Ato lembrou caso do estupro de uma jovem por 33 homens no Rio de Janeiro.
Também faz críticas a políticos como Eduardo Cunha.
Jéssica Moura e o filho Pedro Lucas na Marcha das
Vadias, no Recife (Foto: Thays Estarque/G1)
Mesmo sem ser proposital, a marcha ocorreu na mesma semana onde uma jovem foi estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro. Outro caso de repercussão aconteceu no Recife. Na sexta-feira (27), a cantora Bella Schneider, ex- The Voice Brasil, prestou queixa na delegacia de crimes cibernéticos. Desde que apareceu no programa, vem recebendo ameaças de estupro e morte nas redes sociais.Vadias, no Recife (Foto: Thays Estarque/G1)
"Isso tudo é mais uma ação para gente lutar. Queremos dizer para essas meninas que estamos aqui por nós e por elas", citou Amanda Timoteo, do coletivo Marcha das Vadias do Recife. Para ela, os últimos acontecimentos refletem quanto o país é violento e criminaliza a mulher. "O Brasil revive, diariamente, uma cultura do estupro, do machismo. Vivemos numa sociedade machista", acredita Amanda.
Mas não só de mulheres é formado o ato. Homens que apoiam a causa do movimento e crianças também participam da marcha. Além dos casos de violência recentes, os integrantes também gritaram palavras de ordem contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
Manifestantes fizeram pausa e contaram até 30 em referência ao estupro no RJ (Foto: Thays Estarque/G1)
Quando passavam pela Avenida Conde da Boa Vista, os manifestantes
fizeram uma parada e contaram até 30 em referência ao estupro coletivo
ocorrido no Rio de Janeiro. "Quem sabe assim, gritando bem alto, as
pessoas não entendem o que aconteceu, a barbárie desse estupro. Vamos
fazer barulho até entenderem", disse a estudante Aline Cavalcanti, 19
anos,
Estudante Cláudio Alves, na Marcha das Vadias do
Recife (Foto: Thays Estarque/G1)
Com seu filho de 7 anos, Pedro Lucas , a estudante Jéssica Moura, 26,
pede uma desconstrução de consciência. "Trago ele aqui para entender
desde novo o problema que vivemos. Quero que meu filho cresça com outra
mentalidade, num país diferente", espera. A jovem carregava um cartaz
com a mensagem: "O feminismo me liberta porque o machismo também me
oprime".Recife (Foto: Thays Estarque/G1)
Quase na ponte Duarte Coelho, todos os manifestantes se abaixaram. Eles fizeram um minuto de silêncio enquanto um grupo que estava na frente dizia "quando eu acordei tinham 30 homens em cima de mim"
De batom vermelho, quase rosa, o estudante Claúdio Alves, 22 anos, disse que essa é uma causa de todos. "Estou aqui pela minha mãe, que já sofreu muito, e todas as mulheres que são agredidas diariamente nesse país".
Nenhum comentário:
Postar um comentário