Por Redação Bocão News
O ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) foi afastado do cargo de
procurador de Justiça em Goiás em outubro do mesmo ano. Antes ele havia
sido cassado pelo Senado, em julho de 2012, por quebra de decoro
parlamentar, acusado de favorecer o bicheiro o Carlinhos Cachoeira.
Desde que foi afastado do cargo de procurador o ex-líder do DEM tem
recebido o salário e os retroativos funcionais do Ministério Público
mesmo sem trabalhar. A soma dos valores recebidos por Demóstenes, de
novembro de 2012 a outubro de 2016, passa de R$ 2,28 milhões, de acordo
dados disponíveis no site do Ministério Público de Goiás (MP-GO).
Nesse valor, estão incluídas as somas dos salários brutos (total de R$
1.629.060,24) e dos chamados retroativos (que somam R$ 659.745,18), que
equivalem aos auxílios-moradia, alimentar e de transporte, além da
Parcela Autônoma de Equivalência (PAE), que, segundo o Ministério
Público de Goiás, são recebidos em razão da equiparação de direitos com a
magistratura do Estado, referentes ao período de 1994 a 2000.
A legislação garante a promotores, procuradores, juízes e
desembargadores a continuidade do recebimento de seus vencimentos quando
estão afastados dos cargos, quando respondem a processos, e também no
caso da aposentadoria compulsória, determinada como punição. O
ex-senador cassado já apelou à Justiça para retornar ao trabalho, mas o
pedido foi negado.
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