo. A grade também abandona a aparência de escudo em favor de formas mais robustas. Já o para-choque adota aberturas maiores, proporções seguidas pelos faróis de neblina. Assim como a rival da Ford, as novidades na traseira serão mínimas.
Chevrolet Colorado Xtreme
Chevrolet Colorado Xtreme, o conceito que antecipa como será a nova S10 | Crédito: Divulgação
Permanece em segredo se a S10 brasileira seguirá a irmã norte-americana também na parte interna. A Colorado teve profundas mudanças nas linhas do painel, com a adoção de volumes mais definidos e sólidos. É certa, porém, a atualização da central multimídia para a segunda geração do MyLink. A mecânica deverá seguir sem mudanças. Atualmente, a S10 é equipada com motores 2.4 flex, 2.5 flex com injeção direta e 2.8 turbodiesel.

Fiat Toro pode ganhar versões cabine simples e SUV


Depois de esquentar o mercado na estreia, a Fiat Toro abre caminho para alterações em cima da mesma base, como a cabine simples ou a versão SUV

por Paulo Campo Grande •
Fiat Toro - cabine simples
A cabine simples seria destinada ao trabalho. Por isso, o santantônio unido à caçamba é funcional | Crédito: Du Oliveira
Lançada em fevereiro, a picape Fiat Toro foi bem recebida pela imprensa especializada e pelo mercado. Suas vendas decolaram rapidamente e já na primeira semana surgiram alguns casos de ágios sobre os preços sugeridos pela fábrica. A Fiat comemora e já começa a pensar nos próximos passos.
Com esse sucesso, aumentam as chances de a Toro gerar os primeiros filhotes. É bom para aumentar a participação da Fiat no mercado, melhor ainda para diluir os custos de desenvolvimento, que no caso de um carro feito do zero pode custar US$ 1 bilhão.

O caminho natural seria expandir a gama Toro com produtos derivados da mesma plataforma. O candidato mais óbvio seria uma versão com cabine simples. Diferentemente da configuração atual, esse nova picape seria mais voltada ao trabalho, com destaque para frotistas ou profissionais liberais que precisam transportar carga o tempo todo.
Para isso, ela passaria por duas grandes mudanças. A primeira seria o alongamento da caçamba, que hoje comporta 820 litros de volume (e 1 tonelada de carga nas versões a diesel). Sem os bancos traseiros, esse volume poderia quase ser duplicado. Como comparação, a Strada tem na versão cabine simples um espaço para 1.220 litros, enquanto a dupla leva apenas 680. Ou seja, há a possibilidade de 80% mais de espaço - mas para aumentar o peso suportado, mais modificações seriam necessárias.
A segunda alteração seria na adequação da picape para pegar no batente. Veja o rack que há no teto. Na cabine simples, a capota é muito curta, o que tornariam as duas barras longitudinais pequenas demais, deixando-as sem função e visualmente estranhas. Nesse caso, haveria uma espécie de santantônio que desce do teto e se liga à borda da caçamba. A função desse conjunto não é só estética. Serve tanto para ajudar na amarração da carga como para o usuário apoiar algum material que exceda a caçamba sem perigo de arranhar a pintura. Por isso, a maior parte da peça seria pintada de preto e, provavelmente, revestida de plástico de alta resistência.
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Modelo SUV da Toro: possível substituto do defasado Freemont | Crédito: Du Oiveira
Outra possibilidade de aproveitamento da plataforma da Toro – esta mais cara – seria uma versão SUV. Se é verdade que ela cairia bem neste momento, por outro lado haveria um problema  de oferta de produto. Hoje o Freemont, importado do México, já ocupa exatamente esse nicho. É verdade que ele é um modelo já defasado e suas vendas andam em baixa faz tempo. No primeiro bimestre de 2016, ele somou só 132 unidades. O Hyundai ix35, de preço e porte equivalente, já vendeu 1.472  carros.

Dilma e “o próximo governo” negociam cargos, diz líder do PR


Quintella, líder do PR, já fala abertamente no “próximo governo”
Ranier Bragon
Folha
Líder da bancada do PR, o deputado Maurício Quintella Lessa (AL) afirmou na tarde desta quarta-feira (30) que a negociação de ministérios e cargos federais está sendo feita hoje pelos “dois lados”, o governo Dilma Rousseff e os defensores e protagonistas de um possível governo Michel Temer (PMDB).
Quintella não deu detalhes dessas negociações, disse que o PR não está interessado nelas agora e que o partido só tomará uma decisão após a Comissão Especial do Impeachment apresentar o seu relatório, possivelmente daqui a duas semanas.
“Fora a Coreia do Norte, que é uma ditadura, e a China, que tem um partido só, onde existe democracia e Parlamento só se governa com aliança, não só para esse governo, já que vagaram seis ou sete novos ministérios, como para aqueles que defendem um novo governo”, disse Quintella ao ser questionado sobre a oferta de ministérios ao partido, a quinta bancada da Câmara, com 40 cadeiras.
PRÓXIMO GOVERNO
“Não tenha dúvida de que isso também está sendo tratado do outro lado, dos dois lados, tanto do governo atual como do próximo governo”, acrescentou o deputado.
O PR tem hoje o ministério dos Transportes e já recebeu oferta do governo de ampliação do seu espaço, com o Ministério de Minas e Energia.
Segundo Quintella, porém, essa não é a hora de tratar de cargos. “Reforma ministerial ou [montagem do] próximo governo é uma coisa para depois”.
Apesar das declarações, a negociação de bastidor é intensa, com a participação decisiva, inclusive, do ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), condenado no processo do mensalão.

Quem perde é o Brasil


Charge do Jota A., reprodução do Portal O Dia
Carlos Chagas
O PMDB saiu do governo ou o governo saiu do PMDB? A resposta envolve o futuro próximo, apesar de a presidente Dilma esforçar-se durante todo o dia de ontem tentando manter o maior número possível de deputados  para permanecer em sua base parlamentar. Como foi contundente a retirada  do maior partido nacional,  mesmo não completada, a dúvida fica no ar: saindo, os peemedebistas estão confirmando o impeachment ou preservando o mandato de Madame?
Em qualquer das hipóteses o resultado será desastroso para as duas partes. Fora do governo, mas obrigado a curvar-se a ele, situado na oposição, o PMDB perderá as vantagens subsidiárias do poder e adiará para depois de 2018 a possibilidade de empalmá-lo por completo. No reverso da medalha, sendo Dilma posta para fora através de perda da disputa parlamentar, o ex-presidente Lula e o PT recomeçarão tudo outra vez,  na oposição.
Vantagens, mesmo, colherá o PSDB, como linha auxiliar do  governo Michel Temer, este sem compromisso com os tucanos para 2018. Aproveitará uma parcela do poder até aquelas eleições e possivelmente sua integralidade, depois.
Os demais partidos e grupos se arranjarão, permanecendo onde estão, exceção do PT, lançado de novo abismo onde sempre se deu bem, a oposição. Assim, em termos atuais, quem perde mesmo é o Brasil. A presidente Dilma, que mesmo por hipótese vitoriosa na batalha do impeachment, nada terá senão ruínas a oferecer à população. O PMDB, se não conseguir afastar Madame,  afundará com Michel Temer. Mas conseguindo sobreviver com a reeleição, nem de longe preservará o PMDB no comando da nação. Poderão voar mais alto os tucanos. Ou as surpresas.
Aliás, política costuma ser a arte das surpresas. Ninguém garante que Dilma, evitando o impeachment, elegerá o Lula na sua sucessão. Ou que Michel Temer, eleito presidente-tampão, não consiga reeleger-se. Entre Aécio Neves e Geraldo Alckimin, por que não José Serra? Ciro Gomes correndo por fora, disputando com Marina Silva? Ronaldo Caiado ou Jair Bolsonaro? O fato é que a sorte de qualquer uma dessas opções repousa nos próximos  episódios ligados ao impeachment.

Situação desesperadora, chances de Dilma diminuem a cada dia


Charge do Iotti, reprodução da Zero Hora
Carlos Newton
Os ministros do chamado núcleo duro tentam demonstrar otimismo com a volta de Lula, que desde a noite de terça-feira está em Brasília mantendo sucessivas reuniões com os dirigentes dos partidos que supostamente ainda estão na base aliada, mas já começaram a costear o alambrado, como dizia Leonel Brizola ao se referir aos desertores. Lula também opera “no varejo”, como diz ele, ao  conversar individualmente com deputados dessas legendas, enquanto os assessores do Planalto fazem e refazem os cálculos das expectativas da votação na Câmara, que será no próximo dia 17 ou, no mais tardar, no dia 24 de abril.
O Planalto só tem garantidos os votos das bancadas do PT, PCdoB, PSOL e PDT. Representam um total de apenas 96 votos. Portanto, Lula tem de se virar para arranjar mais 75 deputados dispostos ao sacrifício de apoiar um governo que nem existe mais.
Acontece que nem mesmo esses 96 votos de PT, PCdoB, PSOL e PDT podem ser considerados garantidos, pois há possibilidades de defecções, inclusive na bancada petista, vejam a que situação chegou o governo Dilma.
LIBEROU GERAL
Lula insiste, tenta convencer os dirigentes, mas a resposta é sempre a mesma: os partidos estão liberando as bancadas, seguindo o exemplo do PSD de Gilberto Kassab (31 votos), que venceu na vida como corretor de imóveis e sabe fazer negócio. Liberar a bancada  significa que não diz sim nem não, e pode continuar usufruindo das benesses do poder sem nenhum ônus. Assim, na hora da verdade os deputados do PSD não terão o menor compromisso de votar contra Dilma. Até agora, 70% (21 votos) já se manifestaram a favor do impeachment.
O mesmo acontece com outros dois partidos importantíssimos para decidir a questão, o PP e o PR, que também não aceitaram as propostas de Lula, liberaram as bancadas e vão aguardar a Comissão de Impeachment, que fará a votação dia 12.
Tradução simultânea: os três partidos já se acertaram também com o PMDB. Ou seja, se no dia 12 a Comissão recusar o pedido de impeachment, o PP, o PR e o PSD aceitam os ministérios oferecidos por Lula e ficam no governo. Porém, se a Comissão aprovar o impeachment, o PP (49 deputados), o PR (40 deputados) e o PSD (31 deputados) fecham com Temer e dão adeus às ilusões.

Votação do impeachment deverá ser no feriado de 21 de abril


Charge do Iotti, reprodução da Zero Hora
José Carlos Werneck
Os principais líderes partidários garantem que o impeachment da presidente Dilma Rousseff será votado na Câmara dos Deputados no feriado de 21 de abril, uma quinta-feira. A intenção do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara Federal, era colocar a proposta,em Plenário para votação no domingo 17 ou 24 de abril, com o povo na rua, mas a tendência é que seja realizado mesmo no Dia de Tiradentes, igualmente com o povo na rua.
Como a data está relativamente próxima, inevitavelmente ocorrerá uma intensificação dos acordos para garantir os votos pró e contra o impedimento da presidente da República.
A vitória do impeachment ou de Dilma passa obrigatoriamente pelo entendimento com as bancadas de 140 votos dos partidos PSD, PR, PP e PRB, que agora são considerados como o fiel da balança.
GOVERNO TEM PRESSA
O governo, sob liderança de Lula, está fazendo de tudo para convencer estes partidos a aceitarem o legado de sete ministérios além dos 600 cargos a serem deixados pelo PMDB, após o desembarque da legenda, ocorrido na terça-feira.
Os integrantes do governo têm pressa na votação do impeachment, por temor dos entendimentos interpartidários, em andamento, com vistas ao governo de Michel Temer, a esta altura considerado mais que provável.
Como não gosto de nada com hora marcada, aguardo notícias mais sólidas. Gosto mais do inesperado. E como na música de Johnny Alf, que o inesperado então “faça uma surpresa”.

Lavanderia de dinheiro sujo da família Lula funciona no Panamá


Charge do Alpíno (Yahoo)
Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso
Estadão
Um relatório da Polícia Federal na investigação que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destaca viagens feitas por familiares e amigos ao Panamá. Principal escala para as paradisíacas praias caribenhas, como as da República Dominicana, o país é também um dos destinos de investigados pela Operação Lava Jato para a abertura de empresas offshores – que foram usadas para movimentação de propina em contas secretas no exterior. O Relatório de Análise 769, da PF, apresenta dados dos familiares de Lula, seus irmãos José Ferreira da Silva, o Frei Chico, e Genival Ignácio da Silva, o Vavá, e do sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos. O documento inclui “os vínculos societários dos mesmos e seus familiares, bem como, outras informações relevantes”.
Uma das viagens ao Panamá destacadas pela PF é a de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, em novembro de 2014. No mesmo voo estavam Fernando Bittar, sócio e dono, na escritura, do papel do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que a força-tarefa diz ser do ex-presidente, e o primo Taiguara.
Fernado Bittar é sócio, junto com o irmão Khalil Bittar, de Lulinha na G4 Entretenimento e Tecnologia Digital, Gamecorp e BR4 Participações. O relatório não imputa crimes aos investigados, mas a Lava Jato suspeita que a família Bittar e até mesmo familiares possam ter servido para ocultar bens e patrimônio do ex-presidente.
LULA SE DEFENDE…
A defesa do ex-presidente Lula nega que ele seja dono do sítio em Atibaia. Segundo ele, o imóvel foi comprado em 2010 pelo amigo Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas do PT, e colocado em nome do filho Fernando. A propriedade serviria para propiciar o “convívio entre as duas famílias”. Ontem, por meio da assessoria de imprensa do Instituto Lula, ele atacou o relatório que analisou viagens internacionais da família.
“Esse relatório, e seu vazamento para a imprensa, é só mais uma amostra do grau de obsessão da Operação Lava Jato em perseguir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem haver nenhum indício de qualquer crime cometido pelo ex-presidente ou de qualquer relação destas pretensas investigações sobre sua família com os desvios da Petrobras que são a razão de ser da Operação”, informa o instituto. “Não faz nenhum sentido a perda de tempo de funcionários do estado e de recursos públicos listando viagens ao exterior de familiares do ex-presidente que não exercem cargos públicos nem estão sendo acusados de qualquer crime.”
ABERTURA DE OFFSHORES
Fernando Bittar viajou para fora do País seis vezes com Lulinha, segundo o documento da PF. O relatório não aponta o destino final das viagens. O levantamento foi feito, no entanto, porque alguns dos alvos da Lava Jato usaram o Panamá para abertura de offshores. Alguns nomes ligados ao PT, como o ex-ministro José Dirceu e a cunhada do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto apareceram com elos no país.
No caso de Lulinha, a PF analisou suas viagens entre 23 de setembro de 2007 e 7 de novembro de 2014. O documento, assinado pelo delegado Márcio Anselmo, registra que considerando o “período e voos “foi realizada pesquisa visando identificar as pessoas que, com maior frequência viajaram nos mesmos voos tomados por Fábio Luis Lula da Silva, desconsiderando-se aqueles com uma única viagem (trecho) em comum”.
UM OUTRO FILHO
Envolvido na operação Zelotes, outro filho de Lula, Luis Claudio Lula da Silva, também teve suas viagens internacionais analisadas. Ele foi ao Panamá em janeiro de 2015.
“Cabe observar que no voo CM0700, da Copa Airlines, saindo de São Paulo/SP em 2 de janeiro de 2015 com destino a Cidade do Panamá/Panamá e com retorno através do voo CM 0795, em 13 de janeiro de 2015, transportou em comum Luis Claudio Lula da Silva, seu cônjuge Fátima Rega Cassaro, Lilina Rega Cassaro e Marcos Gomes Cassaro”, registra o relatório. “Estes últimos, pais de Fátima e, à época, sócios de Luis Claudio na empresa Silva e Cassaro Corretora de Seguros Ltda.”
Luis Claudio é investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal em outra frente: ele é alvo da Operação Zelotes. Por meio de suas empresas, a LFT Marketing Esportivo e a Touchdown Promoção e Eventos Esportivos, ele é suspeito de recebimentos de empresas em um esquema milionário de suposta venda de medidas provisórias no governo.
SOBRINHO DE LULA

A PF destacou que Taiguara, sobrinho de Lula, viajou três vezes para o Panamá no ano de 2014 – uma delas com Lulinha e Fernando Bittar, o dono do sítio.
Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, irmão da primeira mulher de Lula, Maria de Lourdes da Silva – já falecida. Seu nome é conhecido em Brasília, como o “sobrinho de Lula”. A PF anexou uma reportagem da revista Veja, no relatório, sobre a ascensão de negócios a partir de 2009, com citação a contratos em Angola e com a Odebrecht – alvo da Lava Jato. Ele é dono da Exergia Brasil Projetos de Engenharia.
“Taiguara, no ano de 2014, viajou três vezes para a Cidade do Panamá/Panamá, primeiramente, utilizou o voo de saída CM0702 em 26 de março de 2014 e retorno pelo voo CM0725 em 3 de abril de 2014”, aponta a PF. Há ainda registro de voo no dia 7 de setembro do mesmo ano e retorno no dia 11. E um terceiro, em novembro, tendo o primo Lulinha e o dono do sítio Fernando Bittar como passageiros comuns. Um dos acompanhantes das viagens trabalha na Exergia.
No mesmo ano, a PF destaca que o sobrinho de Lula viajou para a Lisboa, em Portugal, duas vezes para Angola e uma para Paris.
ATÉ O IRMÃO FREI CHICO…
Há ainda o destaque para viagem feita por Frei Chico, com familiares. Consta uma saída do Brasil com destino ao Panamá no dia 12 de dezembro de 2012 com retorno no dia 28. Há ainda um retorno no dia 11 de março de 2015 do Panamá, “não constando no sistema a data de sua saída do Brasil”. Estavam no voo sua mulher, dois filhos e uma neta.
“Apesar de não constar a saída do território brasileiro de José Ferreira da Silva, em relação ao voo de retorno (CM0709) da Cidade do Panamá em 11 de março de 2015, pode-se afirmar que trata de voo CM0702 de 28 de fevereiro de 2015, tendo em vista o registro de saída de sua esposa Ivene e filha Larissa, as quais também consta do voo de retorno”, registra a PF.

Sérgio Moro leva Supremo a ter que decidir a situação de Lula


Charge do Nani (nanihumor.com)
Pedro do Coutto
Lendo com atenção o documento remetido pelo juiz Sérgio Moro ao ministro Teori Zavascki (reportagem de André de Souza e Renata Mariz, O Globo de quarta-feira), observa-se que, ao explicar as razões da polêmica interceptação telefônica, o titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, na realidade, conduziu o Supremo Tribunal Federal a ter que decidir qual é, sob o ângulo legal, a verdadeira situação do ex-presidente Lula. Pois o importante é analisar-se o conteúdo dos fatos, não apenas a superfície deles.
Aliás, a matéria foi também focalizada por Márcio Falcão, Folha de São Paulo, e por Bratriz Bulla e Gustavo Aguiar, no Estado de São Paulo. O tema, no STF, possivelmente será debatido e poderá ser decidido na sessão plenária de hoje do STF. Isso porque, ao “se desculpar”, Sérgio Moro aproveitou a oportunidade para dizer que as interceptações telefônicas mostram tentativa de Lula em obstruir as investigações contra ele na Operação Lava-jato.
DESCULPAS E CONFIRMAÇÕES
Sérgio Moro, de passagem, acrescentou existir uma fundada suspeita de ocultação de patrimônio em nome de pessoas interpostas. Em que ponto do contexto, de fato, se encontram as desculpas? O pedido só aparece no início do documento. No resto, predominam as confirmações, como se constata nas três reportagens publicadas quarta-feira.
A Corte Suprema tem sessão marcada para a tarde de hoje, quando Gilmar Mendes e Dias Toffoli já devem ter retornado do Seminário Jurídico de que participaram em Lisboa. É importante principalmente a presença de Gilmar, já que ele é relator de liminar suspendendo a investidura de Luis Inácio da Silva, objeto de recurso do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
CONTRADIÇÕES
O panorama no STF apresenta uma singularidade: Gilmar Mendes aceitou liminar suspendendo a nomeação e remetendo o processo contra Lula para Curitiba. Enquanto isso, de outro lado, Teori Zavascki nada disse a respeito da investidura de Lula, mas determinou que o processo fosse destinado ao Supremo. Temos então uma divergência entre liminares de ministros. Ao plenário caberá logicamente decidir.
Mas e quanto a investidura do ex-presidente? Existem a negativa de Mendes e o silêncio de Teori. O impasse, portanto, permanece. O presidente da Corte Suprema, Ricardo Lewandowski certamente colocará este assunto também na sessão de hoje. Sobretudo em face da pressa natural para que a questão seja definida. Vale acentuar que qualquer adiamento fará prevalecer a liminar de Mendes, já que neste caso específico é, até agora, a única decisão que existe a respeito.
LULA MINISTRO
No arrazoado que enviou a Teori Zavascki, Sérgio Moro destaca em certo trecho, na parte final: “Usualmente, assumir ou não posto de ministro de Estado é irrelevante do ponto de vista jurídico criminal. No contexto, porém, há obstrução, intimidação, influência indevida na Justiça, daí a aceitação ou não pelo ex-presidente do cargo ganhou relevância jurídica pelo menos para ele. Daí também a manutenção nos autos de diálogos interceptados nos quais o tema é discutido.
Moro arrematou: a própria presidente negou o caráter ilícito da conversa. Não há razão, portanto, para que o caso fique aos cuidados do STF, responsável por julgar eventuais crimes da presidente.
Diante desse quadro e dos argumentos de Sérgio Moro, o Supremo terá que resolver. Rapidamente. Talvez na tarde de hoje.

Je suis Janaína Paschoal


http://imguol.com/c/noticias/df/2016/03/30/30mar2016---a-advogada-janaina-paschoal-uma-das-autoras-do-pedido-de-impeachment-contra-a-presidente-dilma-rousseff-afirmou-que-a-sociedade-brasileira-foi-vitima-de-um-golpe-ela-participou-no-fim-da-1459379413965_615x300.jpg
Janaína Paschoal citou todos os crimes cometidos por Dilma
Jorge Béja
Ao longo da minha vida de repórter, estudante de Direito e advogado, vi de perto a atuação de advogados notáveis no Tribunal do Júri do Rio: Sobral Pinto, Laércio Pelegrino, Newton Feital, Leopoldo Heitor, Luis Bráz, Alfredo Tranjan… Eram emocionantes. Tinham o dom da palavra fácil e dominavam, como ninguém, a arte cênica, que todo advogado criminalista que atua no Tribunal do Júri precisa ter, mesmo que a causa lhe seja adversa. O Tribunal do Juri não é palco para advogado tímido.
Na década de 60, fui transmitir ao vivo para a Rádio Continental do Rio, o julgamento de Leopoldo Heitor na cidade de Rio Claro, interior fluminense. Três advogados atuaram em sua defesa: Rovane Tavares, Eurico Rezende e o próprio Leopoldo Heitor. E quando chegou a vez de Leopoldo falar para os jurados, me ficou viva na memória esta passagem, que mais de meio-século depois não me esqueci.
Com voz firme e retumbante, bradou: “Ah! Araguari, Araguari, cidade de minha terra natal que é Minas Gerais! Que vergonha para vossos filhos quando mandastes para o cárcere aqueles dois pobres coitados, um morto no cárcere, outro sobrevivido do cárcere e ambos acusados de assassinato de um homem e que por isso foram condenados. E anos depois, a vítima que eles teriam matado, apareceu viva na cidade de Araguari”.
(Leopoldo Heitor, que respondia pela acusação de ter sido o autor da morte de Dana de Teffé, se referia ao caso dos Irmãos Naves, o maior erro judiciário da História deste país).
JANAÍNA PASCHOAL, OUTRO TALENTO
Acreditava que, depois deles, não haveria mais advogado igual. Ontem, porém, depois de assistir falar a advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, que ao lado de Miguel Reale Junior e Hélio Bicudo assinou a denúncia, voltei a ficar empolgado. E relembrei o passado.
A advogada e professora de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP) falou à Comissão Especial do Impeachment com desenvoltura. Falou de improviso. Não consultou uma anotação sequer. Com didática inigualável e o mais profundo e completo conhecimento do Direito Penal e da causa que defendia, Janaína fez calar 65 deputados titulares e outros tantos suplentes.
Sua explanação foi mais do que perfeita. Não deixou uma pergunta sem resposta. E resposta impossível de ser rebatida ou replicada. Simples, bela, sem a menor vaidade, vestida de branco, sem uma pintura e com um vocabulário de dar inveja, a professora e doutora Janaína brilhou. Sabia tudo e de tudo sabia. Tinha convicção do que dizia, do que escreveu na denúncia que gerou o impechment.
A NOBREZA TAMBÉM PEDE PERDÃO
Teve um momento, durante sua exposição, que a doutora Janaína, sem perder o tom e o encadeamento do seu raciocínio expositivo, disse a um parlamentar que ostentava um cartaz: “Deputado, o senhor vai cansar o braço”. Por isso foi advertida pelo presidente da Comissão, que lembrou que ali era permitida a manifestação por parte dos parlamentares. E, de imediato, a nobreza da doutora Janaína pediu “perdão”. Repetiu três vezes, perdão, perdão e perdão, tão acima estava daqueles que a ouviam.
Um pedido de perdão que não era necessário. A doutora Janaína bem que poderia ter respondido à presidência: se aos deputados é concedido o direito de manifestação, com muito mais direito, legitimidade e autoridade, têm também seus eleitores o direito de se manifestarem. E Janaína ali, além de advogada, era eleitora também como todos somos.
TODOS OS CRIMES DE DILMA
Mas a professora universitária e advogada preferiu não gerar polêmica no plenário da Comissão. Ela sabia que seu tempo era precioso para gastar com bate-boca inútil e desnecessário. E tocou em frente. Mostrou, tim-tim por tim-tim, todos os crimes que Dilma cometeu, crimes comuns e crimes de responsabilidade, no governo passado e no presente exercício de seu governo. Não ficou pedra sobre pedra.
Em outro momento, ao dizer que Dilma tomou medida “no calar da noite”, houve reação da platéia. E, com sabedoria e talento, consertou: “no calar do final do ano, então”.
APENAS UM TRECHO
“A responsabilidade fiscal neste governo infelizmente não é um valor. Mas se a responsabilidade fiscal não for observada, nenhum programa pode ser mantido. Vossas Excelências não imaginam a dor das famílias que acreditaram que iam ter seus filhos terminando a faculdade e estão começando a receber cartinha de que, ou eles pagam, ou eles perderam esse sonho. Então, a situação é muito grave. Aqui não tem nada a ver com elite, com não elite. Tem a ver com povo enganado. Tem a ver com povo enganado que agora não tem mais as benesses que lhes foram prometidas quando quem prometeu já sabia que não podia cumprir”.
É um trecho, uma passagem, da exposição perfeita e verdadeira que a advogada criminalista e professora de Direito Penal da USP fez ontem aos integrantes da Comissão Especial do Impeachment de Dilma Rousseff. Quem viu, não esquecerá jamais. Eu vi. Je suis Janaina Paschoal.

Estatais só devem ser vendidas a empresas de capital nacional


Reprodução da internet, sem assinatura
Flávio José Bortolotto
Sempre que o Estado se mete a produzir diretamente bens e serviços, jamais consegue ser tão eficiente quanto a iniciativa privada com matriz no Brasil. Quando a produção de bens e serviços é feita pela iniciativa privada com matriz no exterior, a eficiência geralmente é maior ainda, mas a maioria dos frutos vai para a matriz que é no exterior e não tem o menor interesse em desenvolver a estratégica tecnologia nacional.
Uma empresa estatal, mesmo com os defeitos apontados por todos, desenvolve tecnologia nacional, enquanto a multinacional, com matriz no exterior, nunca o faz.
A meu ver, para fortalecer a economia brasileira, é preciso adotar medidas para beneficiar nossas empresas, de acordo com a seguinte ordem de prioridade:
1- empresas privadas com matriz no país.
2- empresas estatais com matriz no país, mesmo com os problemas apontados por todos.
3- empresas privadas/estatais com matriz no exterior (multinacionais ).
IMPORTÂNCIA DO ESTADO
O Estado pode não ser eficiente na produção direta de bens e serviços, Mas é absolutamente fundamental para incentivar toda a economia. Não existe exemplo de economia próspera e sólida sem um estado forte que alicerce tudo.
País sem indústria, e especialmente indústria de ponta, é país pobre. O Brasil, até a Segunda Guerra Mundial, era um país de economia essencialmente agrária manual. Cerca de  75% da população morando no campo, e cerca de 75% de analfabetos. A partir de 1930, com o grande Governo Vargas, começou um grande esforço de desenvolvimento do do país (alfabetização, eletrificação, mecanização da agricultura, instalação da indústria de base (siderurgia/petróleo/petroquímica etc.), indústria de substituição de importações e indústria de ponta.
No começo, foi inevitável a instalação de muitas empresas estatais, pois não havia empreendedores e capitais privados em quantidade suficiente. Era isso, ou nos mantermos na agricultura manual.
ACOMODAMENTO
Houve certo acomodamento, com proteção excessiva de nosso mercado interno e sem transferência do controle de empresas estatais para a iniciativa privada com matriz no Brasil. Ao mesmo tempo, permitiu-se em nossa economia a excessiva entrada de empresas privadas com matriz no exterior. Das 500 maiores corporações do mundo, 400 estão no Brasil.
Agora, temos que ir consertando nossos “erros”, mas sempre com o cuidado sempre de não jogar fora o bebê, junto com a água do banho. Quanto à venda de estatais, só se for para empresas com matriz no Brasil.

Dilma demite mais dois executivos indicados pelo PMDB


Agora, falta Dilma demitir os outros 598 peemedebistas…
Deu no Correio Braziliense
De olho na votação do impeachment, a presidente Dilma Rousseff demitiu nesta quarta-feira, 30, o diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), Walter Gomes de Sousa, e o diretor da Companhia Nacional de Abastecimento, Rogério Abdalla. Ambos foram indicados pelo PMDB, partido que rompeu com o governo na última terça-feira. Ambas as exonerações estão publicadas na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União (DOU).
A direção do Dnocs é um dos cargos de segundo escalão mais cobiçados na região Nordeste. Sousa fora indicado para o posto pelo ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Na segunda-feira, Alves pediu exoneração do cargo de ministro do Turismo, o qual ocupava desde o ano passado.
A decisão foi tomada em sinal de apoio ao rompimento do partido. Até agora, porém, Alves foi o único dos sete ministros do PMDB a deixar o cargo. Como mostra reportagem do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira, alguns ministros do partido resistem a deixar seus postos, como é o caso de Katia Abreu, da Agricultura.
EM NEGOCIAÇÃO
Em outra frente, Dilma negocia o espaço do PMDB no governo com os demais partidos da base – principalmente PP, PSD e PR – para evitar que essas siglas votem a favor do impeachment. Além da Conab e Dnocs, já houve mudanças na Funasa. Na semana passada, Antonio Pires foi demitido do cargo de presidente. Pires é ligado ao vice-presidente Michel Temer.
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Dilma pode usar a Advocacia-Geral da União para defendê-la?


BRASÍLIA, DF, BRASIL, 01.03.2016. O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo dá entrevista excclusiva no Ministério da Justiça sobre sua demissão. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER *** EXCLUSIVO ***
José Eduardo Cardozo comanda defesa de Dilma na AGU
Wálter Nunes
Folha
A decisão da presidente Dilma Rousseff de confiar à Advocacia-Geral da União (AGU), órgão de governo, sua defesa no impeachment sofre críticas no meio jurídico. “A advocacia pública não deve prestar serviços ao governante como pessoa física. O impeachment é uma tentativa de responsabilizar a pessoa da presidente Dilma e não o governo”, diz Pedro Serrano, professor de direito constitucional da PUC-SP e contrário ao impeachment.
A defesa dela vinha sendo feita pelos advogados Flávio Caetano e Márcia Pelegrini.
Dalmo Dallari, também contrário ao afastamento, considera a escolha “perfeitamente cabível”. “É atribuição da AGU defender a Presidência da República e nesse caso a Presidência é a presidente Dilma. O que se quer com o processo de impeachment é removê-la do cargo. Portanto não se pode desligar uma coisa da outra”, diz.
No impeachment de Fernando Collor, em 1992, não havia AGU nos moldes de hoje, mas já existia estrutura jurídica vinculada à Presidência. Collor, no entanto, não usou os advogados da União e contratou Nabor Bulhões, hoje advogado da Odebrecht.
GANDRA NÃO VÊ PROBLEMA
O jurista Ives Gandra Martins, pró-impeachment, diz que o processo de afastamento ocorre no Congresso, e por isso a defesa de Dilma deveria ser feita por parlamentares.
“Ela tem todo o direito de se defender, mas num processo que ocorre na Câmara o natural seria que sua defesa fosse feita por deputados do PT”, diz. “Mas se a Câmara autorizar que advogados auxiliem na defesa da presidente, não vejo problemas que sejam da AGU”, afirma.
Outra polêmica é que o titular da AGU, José Eduardo Cardozo, é alvo de processo na Comissão de Ética Pública da Presidência.
A ação foi aberta na última segunda (28) com base em denúncia da OAB de Brasília. A entidade pede a demissão do ministro porque estaria confundindo sua atuação partidária com a missão de defender o Estado, ao assumir “uma defesa verborrágica e claramente política da Presidente da República”.
ARTIGO 131
A AGU diz, em nota, que “a apresentação dos questionamentos junto ao Conselho de Ética Pública não causa qualquer constrangimento” e diz que “a atuação do advogado-geral da União está amparada pela lei”, incluindo o artigo 131 da Constituição.

Aprovado o envio de investigações sobre Lula para o Supremo




Charge do Pelicano, reprodução da Charge Online
Márcio Falcão
Folha
O Supremo Tribunal Federal manteve, por 8 votos a 2, em sessão nesta quinta-feira (31), a decisão provisória do ministro Teori Zavascki que mandou o juiz Sergio Moro enviar todas as investigações envolvendo o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato para o tribunal, porque alcançaram autoridades com foro privilegiado.
Relator da Lava Jato no STF, Teori afirmou que “eventuais excessos bem intencionados” podem colocar em risco a validade de investigações, em recado indireto a Moro.
O ministro disse “que será difícil”, por exemplo, confirmar a validade do grampo feito pela força-tarefa da Lava Jato de um telefonema entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, no qual tratavam do termo de posse do petista para a Casa Civil.
COMPETÊNCIA
O relator considerou ilegal a divulgação das interceptações e quer avaliar de quem é a competência para continuar as apurações envolvendo Lula: se o caso ficará no Supremo ou se permanecerá na Justiça do Paraná.
Segundo Teori, não cabia a Moro avaliar se existiam ou não indícios de que pessoas com foro cometeram crimes, sendo atribuição do Supremo fazer essa análise.
“Quem tem que decidir isso é o Supremo. Não se pode tirar do Supremo essa competência. É o Supremo que tem que fazer esse juízo”.
O ministro afirmou que, como o telefonema de Dilma dizendo que mandaria o termo de posse para Lula foi gravado após a Justiça mandar parar a interceptação, haverá dificuldades para confirmar esta prova.
“A validade da gravação não está em causa, embora aparentemente uma das mais importantes conversas foi gravada depois de ter sido suspensa a ordem de interceptação. Será difícil convalidar a validade dessa prova”, disse Teori.
DILMA INVESTIGADA?
Mas a Procuradoria-Geral da República já afirmou ao STF que há indícios de desvio de finalidade na nomeação de Lula – que está suspensa por outra decisão liminar do tribunal – e avalia se pedirá investigação de Dilma ao STF.
Em um recado indireto a Moro, Teori afirmou que o STF e o STJ (Superior Tribunal de Justiça) já anularam operações por atropelos processuais.
“Diante da situação [que o país passa], de comoção social que essa situação promove, é importante que investiguemos, que o Judiciário controle, que o Ministério Público se empenhe, que as autoridades policiais se empenhem no sentido de investigar e punir quem for culpado, independentemente do cargo que ocupam, da posição econômica que têm e dos partidos que ocupam. É muito importante investigar.”, disse.
Para o ministro, a investigação tem que ser dentro dos limites da Constituição. “Para o Judiciário, e sobretudo para o STF, é importante que tudo isso seja feito com estrita observância da Constituição Federal, porque eventuais excessos que se possam cometer com a melhor das intenções de apressar o desfecho das investigações, nós já conhecemos essa história e já vimos esse filme, isso pode se reverter num resultado contrário. Não será a primeira vez que, por ilegalidades no curso de uma apuração penal, o STF e o STJ anularam procedimentos penais nessas situações”, completou.
ESCUTAS ILEGAIS
Presidente do STF, Ricardo Lewandowski disse que há um histórico de juízes e policiaIs que fazem escutas ilegais, que continuam investigando a pretexto do encontro fortuito, quando a pessoa telefona para alguém grampeado. Questionado por Marco Aurélio se fazia referência a Moro, Lewandowski negou.
Os ministros Luiz Fux e Marco Aurélio defenderam que Moro deveria enviar ao STF apenas a parte de pessoas com foro. Fux defendeu que a presidente não foi investigada nesse caso.
“Fico a imaginar se o juiz de primeiro grau não tem o mínimo de possibilidade de aferição da seriedade dos fatos que se passam sobre o seu crivo antes de remeter o fato para os STF. Há fatos que – verdadeiras bravatas – que se submetam ao STF como um nada jurídico. Para que os juízes não se balizem pelo fato de – apareceu autoridade – mande pro STF.”
Marco Aurélio criticou a divulgação dos grampos que, segundo ele, “colocou mais lenha na fogueira, em prejuízo da nacionalidade e paz social”.
DESAGRAVO
Celso de Mello fez um desagravo a Teori que foi alvo de protestos e críticas de grupos pró-impeachment e contrários a Lula.
“Essa corte não se curva a ninguém, não tolera nem admite abusos cometidos por quaisquer dos governantes”, disse.
Moro já enviou o material das investigações de Lula que seguirá para a Procuradoria-Geral da República se manifestar. Em outra ação em análise no Supremo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já defendeu que as apurações devem seguir com a Justiça do Paraná.
PRIVACIDADE
No julgamento, o ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) disse que houve “usurpação” de competência do STF e violação do direito à privacidade para contestar a divulgação das conversas.
“No caso específico da senhora presidenta da República, houve sim violação às regras de segurança nacional. Não porque o conteúdo da fala afete a segurança nacional. Mas porque o sigilo telefônico da chefia do Executivo, da chefe de governo e da chefe de Estado, é questão de segurança nacional”, afirmou.
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O PT COLONIZOU O BRASIL!


por Percival Puggina. Artigo publicado em

 Nos primeiros anos do governo Lula, brincava-se com o que se compreendia como uma presunção petista. Comentava-se - "O PT pensa que descobriu o Brasil". Sob o novo governo, tudo era como "nunca antes na história deste país" e a própria narrativa histórica era refeita para se adequar a tais premissas. O petismo gerava grandes "novidades"! Descobrira a escravidão negreira e reacendia tensões raciais. Captara a existência de desigualdades sociais e manejava para produzir antagonismos a partir delas. Percebera desníveis de renda entre o Norte e o Sul do país e extraía daí as bases para o coronelismo de Estado lá onde, ainda hoje, alojam-se seus principais redutos. E assim por diante. Na alvorada do século XXI, o PT era o novo Cabral chegando com a modernidade aos botocudos brasileiros.
 Tudo ficaria na base do transitório e jocoso, não fosse o fato de que o partido governante levava tudo aquilo muito a sério e tinha um projeto de poder que não admitia interrupção. Não que o projeto político para o país fosse uma preciosidade em si mesmo, mas porque o poder era por demais precioso ao partido. José Dirceu, em um evento realizado aqui ao lado de onde escrevo, na cidade de Canoas, afirmou em 2009, textualmente: "Se o projeto político é o principal, o principal é cuidar do PT". E o Brasil? Ora, o Brasil! O Brasil, àquelas alturas, já era tratado como uma colônia pela corte petista instalada em Brasília.
 A atitude colonialista se expressa em diversos aspectos do cotidiano nacional. Há um colonialismo com reflexos na produção cultural e na cultura pois uma mão lava a outra no acesso aos benefícios e estímulos financeiros proporcionados pela corte. A invasão do politicamente correto produziu efeito deletério na indiada que antes vivia numa sociedade livre, impondo auto-censura à liberdade de expressão. O sistema público de ensino foi domesticado para só ministrar o que a corte de Brasília deseja ver ensinado através de seus trabalhadores em Educação. Em nenhuma hipótese tais conteúdos podem divergir da orientação imposta pelo colonialismo petista. Não convém à corte que seus súditos tenham armas para defesa pessoal. Por isso, inúmeras e onerosas dificuldades lhes são impostas para tal posse. No mesmo sentido, o colonialismo, de modo crescente, reduziu a autonomia dos entes federados - estados e municípios - em favor da centralização e consolidação de seu projeto de poder. Vai-se a Federação para o brejo.
 À exemplo do velho colonialismo europeu, a corte transformou em monopólio partidário a parcela mais rentável dos negócios de Estado, e neles atua, simultaneamente, como contratante e intermediária. Por óbvio, tudo fica mais oneroso ao súdito, pagador de impostos e consumidor dos serviços prestados pela corte.
Portanto, laços fora brasileiros! As cortes de Brasília querem, mesmo, escravizar o Brasil.
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* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Estrago feito por Dilma é tão grande que Brasil puxa crescimento do MUNDO para baixo


O que antes parecia impensável, agora é real. Sim, o Brasil puxa o mundo, mas não como gostaríamos.

Graças ao estrago no PIB brasileiro, o FMI precisou rever para baixo o crescimento médio do mundo em 0,2% para 2016. Enquanto o planeta crescerá por volta de 3,4%, ou Brasil retrocederá 3,5% pelas contas do Fundo Monetário Internacional. Que isso seja ressaltado sempre que um petista afirmar que o país é vítima de uma crise internacional.


Lá fora, aliás, as notícias soam economicamente boas. Enquanto aqui a inflação alta é um problema, por lá os preços caem, com o petróleo quebrando recordes negativos. Nos Estados Unidos, o dólar valoriza-se e isso, claro, prejudica as exportações. Mas é um problema menor perto do crescimento de 2,6%, abaixo da média mundial, mas um ótimo resultado para uma economia tão robusta.

Para o Brasil, margens para boas perspectivas, só em 2018, afirmam especialistas.

Crise sem precedentes fechou 277 indústrias no Brasil em 2015


Fechamentos que já vinham sendo alarmantes em 2014, explodiram em 2015, com cerca de 277 indústrias fechadas na pior crise financeira do país, que vem piorando dia após dia com escândalos de corrupção envolvendo o governo brasileiro, que, por consequência, elevam o pessimismo dos investidores.

Na semana passada, levantamento da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) revelou que o número de falências no setor industrial no ano passado foi 12,5% maior do que em 2014. Em números absolutos, 277 indústrias fecharam as portas em 2015.

Somando as falências nos setores de comércio e serviços, o aumento em 2015 foi de 16,6%. A previsão para 2016 é de um cenário ainda pior.

Manifestantes ganham marmitas, água mineral e kits para ato pró-Dilma desta quinta


A informação, apesar de ser atual não é o que podemos dizer de “novidade”, já que a cada novo protesto pró-Dilma, Lula e companhia, novas denuncias e provas de pagamento de “diárias” para os militantes são expostas.

Veja um pouco do que foi o protesto anterior: Reportagem flagra manifestantes recebendo dinheiro em manifestação pró-Dilma

Agora veja o que constatou o portal Metrópoles, sobre a organização do evento de manifestações que deve ocorrer nesta quinta-feira (31) em favor de Dilma, em Brasília.

“Em barracas montadas, trabalhadores distribuem o kit-manifestação: água e bandeiras. Em caminhões, as marmitas são entregues de graça aos manifestantes. Alguns admitem que receberam R$ 30 a título de “ajuda de custo” para vir a Brasília. Enquanto as quentinhas eram distribuídas para alguns, outros usavam o gramado para assar frango e carne. “Nós fizemos uma vaquinha e estamos aqui para apoiar o governo da Dilma”, garantiu um grupo que veio da Bahia.”

STF confirma liminar de Teori Zavascki. Entenda o que isso significa realmente



O STF acabou de confirmar, quase à unanimidade, a liminar proferida pelo ministro Teori Zavascki nos autos da reclamação n. 23.457. Para entender o que significa essa decisão, é preciso entender, primeiro, o que estava em julgamento hoje na suprema corte.
A sessão de hoje do STF tinha por objetivo apenas decidir pela confirmação – ou não – da liminar concedida pro Teori. E o que dizia a liminar em questão? Que os autos contendo interceptações telefônicas envolvendo figuras com foro privilegiado deveriam ser remetidos ao Supremo, para que ele decida qual o foro competente para julgar o feito.
Percebam: a liminar de Teori – e, por consequência, a decisão do pleno tomada hoje – não decidiu nada sobre a legalidade das escutas, o foro privilegiado de Lula, a posse de Lula como ministro, ou a atribuição do juiz Sérgio Moro para julgar o ex-presidente. Absolutamente nada sobre isso foi decidido hoje, ao contrário do que vários portais de notícia estão dizendo.
Hoje o STF limitou-se a dizer, concordando com a liminar de Teori, que cabe à suprema corte decidir qual o foro competente para analisar os fatos, vez que foram captadas autoridades com prerrogativa de foro especial nas interceptações. E quando será decidido qual o foro competente, afinal? Quando o mesmo pleno do STF se reunir para julgar o mérito da reclamação n. 23.457. Notem que as nuances jurídicas podem parecer complicadas, mas basta pouco pra entender como funcionam, não é mesmo? Ainda assim, jornais de grande porte como Terra, G1, Globo News, Zero Hora e Estadão correram para cravar que “o Supremo decidiu retirar os processos envolvendo Lula de Sérgio Moro”. Como dito, está errado isso.
Contudo, a sessão do STF trouxe, sim uma nota que achei muito preocupante. Teori, em seu voto, fez questão de se estender para muito além da mera apreciação técnica da decisão liminar, tecendo considerações as mais diversas sobre o trabalho do juiz Sérgio Moro. Chegou mesmo a insinuar que eventuais ilegalidades podem acarretar nulidades processuais mais adiante.
Ora, qualquer acadêmico de direito sabe que vícios podem levar a nulidades. Por que o ministro quis discorrer sobre isso, num tom de clara repreensão (acompanhada por Lewandowski mais adiante)? Poderia ser uma espécie de ressentimento, fruto das pressões que sofreu desde que proferiu a liminar? Talvez algum lamento por ver o povo abraçando e entronizando um juiz de primeiro grau, hoje sem dúvida mais querido e respeitado que o STF? Não sei… O fato é que o momento não era de analisar legalidade e cabimento de provas e o ministro Teori, mesmo deixando isso claro, achou por bem gastar uns minutos falando no assunto.
O ministro Marco Aurélio também deu uma declaração preocupante em dado momento, sugerindo que o interesse público é algo muito “subjetivo”. Isso seria uma forma de atacar a decisão de Sérgio Moro de retirar o sigilo das interceptações (como fez em todos os processos da Lava Jato até então), já que o juiz fez questão de fundamentar sua decisão na supremacia do interesse público.
Os ministros do STF, que não dependem de votos para estar onde estão e costumam ficar reclusos em seus gabinetes, talvez esqueçam que são tão servidores públicos quanto o funcionário encarregado do protocolo do STF. E se um chefe-de-Estado é flagrado tramando obstruir a justiça, o interesse público em saber disso é, sim, evidente. Felizmente o juiz Sérgio Moro sabe disso.
Quais os próximos capítulos? Além do mérito dessa reclamação, o STF também tem pela frente o mérito do mandado de segurança no qual Gilmar Mendes (que não estava na sessão de hoje), em liminar, suspendeu os efeitos da nomeação de Lula. O Procurador-Geral da República, em seu parecer, destacou que há sinais de desvio de finalidade na nomeação de Lula. O que farão os ministros? Difícil dizer. Só nos resta esperar que, ao contrário do que disse Lula em uma das gravações, o STF não esteja “acovardado”.

'Pai de família normal', diz ex-mulher sobre líder do Estado Islâmico


Saja al-Dulaimi, de 28 anos, se separou do líder três meses após casamento.
Em entrevista a jornal sueco, ela chama o EI de terrorista e condena ataques.

Do G1, em São Paulo
Saja al-Dulaimi, ex-mulher de Abu Bakr al-Baghdadi, deu entrevista a jornal sueco (Foto: Reprodução/Expressen)Saja al-Dulaimi, ex-mulher de Abu Bakr al-Baghdadi, deu entrevista a jornal sueco (Foto: Reprodução/Expressen)
A ex-mulher do maior líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Bagdadi, que teve uma filha com ele, contou sua história em uma entrevista exclusiva ao jornal sueco “Expressen", publicada nesta quinta-feira (31).
Saja al-Dulaimi, de 28 anos, mora no Líbano, onde ficou presa por pouco mais de um ano junto com os três filhos pequenos.
Segundo a AFP, um exame de DNA confirmou que uma de suas filhas, Hagar, de 7 anos, é de Bagdadi – um dos fundadores do EI, proclamado califa pelo grupo terrorista. Ele é um dos homens mais procurados do mundo, e os americanos impuseram o preço de US$ 10 milhões por sua cabeça.
Mas Saja disse ao jornal sueco que não sabia de nada disso. Ela era viúva quando, seguindo os conselhos de seu pai, casou-se pela segunda vez com Al-Bagdadi, em 2008. Ela afirma que, no pouco tempo em que ficaram juntos, ele parecia um "pai de família normal", professor universitário e muito querido pelas crianças. Assista à reportagem em vídeo (em inglês).
 Foto divulgada pelo Ministério do Interior do Iraque supostamente mostra Abu Bakr al-Bagdadi, líder do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL)  (Foto: AP Photo/Iraqi Interior Ministry, File) Foto divulgada pelo Ministério do Interior do Iraque
mostra Abu Bakr al-Bagdadi, líder do Estado Islâmico
(Foto: AP Photo/Iraqi Interior Ministry, File)
Nessa época, ele era conhecido como Hisham Mohammad e combatia nas fileiras da Al-Qaeda no Iraque. Em 2010, assumiu o comando do EI. "É um mistério para mim entender como ele se converteu em emir [agora ele é considerado 'califa'] da organização terrorista mais perigosa do mundo", diz Saja.
Separação
Saja alega tê-lo deixado apenas três meses depois do casamento, quando estava grávida da filha. O motivo, segundo ela, foi o ciúme da primeira mulher de Al-Bagdadi, que não tinha sido avisada de que ele se casaria pela segunda vez com Saja.
“Não é que eu tenha fugido dele. Não tinha a nada a ver com a pessoa dele. Eu não estava feliz. Era injusto com a primeira mulher dele”, afirmou.
Saja diz que Al-Bagdadi entrou em contato com ela depois que soube do nascimento da filha dos dois. Segundo ela, ele tentou convencê-la a voltar, mas ela recusou.

“Se eu quisesse viver com al-Bagdadi, poderia ter vivido como uma princesa. Mas não quero dinheiro. Quero viver livre”, diz.
 
Ela descreve Al-Bagdadi como uma pessoa misteriosa, que às vezes desaparecia por vários dias, dizendo que tinha ido visitar seu irmão. “Ele não falava muito de seu passado. Não era muito falante. Passava os dias na universidade, encontrávamos à noite, no jantar”, diz.

Culpa
Na entrevista, Saja chamou o EI de terrorista e condenou os ataques de Bruxelas. “É assassinato, sangue e brutalidade”, diz.
Ela diz que é favor de liberdade e que gostaria de morar na Europa, e não em um país árabe.
De uma família burguesa iraquiana, Saja se casou pela primeira vez, segundo ela, com um iraquiano da guarda pessoal do ex-ditador Saddam Hussein, com quem teve gêmeos.
Ela foi presa quando tentava entrar na Síria. Segundo Saja, o governo queria punir seu pai e seu irmão, que teriam ligações com grupos rebeldes. Há poucos meses, ela foi solta junto com outras mulheres.
Saja diz que não aceita ser rotulada como terrorista por causa de seu casamento com Bagdadi. "Que culpa eu tenho de tudo isso? Casaram-me com ele em 2008. Agora estamos divorciados", afirmou.

Criança de 8 anos está há 9 dias detida sozinha em aeroporto francês


Criança tentava entrar na França com passaporte francês de seu primo.
Plano era que o menino fosse acolhido por tia que vive na capital francesa.

Da Agência Efe
Uma criança de oito anos, natural das Ilhas Comores, está há nove dias detida sozinha no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, onde foi retida pela polícia quando tentava entrava na França utilizando o passaporte francês de seu primo.
Imagem do dia 23 de março mostra passageiros no aeroporto Charles de Gaulle (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)Imagem do dia 23 de março mostra passageiros no aeroporto Charles de Gaulle (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)
A mãe do menino o embarcou em um avião com destino a Paris, onde aterrissou em 21 de março após oito mil quilômetros de voo com uma mochila do Homem-Aranha, informou nesta quinta-feira a emissora "France Inter".
O plano de sua mãe era que o menino fosse acolhido por sua tia, que vive em Paris, e que cuidaria dele em sua nova vida.
Mas as autoridades, ao detectar que o menor viajava com documentos de outra pessoa, o detiveram junto com adultos desconhecidos no espaço do aeroporto destinado aos que tentam entrar ilegalmente na França.
Na sexta-feira, o tribunal francês responsável por decidir sobre as condições de detenção do menor estipulou que ele deveria permanecer recluso nesse espaço do aeroporto "em interesse de sua própria proteção" até que se defina qual será seu futuro.
A legislação francesa estipula que adultos e menores imigrantes ilegais podem permanecer retidos durante 20 dias até que se determine se serão admitidos no país ou deportados.
No entanto, a situação do menino indignou associações de defesa das crianças, como La Voix de L'Enfant, que assinalou que "nada pode justificar a detenção de uma criança de oito anos".
Essa associação acusou a França de violar a convenção da ONU sobre os direitos das crianças, que ressalta que a detenção de menores deve ser a última medida a ser aplicada e que, de todo modo, devem estar separados dos adultos e em contato com seus familiares.
"Para uma criança, é uma prisão. Há outras soluções. Devemos pôr fim à detenção de menores", declarou em "Europe 1" sua advogada, Catherine Daoud, que denunciou que em 2014 foram retidas em salas de espera 259 crianças que viajavam sem acompanhante adulto.

Vaticano investiga financiamento do apartamento do cardeal Bertone


Ex-tesoureiro e ex-presidente do hospital romano são investigados.
Italiano Tarcisio Bertone foi secretário de Estado no papado de Bento XVI.

Da AFP
O cardeal italiano Tarcisio Bertone reza missa em 9 de fevereiro no Vaticano (Foto: Reuters)O cardeal italiano Tarcisio Bertone reza missa em 9 de fevereiro no Vaticano (Foto: Reuters)
O Vaticano está investigando o possível financiamento ilegal do confortável apartamento ocupado pelo cardeal italiano Tarcisio Bertone, que foi o secretário de Estado durante o papado de Bento XVI, informou um porta-voz nesta quinta-feira (31).
O vice-diretor da assessoria de imprensa, Greg Burke, confirmou aos jornalistas uma informação da revista italiana "L'Espresso" que revela essa investigação.
O apartamento, de algumas centenas de metros quadrados, está situado perto da residência de Santa Marta, onde mora o Papa Francisco.
Greg Burke confirmou que duas pessoas estão sendo investigadas: Giuseppe Profiti, ex-presidente do hospital romano Bambino Gesù, e Massimo Spina, ex-tesoureiro do mesmo estabelecimento, que pertence à Santa Sé.
O jornalista da "L'Espresso" Emiliano Fittipaldi, que publicou um livro sobre a gestão financeira do Vaticano, que é alvo, por sua vez, de suposto vazamento de documentos confidenciais, afirmou que pesquisas sobre esse apartamento já deixaram em descoberto várias irregularidades.
Bertone, que se retirou do cargo em 2013, assegurou em dezembro passado que as obras de reforma deste apartamento custaram 300 mil euros. Outros 200 mil euros teriam sido depositrados pela Fundação do Bambino Gesù, apesar de assegurar que não estava a par disso.
Segundo a imprensa italiana, o apartamento mede 700 m2, mas Bertone assegura que são menos de 300 m2, e que o compartilha com três religiosas e uma secretária.

Aumenta a Taxa de Preservação de Fernando de Noronha


Cacimba do Padre
Cacimba do Padre (Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo)
A partir desta sexta-feira (1) vai ficar mais cara a Taxa de Preservação Ambiental de Fernando de Noronha, tributo é uma espécie imposto ecológico cobrado de todos os visitantes da ilha. A TPA vai passar de R$ 56,80 para R$ 64,25 por dia, um aumento de cerca de 15%. Anualmente a taxa tem reajuste no primeiro dia do ano, no começo de 2016 o valor diário teve um aumento de cerca de  10%, o valor cobrado em 2015 era R$ 51,40.
O aumento atual atende a uma solicitação do administrador da ilha, Luís Eduardo Antunes. Ele pediu ao Governo do Estado o envio de mensagem à Assembleia Legislativa solicitando o reajuste, que foi aprovado pelos deputados. Segundo Antunes a medida foi necessária para aproveitar o crescimento da procura por Noronha, no ano passado a ilha recebeu 90 mil turistas enquanto que em 2014 foram 76 mil visitantes.
Em 2015 a Administração de Fernando de Noronha arrecadou 21 milhões de reais com a cobrança da Taxa de Preservação Ambiental. Com o aumento do tributo o Governo espera ampliar a arrecadação em mais 4 milhões de reais. Vale lembrar que os turistas brasileiros também precisam pagar R$ 89,00 e para visitar o Parque Nacional Marinho de Noronha. Os visitantes estrangeiros pagam o valor de R$ 178,00 pelo ingresso no Parque. 
G1 VIVER NORONHA

Comissão convida ministro da Justiça para explicar declarações sobre PF


Aragão disse a jornal que, 'se cheirar vazamento', equipe será trocada.
CCJ do Senado ainda não marcou data para ouvir o ministro.

Do G1, em Brasília
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na sessão desta quinta-feira (31) requerimento de convite para ouvir o ministro da Justiça, Eugênio Aragão. Os senadores querem explicações do ministro sobre declarações que Aragão deu ao jornal "Folha de S.Paulo". Na ocasião, ele disse que não toleraria vazamentos em operações da Polícia Federal e que trocaria a equipe caso "cheirasse" que informações foram vazadas.
Como se trata de um convite, Aragão não é obrigado a comparecer. A CCJ ainda não marcou a data em que deve ouvir o ministro.
Aragão tomou posse no dia 17 de março, no lugar do ministro Wellington Silva, que ficou 11 dias no cargo. Dois dias após assumir o cargo, foi publicada a entrevista na qual ele falou sobre os vazamentos.
A primeira atitude que tomo é: cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Cheirou. Eu não preciso ter prova. A PF está sob nossa supervisão. Se eu tiver um cheiro de vazamento, eu troco a equipe. Agora, quero também que, se a equipe disser 'não fomos nós', que me traga claros elementos de quem vazou", disse.
A declaração repercutiu entre entidades representativas dos policiais federais. O presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Miguel Sobral, disse que a entidade não compactua com vazamentos.
"Nós lamentamos profundamente as frases do ministro da Justiça, que disse que trocará a equipe da investigação Lava Jato sem qualquer prova, sem qualquer apuração, sem qualquer indício de que há vazamento”, afirmou Sobral na ocasião.

PF conclui inquérito e vê indícios de corrupção de Gleisi e Paulo Bernardo


Delator afirmou à Lava Jato que entregou R$ 1 mi para campanha de Gleisi.
Provas mostram que não houve recebimento de dinheiro, diz assessoria.

Camila BomfimDa TV Globo, em Brasília
Gleisi Hoffmann chega para a cerimônia de posse de Dilma (Foto: Renan Ramalho / G1)A senadora Gleisi Hoffmann na cerimônia de posse
da presidente Dilma Rousseff (Foto: Renan Ramalho
/ G1)
A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre as suspeitas de que dinheiro desviado da Petrobras abasteceu em 2010 a campanha ao Senado da senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A PF afirma ter indícios suficientes contra Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, por suposto envolvimento em crime de corrupção.
As conclusões da Polícia Federal foram anexadas ao inquérito 3979, que tramita no Supremo Tribunal Federal , na Operação Lava Jato .
A PF entendeu que há indícios suficientes de que a campanha de Glesi recebeu R$ 1 milhão em propina.
 
Assessoria contesta
A assessoria de imprensa da senadora Gleisi Hoffmann, que responde pelo casal, informou por meio de nota que as provas do inquérito demonstram que ela e o marido não receberam dinheiro
"Todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor pela senadora Gleisi Hoffmann ou pelo ex-ministro Paulo Bernardo", afirma o texto da nota.
Segundo a assessoria, "são inúmeras as contradições nos depoimentos dos delatores, as quais tiram toda a credibilidade das supostas delações. Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que cinco versões diferentes para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não existiram".

Delação
A acusação faz parte da delação do doleiro Alberto Youssef, que afirmou ter recebido determinação do ex-diretor Paulo Roberto Costa para entregar R$ 1 milhão para a campanha de Gleisi Hoffman do Paraná.
Isso teria sido feito em um shopping de Curitiba. A quantia teria sido entregue pessoalmente por Yousseff a um homem. Youssef afirmou que Gleisi sabia de todo o esquema. E que  Paulo Bernardo pediu um "auxílio" na campanha da mulher.

Gleisi e Bernardo negaram
Em depoimentos à Polícia Federal em abril do ano passado, a senadora Gleisi Hoffmann e o marido dela e ex-ministro Paulo Bernardo negaram irregularidades na arrecadação para a campanha da petista ao Senado em 2010.
Gleisi e Bernardo negaram, ainda, solicitações de doações ao doleiro Alberto Youssef. À PF, Paulo Bernardo disse que não fez qualquer pedido de "auxílio" a Costa para a campanha de Gleisi.
Questionado sobre as anotações "PB" e "1,0", encontradas na agenda de Paulo Roberto Costa apreendida pela Polícia Federal, o ex-ministro disse não ter conhecimento das anotações.
Em depoimento à Justiça, Costa afirmou que as anotações diziam respeito ao valor de R$ 1 milhão repassados a Paulo Bernardo para a campanha da petista ao Senado.
Em seu depoimento, Gleisi Hoffmann também disse desconhecer as anotações na agenda de Costa. Ela afirmou ainda que o empresário Ernesto Kugler participou de alguns eventos da campanha de 2010, mas que năo atuou na captação de recursos.