MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 11 de dezembro de 2016

'Esse som me leva a qualquer lugar', diz fã cadeirante no Festival de Verão


Romar Bispo, de 41 anos, foi a Arena Fonte Nova curtir bandas de rock.
Primeiro dia da festa tem Capital Inicial e O Rappa entre atrações.
Romar Bispo, de 41 anos, foi curtir bandas de rock no primeiro dia do Festival de Verão (Foto: Rafael Teles / Gshow)Romar Bispo, de 41 anos, foi curtir bandas de rock no primeiro dia do Festival de Verão (Foto: Rafael Teles / Gshow)
Em meio ao público que foi até a Arena Fonte Nova, em Salvador, curtir o primeiro dia do Festival de Verão 2016, neste sábado (10), uma pessoa em especial chamava a atenção. O cadeirante Romar Bispo, de 41 anos, nem parecia depender de um equipamento para se locomover, tamanha era a empolgação para acompanhar os shows das bandas Capital Inicial, Planet Hamp e O Rappa. "Esse som me leva a qualquer lugar", disse o agora aposentado, técnico de manutenção.
Romar perdeu os movimentos das pernas depois de sofrer um acidente de carro em 1999, mas não se deixou abater, seguiu a dica da psicóloga e tenta aproveitar ao máximo cada momento. O Festival de Verão 2016 é o primeiro da Arena Fonte Nova, mas não na vida de Romar, que já até perdeu as contas dos festivais que já foi assistir.
"Sempre que tem Capital, O Rappa, essas bandas que eu curto, eu estou presente. Só não vou quando não tem, meu lance é  rock'n'roll mesmo", explicou o cadeirante.
Acompanhado dos primos, cadeirante elogiou acessibilidade do festival  (Foto: Rafael Teles / Gshow)Acompanhado dos primos, cadeirante elogiou
acessibilidade do festival (Foto: Rafael Teles /
Gshow)
Acompanhado de um primo e uma prima, Romar conta que só não veio dirigindo o próprio carro adaptado, porque queria aproveitar para tomar uma cerveja durante os shows. "Dia de aproveitar ao máximo", resumiu.
O cadeirante elogiou a acessibilidade do local, contou que não teve problemas para chegar a frente do palco no Espaço Vibe, mas lembrou que também não enfrentava dificuldade para curtir os shows quando o festival acontecia no Parque de Exposições, na Avenida Paralela.
"Em relação à acessibilidade não muda muita coisa. Os dois lugares têm estrutura que permite a chegada de um cadeirante. Aqui é mais fácil de chegar de maneira geral, porque é mais no centro da cidade" disse.
Apesar de estar acompanhado dos primos, Romar garante que ir a shows já é algo tranquilo, principalmente em festivais. "As pessoas respeitam muito. Já peguei show pauleira, com roda de bate cabeça, o pessoal já me carregou, tudo em um clima muito bom", lembra Romar.

Segunda casa
A maneira como Romar estava se sentindo a vontade ali na Arena Fonte Nova tinha outra explicação. O cadeirante revelou que é torcedor do Bahia, e que costuma frequentar o estádio para assistir às partidas do clube de coração.
"É minha segunda casa. Estou sempre aqui empurrando o Tricolor, mas hoje com uma emoção a mais, porque normalmente fico na arquibancada, e hoje eu estou no campo. Estou me sentindo quase um jogador".
Além de ir a shows, assistir a jogos do Bahia, Romar conta ainda que gosta de ir ao cinema, praia e sair com a namorada, que não veio ao Festival porque estava trabalhando. "Logo quando me acidentei eu era acompanhado por uma psicóloga, e ela sempre fala em vida que segue. É isso que estou fazendo, seguindo a vida".

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