Os depoimentos de delatores da Odebrecht devem ser agregados à ação do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que investiga irregularidades na
arrecadação de recursos da chapa de Dilma Rousseff e Temer na campanha
de 2014. Uma condenação pode resultar até na cassação do mandato do
atual presidente. A expectativa no próprio tribunal é de que o
Ministério Público Federal apresente o conteúdo das delações depois que
elas forem homologadas pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo
Tribunal Federal). As delações poderão ser apensadas no TSE graças à
decisão do ministro Herman Benjamin, relator da ação, de somente
apresentar seu voto em 2017, e não até o fim deste ano, como estava
previsto. Com isso, haverá tempo para que o STF homologue as delações e
para que elas sejam eventualmente usadas na ação. O adiamento ocorreu
porque as perícias sobre eventuais gastos irregulares da chapa não serão
concluídas até dezembro. O calendário, assim, jogou contra Dilma e
Temer. Até agora, o único empresário que dizia que o dinheiro dado à
campanha tinha sido propina, Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez,
voltou atrás. Mas agora a Odebrecht deve reavivar o assunto. (Mônica
Bergamo)
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