MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Simone Tebet vive momentos de glória, antes da decepção da derrota eleitoral

 



Charge do JCaesar | VEJA

Charge do JCaesar | Veja

Vicente Limongi Netto

Acordei com os aviões supersônicos nos meus ouvidos, saudando os 200 anos da Independência, e com o triunfalismo enfastiante do som rouco do bimotor pilotado pela candidata Simone Tebet (Correio Braziliense – 07/09). Duas cansativas páginas de lorotas e promessas mirabolantes. Tebet oscila entre 4 e 5% nas pesquisas de intenções de votos.

Como maratonista bissexta, tem pernas, oxigênio e saliva para alcançar, com boa vontade, até o final da campanha, a faixa de 7%. Tebet deveria patentear as letrinhas arrogantes, pretensiosas e hilárias da entrevista. Depois editar livreto, com o título, “Aquela que poderia ter sido, mas que não foi”, e doar para o acervo da biblioteca do Senado.

MEDO DELA? – Na entrevista ao Correio, a senadora, que só tem mandato até fevereiro de 2023, critica parte do MDB que “tinha medo” da candidatura dela.

Ora, experientes membros do MDB jamais tiveram medo de enfrentar obstáculos. Sabiam que a candidatura de Tebet não empolgaria, não tiraria o sono da polarização entre Lula e Bolsonaro nem traria expressivos dividendos políticos para o partido.

No final da jornada democrática, a grandiosa Simone Tebet, ainda com o nariz empinado, poderá recolher os cacos da derrotada anunciada que deixou pelo caminho e passar quatro anos escanteada.

INFERNO ASTRAL – Acredito que ainda vai piorar o inferno astral do ex-juiz Sérgio Moro. Debutando na política, segmento pelo qual nunca teve apreço, ainda vai sofrer um bocado, sobretudo se Lula for eleito.

Nessa linha, salientei em novembro de 2021: Moro enfrentará batalhas inglórias e tacapes pesados. Prepare o couro, porque o jogo é para profissionais. Na política, a vingança é prato que se come frio.  Deslumbrado pelos holofotes, entrou na rinha das pauladas. Achou que tiraria as pedras do caminho de letra.  Aguente o tranco, porque o jogo pesado mal começou.

O calejado senador Alvaro Dias, que inventou Moro na política, fala da boca para fora quando lamenta a investigação da Policia Federal na casa do ex-juiz. Depois de idas e vindas, Moro resolveu disputar o Senado pelo Paraná, justamente contra Alvaro Dias, que pleiteia a reeleição. Moro, pelo visto, também não sabe o que é gratidão. 

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