Inicialmente
licitada em 1998, a previsão de conclusão da obra foi para 2003 e
custaria aos cofres do Estado R$ 392 milhões. Quem ganhou a licitação
foi o Consórcio Rio Barra SA formado pelas empresas Queiroz Galvão,
Constran e T-Trans.
Mas as obras só
foram iniciadas em 2010 após o Rio se tornar sede das Olimpíadas de
2016, alterando o trajeto do projeto, firmando aditivos contratuais e
incluindo a Odebrecht e a Carioca Engenharia no contrato.
A obrigação financeira do Estado saltou dos iniciais R$ 392 milhões para R$ 8,4 bilhões
Do UOL:
A
construção da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro custará ao governo
estadual 21 vezes mais que o inicialmente previsto em contrato. A obra,
que corre o risco de não ficar pronta para a Olimpíada por falta de
dinheiro, deveria ter sido concluída em 2003 e ter consumido bem menos
recursos públicos caso tivesse sido iniciada em 1998, 11 anos antes de o
Rio ser escolhido sede dos Jogos de 2016.
Essas
informações constam do relatório das contas do governo do Rio em 2015
apresentado pelo TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro)
no mês passado. O documento foi enviado para a avaliação de deputados
estaduais no último dia 31. Dezessete dias depois, o governador,
Francisco Dornelles, decretou estado de calamidade pública financeira no
Estado.
“Com a realização dos Jogos Rio-2016, viu-se a quebra da paridade outrora existente entre os investimentos. A obrigação financeira do Estado saltou dos iniciais R$ 392 milhões para R$ 8,4 bilhões,
conforme valores atualizados por meio da celebração do quarto termo
aditivo”, descreveu o conselheiro José Gomes Graciosa, relator do
processo sobre as contas do Estado. “Com isso, ante aos inaugurais 45%,
obrigou-se o Estado a custear aproximadamente 90% da construção da Linha
4 do Metrô.”
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