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quinta-feira, 7 de março de 2024

MULHERES COM LIPEDEMA NO BRASIL: PRECONCEITO E JULGAMENTOS ATÉ QUANDO?

 

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MULHERES COM LIPEDEMA NO BRASIL: PRECONCEITO E JULGAMENTOS ATÉ QUANDO?

Depois de mulheres serem alvos de críticas pelos homens no principal reality show da TV aberta, a pergunta que fica em pleno 2024 é: “até quando as mulheres serão criticadas e julgadas pela sua aparência?”

São Paulo, 7 de março de 2024 – É comum acompanhar diariamente nas redes sociais mulheres sendo julgadas pela sua aparência. Seja nos desfiles de Carnaval, seja em reality shows da TV brasileira, elas sofrem julgamentos e são responsabilizadas pelo corpo que têm. Ou porque são “molinhas” e não fazem exercícios suficiente ou porque não “fecham a boca”. Estes são alguns, mas os argumentos são vários. No caso do lipedema, trata-se do padrão de corpo “cintura fina e pernas grossas” (que atinge cerca de 10 milhões de brasileiras atualmente), como é o caso da modelo e empresária Yasmin Brunet, que está na casa do Big Brother Brasil 24 e foi alvo de críticas pelo seu corpo.

(crédito fotos: divulgação Instituto Lipedema Brasil)

“O lipedema é uma doença genética, com componente hormonal. É imprescindível parar com o desrespeito ao corpo feminino. Precisa tirar a culpa que colocam nas costas destas mulheres e trazer consciência e acolhimento que elas merecem”, diz um dos pioneiros no tratamento cirúrgico do lipedema, dr. Fábio Kamamoto, que dirige um dos centros de referência na doença no país, o Instituto Lipedema Brasil.

Feiras europeias – Existiu um caso, em 1815, que aconteceu 125 anos antes da primeira descrição médica de lipedema, em 1940. Trata-se de Sarah Baartman, uma mulher africana que foi aprisionada e exibida em feiras europeias de fenômenos bizarros humanos. Grandes multidões iam a estas feiras apenas para vê-la. Tudo porque ela tinha um quadril largo e uma cintura extremamente fina.

(crédito foto: SPL)

“Estas críticas quanto à aparência feminina – como no caso da Sarah Baartman - parecem questões antigas, mas é bem atual. Por exemplo, as pessoas não sabem o que é lipedema e que é uma doença, que precisa de tratamento. E sem saber, as pessoas criticam a aparência de quem tem. O lipedema até hoje não está incluído no currículo básico das escolas de medicina. O meu trabalho, junto ao Instituto Lipedema Brasil, é falar sobre esta doença que ainda não é conhecida pelas pessoas e tratada pelos médicos como deveria ser. Estamos no caminho, mas falta muito”, finaliza o dr. Fábio Kamamoto.

Entendendo o Lipedema

As principais características do Lipedema, que possui cinco tipos e quatro estágios, são dores frequentes nas regiões das pernas, quadril, braços e antebraços, que ficam mais grossos e desproporcionais em comparação com o restante do corpo. A mulher pode apresentar hematomas (ficar roxa) por qualquer movimento mais brusco. Isto acontece porque a doença provoca reação inflamatória em células de gordura nestas regiões.

Há dois tipos de tratamento para o Lipedema, o clínico, que engloba uma equipe multidisciplinar (cirurgião vascular, endocrinologista, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista, entre outros) com o objetivo de dar mais qualidade de vida para a paciente; e o cirúrgico, que engloba o cirurgião plástico que remove por meio da lipoaspiração as células de gordura doentes. A doença foi incluída no Código Internacional de Doenças (CID 11) no início de 2022.

Sobre o Instituto Lipedema Brasil

O Instituto Lipedema Brasil (www.institutolipedemabrasil.com.br) é o primeiro centro de referência de Lipedema no país, criado para compartilhar informações, apresentar a doença para a sociedade e mobilizar milhões de mulheres. É o primeiro no país a dedicar estudos, pesquisas e ensino à população e aos profissionais de saúde. Criado e dirigido pelo dr. Fábio Kamamoto desde 2021, o Instituto Lipedema Brasil foi pensado para unir três pilares importantes dessa mudança: Transformação social, Educação e Pesquisa. Por meio de uma campanha online, o Instituto luta pela democratização do acesso ao tratamento da doença no país, como já acontece em outros países como os Estados Unidos. Atualmente, a campanha conta com mais de 28 mil assinaturas.

Outras informações para a imprensa:

 

Comunicação Instituto Lipedema Brasil

Marina F. Camargo – imprensa@lipedemabrasil.com.br

(11) 93021-6482

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