O
Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Cultura e Economia
Criativa do Governo de São Paulo, lamenta informar que o seu curador, o
artista plástico e escultor Emanoel Araujo, faleceu nesta quarta-feira
(7/9), aos 81 anos.
Ele
foi encontrado sem vida por um funcionário do museu em sua residência,
no bairro da Bela Vista, região central da cidade de São Paulo, por
volta das 10h de hoje.
O Museu Afro Brasil se solidariza com a família e os amigos neste momento de profunda tristeza.
Emanoel Araujo sempre foi um patriota que elevou e divulgou o Brasil e a cultura do nosso país.
Vida e obra
Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no 15 de novembro de 1940.
Em
1959 realizou sua primeira exposição individual ainda em sua terra
natal. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de
Belas Artes da Bahia (UFBA), onde estudou gravura.
Sua
primeira premiação nacional foi em 1966, por sua participação na II
Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São
Paulo e, no circuito internacional, foi premiado, em 1972, com a medalha
de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. No ano seguinte,
recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de
melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor.
Pela
Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) recebeu o Prêmio
“Cicillo Matarazzo” em 1998 e 2007, além do Prêmio Clarival do Prado
Valladares, em 2020, ano em que também recebeu a Medalha Zumbi dos
Palmares pela Câmara Municipal de Salvador. Em 2021, foi agraciado com a
Medalha Tarsila do Amaral pelo Governo do Estado de São Paulo.
Foi
diretor do Museu de Arte da Bahia (1981-1983). Lecionou artes gráficas e
escultura no Arts College, na The City University of New York (1988).
Entre 1992 e 2002 foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Nos
anos de 1995 e 1996 foi membro convidado da Comissão dos Museus e do
Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da
Cultura. Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, do qual é
Diretor Curador e Executivo até os dias de hoje.
Expôs
em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca
de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas.
Durante
sua gestão no Museu Afro Brasil, a exposição “Africa Africans”, da qual
foi curador, foi premiada como melhor exposição de 2015 pela ABCA. Como
curador independente, sua exposição “Francisco Brennand Senhor da
Várzea, da Argila e do Fogo” recebeu o prêmio Paulo Mendes de Almeida,
como a melhor exposição realizada no país no ano de 2017.
Emanoel Araújo estava trabalhando atualmente para levar ao Museu Afro Brasil, em novembro, uma exposição
exposição
temática sobre o bicentenário da independência, entrelaçando duas
datas: o 7 de setembro, dia da proclamação da independência do país, na
capital paulista, e 2 de julho de 1823, data de efetivação do movimento
da independência baiana que efetivou o processo de emancipação do
Brasil.
INFORMAÇÕES SOBRE VELÓRIO E SEPULTAMENTO
O
velório do artista plástico, escultor e diretor-curador do Museu Afro
Brasil Emanoel Araujo acontecerá nesta quinta-feira (8/9), a partir das
9h, na sede do próprio museu, e será aberto ao público.
A entrada se dará pelo Portão 3 do Parque Ibirapuera.
O sepultamento ocorrerá às 16h, no Cemitério da Consolação.
Museu Afro Brasil
Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação/MAB
Nenhum comentário:
Postar um comentário