MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sindicância sobre uso de furadeiras no Trauma é concluída, diz CRM-PB


Segundo corregador do CRM, investigação está pronta para ser julgada.
Relatório deve ser analisado em sessão na primeira quinzena de maio.

Jhonathan Oliveira Do G1 PB

Médico apresenta furadeiras usadas em cirurgias em João Pessoa (Foto: Divulgação)Médico apresentou furadeira doméstica que teria sido
usada em cirurgia na capital (Foto: Divulgação)
A sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) para apurar o suposto uso de furadeiras domésticas em cirurgias no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa está concluída e já pode ser levada a julgamento. A informação foi dada pelo corregedor do CRM, José Mário Espínola, garantindo que o órgão deve analisar o resultado da investigação na primeira quinzena de maio. A apuração sobre o uso de furadeiras no Trauma teve início há sete meses, em setembro de 2011.
 A abertura da sindicância foi determinada pelo presidente do CRM, João Medeiros, após o integrante da Associação dos Médicos da Paraíba, Ronald Farias, dizer que cirurgias cranianas na unidade hospitalar estavam sendo feitas com o auxílio do aparelho. Na época, a Secretaria de Saúde do estado negou a suposta irregularidade.

José Mário explicou que a sindicância seria colocada na pauta de uma sessão de julgamento da Câmara do CRM que ocorreria na noite de quinta-feira (26). No entanto, a reunião foi cancelada em razão de uma viagem do presidente do conselho, João Medeiros. “Estou apelando que as sindicâncias mais antigas e as mais polêmicas sejam votadas. Ela (a das furadeiras) já está na pauta, se a sessão fosse amanhã ela seria votada”, disse o corregedor do CRM. De acordo com ele, ainda não há data certa para a sessão de maio.
Ele ainda destacou que a sindicância é comandada por um médico que analisa a denúncia. De acordo com o corregedor, o sindicante solicita esclarecimentos do denunciante e também dos denunciados e, dependendo do caso, solicita também documentos. “Ele analisa tudo e expõe o que colheu à câmara julgadora. O relator emite um parecer favorável a abertura do processo ético ou pelo arquivamento e os conselheiros votam”, disse.
O corregedor ainda destacou que a sessão de julgamento deve contar com a participação de pelo menos oito conselheiros. Caso a decisão seja pela abertura do processo ético, haverá uma investigação de maior profundidade para apurar quem são os possíveis responsáveis.
Com relação a demora do julgamento da sindicância do suposto uso de furadeiras no Trauma de João Pessoa, o representante do CRM disse que isso ocorreu porque os julgamentos acontecem de forma cronológica e existem muitas que foram abertas antes.
Anvisa proíbe furadeiras comuns em cirurgias
O uso de furadeiras domésticas em procedimentos cirúrgicos é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No 'Alerta de Tecnovigilância nº 939' publicado em 2008, a Anvisa descreve que "furadeiras domésticas não foram originalmente concebidas para serem utilizadas como produto médico. A comercialização e utilização deste tipo de dispositivo em procedimentos cirúrgicos representam um grave risco à saúde da população e constituem infração sanitária, por se tratar de produto sem registro na Anvisa".

Considerando a furadeira doméstica como um dispositivo 'impróprio', a norma também alerta para os riscos de sua utilização em procedimentos cirúrgicos. Entre eles: a furadeira pode contaminar o campo cirúrgico com o óleo usado na lubrificação; apresenta riscos de descargas elétricas; não tem controle de rotação; e não pode ser esterilizada.

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