MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Venda dos gasodutos do Sudeste foi lesiva à Petrobras e precisa ser anulada


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Pedro Parente está vendendo a Petrobras por 30 dinheiros
Carlos Newton
Os negócios da Petrobras Sob gestão do tucano Pedro Parente e com dois diretores respondendo a ações judiciais, os negócios bilionários feitos pela Petrobras nessa política de enxugamento e privatização têm sido misteriosos e estranhos, porque a estatal acaba tomando prejuízos. De uma forma ou outra, porém, a verdade acaba aparecendo. Agora, por exemplo, começa a ser desvendado o último mistério na venda dos gasodutos da malha Sudeste da Petrobras.
Os gasodutos serão transferidos limpos de todas as dívidas, que foram previamente pagas pela estatal. Este era “o detalhe” que faltava nas declarações sobre essa negociação feita pela Petrobras, que entregou à canadense Brookfield, por míseros 4 bilhões de dólares, a malha de gasodutos que escoa 80% da produção e consumo nacional.
E A DÍVIDA? – Restava dúvida sobre a dívida da empresa, contabilizada em 7 bilhões de dólares: Quem pagaria? O vendedor (Petrobras) ou comprador (Brookfield)? Com as declarações de pagamento, ficou claro que quem pagou foi a Petrobras, transformando o negócio do gasoduto em algo extremamente bizarro.
A contabilidade declarada pela petroleira foi a seguinte: O dinheiro da venda de Carcará (1,2 bilhão de dólares) foi usado para quitar a primeira parcela da dívida dos gasodutos, junto ao BNDES. Durante o fim de semana natalino, tempo propício para o exercício da solidariedade cristã, a estatal pegou o empréstimo de 5 bilhões de dólares no Banco do Desenvolvimento da China (BNDES chinês) e usou para pagar outra parcela da dívida dos gasodutos, também no BNDES.  Estas duas transações totalizam 6,2 bilhões de dólares em dívida paga, praticamente encerrando as pendências de dívida dos gasodutos, que agora poderão ser entregues à Brookfield, sem maiores ônus.
ELEVADO PREJUÍZO – Vejamos o balanço da transação: para vender o gasoduto por 4 bilhões de dólares, a Petrobras desembolsou 6,2 bilhões (por enquanto), de forma que já teve um prejuízo de 2,2 bilhões de dólares. Além disso, como o gasoduto é essencial e amplamente utilizado, a estatal passará a pagar de 2 a 5 bilhões de dólares ao ano para seu uso. Como esqueleto do negócio, sobra a perda de um campo de petróleo no pré-sal (Carcará) e um empréstimo com a China (que antes era com o BNDES).
O argumento por trás da entrega dos gasodutos é o custo da dívida, mas isso equivale dizer que o custo da dívida de 7 bilhões de dólares junto ao BNDES é maior que as seguintes parcelas somadas: (1) a perda do campo de pré-sal de Carcará; (2) o custo de 2 a 5 bilhões de dólares anuais pelo uso do gasoduto; (3) o custo de 5 bilhões de empréstimo junto ao banco chinês; (4) a obrigação de entregar à China 100 mil barris por dia de óleo por 10 anos. É o legítimo negócio da China (para a Brookfield, além dos chineses).
MINORITÁRIOS, FORA – Estranha e inexplicavelmente, a Petrobras solicitou à Bovespa e à Comissão de Valores Mobiliários que fosse excluída a possibilidade dos minoritários exercerem seu direito de preferência. Este direito garante que os atuais detentores de ações da Petrobras poderiam entrar como sócios no gasoduto em igualdade de condições com a canadense (pelo visto, para a empresa, dinheiro tem cheiro, e o dos canadenses é mais agrádavel).
Vale lembrar que o presidente da Petrobras é também o presidente do conselho da Bovespa e sócio de uma empresa de gestão de fortunas, mas aparentemente ninguém acha que existem conflitos de interesse. É difícil de acreditar, mas é verdade.
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