MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Gasolina sobe até R$0,50 em Salvador


A gasolina, que estava sendo vendida a até R$ 3,37 chegou a R$ 3,99 e até mesmo a R$ 4,040, a do tipo aditivada

por
Adilson Fonsêca
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Quem foi dormir na véspera do feriado, imaginando que o preço da gasolina seria mantido ou que no máximo seria reajustado em R$ 0,12, como chegou a ser anunciado pela Petrobras, se surpreendeu na manhã de ontem com um reajuste de até R$ 0,50 por litro. A gasolina, que estava sendo vendida a até R$ 3,37 chegou a R$ 3,99 e até mesmo a R$ 4,040, a do tipo aditivada.
Na véspera do feriado, filas em postos às 22 horas no posto na Ladeira do Bandeirantes, na Sete Portas e em outro, na Djalma Dutra. E expectativa dos consumidores ante um reajuste, que deveria ter entrado em vigor no dia anterior, mas que foi adiado pelos donos de postos de abastecimento em Salvador. O que os consumidores não esperavam era que o reajuste fosse bem acima do que estava sendo divulgado pela Petrobras.
Na última terça-feira, em comunicado distribuído pela Gerência de Comunicação Interna e Imprensa da Petrobras, a estatal admitia que se o ajuste de preços fosse feito na terça-feira, de forma integral, sem alteração das demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel poderia subir 5,5%, ou cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina 3,4% ou R$ 0,12 por litro.
Na prática em Salvador, contudo, o que se viu é que os donos de postos não repassaram, o reajuste praticado pelas distribuidoras ao consumidor, e o surpreendeu em pleno feriado, elevando o preço da gasolina em até R$ 0,50 por, quatro vezes mais o valor que estava sendo divulgado pela Petrobras. Assim é que o posto da Djalma Dutra, por exemplo, que vendia a gasolina a R$ 3,37 passou para R$ 3,85, com um reajuste de R$ 0,48 por litro.
Se o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis na Bahia (Sindicombusíveis), José Augusto costa disse que não dá pára explicar o que ele considera como “dança dos preços” as variações praticadas pelos postos de gasolina, para o consumidor é pior ainda. “É uma concorrência ferrenha. Quem deveria ter aumentado antes não o fez e quem e agora teve que fazê-lo”, disse.
Revisão
Na nota distribuída pela Petrobras, o governo usou o argumento de que o reajuste da gasolina deveu-se ao aumento nos preços do petróleo e derivados e desvalorização da taxa de câmbio. Disse ainda que a participação da Petrobras no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação.
Segundo a Petrobras,  pelo menos uma vez à cada  mês será feita a revisão de preços dos combustíveis. Ainda segundo a Petrobras, a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados,e as revisões de preços feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente as distribuidoras e os postos de combustíveis.
Para o consumidor, como a professora, Joanice Limeira,  a surpresa ficou por conta dos R$ 0,45 que teve que pagar a mais por cada litro para abastecer o carro. No dia anterior ele deixou de abastecer no posto na entrada do bairro de Castelo Branco, que ainda vendida a gasolina a R$ 3,39. E ontem pela manhã, quando resolveu voltar ao local encontrou a gasolina sendo vendida a R$ 3,94. “Um abuso e desrespeito, pois o anuncio era de que o reajuste não seria superior a R$ 0,20 por litro”, desabafou.
Para o presidente do Sindicombustível na Bahia, a concorrência por si só explica a enorme variação de preços em Salvador. “os postos de combustíveis têm custos operacionais, do imposto à manutenção e postos de trabalho. Bem diferente das distribuidoras. Mas somos nós que aparecemos como os vilões à cada reajuste”, queixou-se.
José Augusto costa explicou que em meados de outubro as distribuidoras vendiam a gasolina a até R$ 3,20 aos postos de combustíveis e reajustou os preços em até R$ 0,25 por litro. E isso não foi repassado aos consumidores. Por outro lado, como explicou, em meados do ano a gasolina estava sendo vendida a até R$ 4 o litro na Bahia. “Tivemos queda de preços e agora essa mesma gasolina volta ao valor praticado em meados do ano”, disse.

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