(Marcelo Jabulas)
O Jeep Renegade chegou em 2015 para abrir os caminhos da marca, que até então figurava num segmento de nicho, com Grand Cherokee e Wrangler –modelos extremamente caros, vindos de fora e incapazes de fazer volume.
O Renegade fez seu dever de casa e se tornou um grande sucesso de mercado. Em 2021, mesmo com pandemia e crise dos semicondutores, o modelo fechou o ano com 73 mil unidades licenciadas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Bonitinho e com carinha nervosa, o SUV caiu no gosto de quem buscava um 4x4 e também de quem só queria ter um jipinho na garagem. No entanto, nunca faltaram queixas sobre o motor 1.8 Etorq de 139 cv, da Fiat.
Essa unidade equipava o Renega<CW-35>de até o fim do ano passado, e saiu de linha por não se adequar às atuais normas de emissões do Proconve PL7. No lugar dele chegou o 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm de torque.
E como não existe almoço grátis, a adição do novo motor elevou os preços do Renegade substancialmente, partindo de R$ 124 mil, na época de lançamento, em janeiro.
Hoje, não custa menos que R$ 133 mil, na versão Sport, que acabamos de conferir. Não é um carro barato, mas está longe de ser o mais caro.
Para chegar a esse preço menos assustador, a versão abriu mão de conteúdos, mas ainda assim oferece um pacote interessante, sem deixar de fora nada que seja essencial no uso cotidiano.
Raio-x Jeep Renegade Sport 1.3
O que é?
Utilitário-esportivo (SUV) compacto de cinco lugares.
Onde é feito?
Produzido na unidade de Goiana (PE).
Quanto custa?
Base: R$ 132.890
Com quem concorre?
O
Renegade Sport concorre numa faixa intermediária do segmento de SUVs
compactos e briga com modelos como Caoa Chery Tiggo 5x Pro, Citroën C4
Cactus, Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, Honda HR-V, Fiat Fastback,
Peugeot 2008 e Volkswagen T-Cross.
No dia a dia?
Depois
de testar a versão Trailhawk fomos ao extremo oposto da linha com o
Sport. No entanto, a versão de entrada não deixa nada a desejar para
quem irá fazer uso desse carro na cidade e também para pegar estrada. Em
toda a linha o motor é o mesmo, o que muda é a transmissão e o sistema
de tração. Mas no dia a dia não faz falta alguma as marchas a mais e a
tração nas quatro rodas que a versão topo de linha oferece.
As medidas e capacidades são as mesmas. O Renegade é um jipinho que leva quatro adultos com muito conforto. Para uma família com dois filhos que ainda usam cadeirinhas, o modelo resolve bem. O porta-malas de 320 litros está longe de ser uma referência, mas resolve na hora do supermercado e naquele passeio de fim de semana.
Por ser a versão de entrada, o Sport tem pacote mais enxuto, mas nem por isso miserável. Ele deixa de contar com mimos como partida sem chave, bancos em couro, climatização digital e quadro de instrumentos digital para “cortar gordura”.
No entanto, oferece direção elétrica, multimídia Uconnect de sete polegadas (com Android Auto, Apple CarPlay e câmera de ré), duas portas USB no console e uma terceira para a segunda fileira de bancos, vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores com ajuste elétrico, freio de estacionamento eletrônico e Start/Stop.
Ele oferece pacote de assistências de condução com alerta de colisão, frenagem emergencial autônoma e monitor de permanência em faixa de rodagem. O pacote é complementado por luzes diurnas em LED e rodas de liga leve aro 17. Se o cliente quiser levar bancos em couro e rodas aro 18, é preciso adicionar pacote opcional na faixa de R$ 5 mil.
Motor e transmissão
A
cereja do bolo do Renegade é seu motor turbo 1.3 de 185 cv e 27,5 kgfm
de torque, que o coloca, ao lado primo Fastback, como os mais potentes
do segmento. A unidade é combinada com transmissão automática de seis
marchas.
O conjunto entrega comportamento exemplar, com trocas rápidas. Na estrada, ganha velocidade muito rápido. Mas faltaram as borboletas para trocas manuais e para ajudar a poupar as pastilhas de freio, na hora de segurar o carro.
Como bebe?
Abastecido com álcool, o modelo registrou consumo urbano na casa de 7,8 km/l e rodoviário de 13,5 km/l.
Suspensão e freios
A
versão utiliza suspensão independente nas quatro rodas, que é padrão no
Renegade. O jipinho ignora lombadas e buracos. Para facilitar as
frenagens, o SUV conta com freios a disco nas quatro rodas, além de
controle de partida em rampa (Hill Holder), freio de estacionamento
eletrônico e controles de estabilidade (ESC) e tração.
Palavra final
É
a opção mais acessível para quem sonha como o jipinho norte-americano.
Ele abre mão de muitos conteúdos para chegar num valor menos
estratosférico. No entanto, mantém sua personalidade forte, bom pacote
de conteúdos e segurança e o mesmo motor da versão mais cara.
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