MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Janot vai decidir a delação de Valério, que acusa membros do governo Temer



Tâmara Teixeira
O Tempo
Os promotores que analisam a proposta de delação premiada feita pelo empresário Marcos Valério confirmaram que o operador tanto do mensalão tucano quanto do petista citou políticos que atualmente têm foro privilegiado. “Surgiu a possibilidade de ele apontar fatos envolvendo pessoas de foro especial”, disse João Medeiros, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Minas, sem revelar os nomes citados.
João Medeiros e Eduardo Nepomuceno explicaram que a Promotoria enviou ao procurador-geral de Justiça de Minas, Carlos André Mariani Bittencourt, um ofício para que a Procuradoria Geral da República, comandada por Rodrigo Janot, seja acionada sobre a intenção de Valério.
Segundo Medeiros, a investigação agora aguarda um posicionamento de Janot para anunciar se o Ministério Público de Minas Gerais prosseguirá com a negociação da delação de Valério. Marcos Valério pretende dar informações em troca de redução de pena. “Temos informação da Procuradoria-Geral da República de que o nosso documento já está lá. Aguardamos retorno”, disse Medeiros. O promotor disse que é preciso ter cautela com a questão.
TRÊS POSSIBILIDADES – Segundo o promotor, existem três possibilidades: Janot pode informar que não tem interesse no material; pode pedir que o processo seja todo enviado para Brasília e que só depois Minas apure os fatos relacionados à alçada do Ministério Público estadual; ou ainda – o que para os promotores seria o melhor dos cenários – pode propor que os dois órgãos compartilhem da delação e apurem os fatos simultaneamente.
Ainda de acordo com o promotor, interessam ao Ministério Público “todos os vínculos contratuais das empresas dele (Valério) com órgãos públicos, com vínculo municipal ou com o Estado”.
O promotor não confirma nem desmente informações já publicadas por O Tempo de que Valério irá relatar esquemas que vão além do praticado para a reeleição do então governador Eduardo Azeredo, já condenado a 20 anos e dez meses de prisão. Esse fato gerou o mensalão mineiro. Um deles seria a realização de empréstimos do Banco Rural para bancar imóveis de dois tucanos mineiros.
MENSALÃO MINEIRO – O promotor Medeiros explicou que “o ponto de partida é o processo que está aqui, o mensalão mineiro”. A seu ver, no processo já há provas suficientes para condenar o empresário. Segundo ele, Valério terá que prestar informações novas.
O advogado de Valério, Jean Robert Kobayashi Júnior, aguarda com expectativa o retorno da iniciativa do Ministério Público. Segundo o defensor, Valério citará, inclusive, políticos do governo interino de Michel Temer (PMDB). “São pessoas do atual e do antigo governo”.
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