São Paulo, 5 de março de 2024 -
As empresas estão dividindo mais com os seus colaboradores a conta dos
gastos com os planos de saúde. Pelo menos foi isso que mostrou a
“Pesquisa de Benefícios de Saúde e Bem-Estar 2024”, realizada pelo
terceiro ano seguido pela corretora Pipo Saúde, dessa vez em parceria
com a MIT Management Sloan Review Brasil, da renomada universidade
americana MIT. Foram consultadas 536 empresas de 17 segmentos, que somam
800 mil colaboradores e mais de 1.2 milhão de pessoas impactadas.
No
comparativo anual, 2023 e 2024, é possível observar um aumento da
contribuição na mensalidade dos planos de saúde por parte dos
colaboradores (de 40% para 55%).
“Nos
últimos 12 a 18 meses, com o fim da pandemia, vimos um aumento na
frequência de utilização de serviços de saúde. Houve ainda alta inflação
na área da saúde, explicada por novas tecnologias e tratamentos. Isso
fez com que o mercado de saúde suplementar tivesse um alto prejuízo em
2022 e início de 2023, que está sendo revertido através de reajustes de
preços elevados. Este alto reajuste nos planos de saúde impactam tanto
contratantes, as empresas, como beneficiários, seus colaboradores”,
explica Thiago Torres, cofundador e Chief Revenue Officer da empresa.
Já
olhando para as empresas que possuem coparticipação em planos de saúde,
houve um aumento de 52% para 65%. E esta parece ser uma prática comum
em grandes empresas (com mais de 500 colaboradores), com 77% delas
optando pelo modelo com coparticipação. Outra
estratégia que parece ter sido adotada pelas empresas para continuar
oferecendo o benefício do plano de saúde, mesmo diante de um cenário de
redução de custos, é a elegibilidade por cargo. Comparando os resultados
de 2023 e 2024, observamos um aumento de 8% dos planos diferenciados
por cargos.
“Sem
uma regulação específica, o aumento dos planos de saúde corporativos
ainda está muito ligado à sinistralidade. Por isso, o modelo de
coparticipação, em que o colaborador paga um valor cada vez que utiliza o
plano, funciona como um fator moderador para o uso incorreto ou
excessivo do plano, além de ajudar a evitar fraudes”, explica Torres. Problemas
como desperdícios e fraudes tiveram um impacto entre R$ 30 bilhões e R$
34 bilhões no Brasil em 2022, segundo estimativa do estudo realizado
pela EY em parceria com o Instituto de Estudos da Saúde Suplementar
(IESS).
Como
solução, Thiago acredita na educação e promoção de saúde por parte de
todos os envolvidos no setor. “O caminho deve ser o acompanhamento dos
dados de utilização dos planos de saúde pela sua população, a educação
dos usuários sobre melhores práticas e a realização de ações e programas
de saúde específicos com os beneficiários. Só assim será possível ter
um modelo mais preventivo, sustentável e com reajustes mais compatíveis
com a inflação geral da economia”, explica Torres. “E é importante
frisar que, além disso, um atendimento próximo e acolhedor, que guie as
pessoas na experiência complexa que pode ser o cuidado de saúde e o uso
do plano, faz toda a diferença nesta equação”, complementa.
Saúde mental e outros benefícios de saúde
Chama
atenção o fato de que, mesmo a saúde mental sendo um tema de grande
interesse e preocupação por parte das empresas, apenas 4 de 10 oferecem
bem-estar mental no pacote de benefícios. No entanto, das empresas que
responderam que não oferecem, quase 20% delas têm interesse em oferecer.
“Acabamos de lançar em janeiro um estudo de saúde corporativa com
cerca de 9 mil colaboradores que mostrou que quase metade deles possui
risco de saúde mental. É curioso que este benefício ainda faça parte do
pacote apenas de poucas empresas”.
A
Pesquisa de Benefícios mostrou ainda que, pelo terceiro ano
consecutivo, o plano de saúde continua sendo o benefício mais ofertado
(88%) e o mais relevante (69,5%) no ranking de preferência. Um resultado
que pode surpreender nesta lista é o home office na segunda posição.
“Embora o movimento do mercado seja para a volta do presencial ou ao
menos o modelo híbrido, o resultado mostra que o home office ainda é
relevante para muitos talentos”, comenta Torres.
Em
relação à orientação médica, se destaca o alto número de empresas acima
de 500 colaboradores que oferecem o serviço - 75% delas. “Isso mostra
como o mercado vem mudando ao longo dos últimos anos. As empresas estão
preocupadas com a sustentabilidade de seus custos de saúde e em como
oferecer um benefício mais custo-eficiente para o colaborador. Mais da
metade delas já oferecem este benefício”, comenta Thiago.
Tendência
de mercado, os benefícios flexíveis, conhecidos como beneflex, modelo
que visa proporcionar maior autonomia aos funcionários, permitindo que
escolham benefícios que realmente agreguem valor às suas vidas, ainda
são oferecidos por poucas empresas, somente 7%. E um dado curioso é que
quase 30% dos respondentes não sabem o que é beneflex.
A
“Pesquisa de Benefícios de Saúde e Bem-estar Pipo 2024” foi realizada
digitalmente, por meio de um questionário qualitativo, entre os meses de
novembro e dezembro de 2023. As perguntas foram divididas em 7 trilhas
de benefícios: Plano de saúde, Plano odontológico, Seguro de vida,
Bem-estar físico, Bem-estar mental, Orientação médica e Benefícios
flexíveis (beneflex). Seu objetivo foi retratar e também analisar as
tendências de empresas no que tange à oferta do pacote de benefícios
corporativos, com foco nos benefícios de saúde.
Confira o estudo completo no link.
Imagens de ilustração no link.
Ferramenta mostra comparativos da pesquisa
Acesse
o site da Pipo Saúde, navegue no dashboard e compare a oferta de
benefícios da sua empresa. Utilize os filtros para segmentar pelo porte
da empresa, área de atuação e região do Brasil.
Link: https://www.piposaude.com.br/pesquisa-de-beneficios
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