MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

É hora de aproveitar os erros e Putin e ajudar a Ucrânia a vencer a guerra

 



O ditador russo, Vladimir Putin, continua indo de mal a pior com sua invasão à Ucrânia. De sua perspectiva, a semana passada foi uma catástrofe incontestável. Max Boot, do NYT, para o Estadão:


A impressionante e surpreendentemente bem-sucedida ofensiva da Ucrânia em Kharkiv continuou a transcorrer, libertando já estimados 9 mil quilômetros quadrados de território do jugo russo - ou seja, mais do que as áreas combinadas dos Estados americanos de Delaware e Rhode Island. Tropas ucranianas estão entrando agora na região de Luhansk, que havia sido perdida em julho. Isso torna cada vez mais improvável a possibilidade de Putin alcançar até mesmo seu objetivo diminuído, de conquistar apenas o Donbas (Luhansk é uma das duas províncias do Donbas).

As forças russas continuam tentando - até agora, sem sucesso - restabelecer uma nova linha defensiva. Durante o fim de semana, tropas ucranianas atravessaram o Rio Oskil, uma barreira natural para seu avanço. O recuo russo revelou confusão e baixo moral entre fileiras do Exército de Putin. Em Izium, as tropas russas deixaram para trás covas coletivas de suas vítimas para serem descobertas por investigadores de crimes de guerra.

Putin jamais pretendeu ser amado, mas seu governo tem dependido de uma aura de medo e poder que agora está sendo drenada — para ser substituída por repugnância e desprezo.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, um dos principais importadores de energia e armas russas, repreendeu Putin abertamente durante a cúpula da Organização para Cooperação de Xangai, em Samarcanda, no Usbequistão. O chinês Xi Jinping não criticou abertamente Putin, mas também não expressou apoio ao ditador russo.

Empresas chinesas não estão suprindo o vácuo deixado pelas empresas ocidentais que têm deixado a Rússia, e a China não está fornecendo armamentos para os russos, forçando Putin a fazer compras no Irã e na Coreia do Norte.

Um indicador do status reduzido de Putin no mundo foi o quanto tantos líderes mundiais o deixaram esperando antes de se reunir com ele em Samarcanda — empregando contra ele uma de suas principais táticas para sublinhar dominância.

Rompimentos

Outro sinal dos tempos: a Assembleia-Geral da ONU aprovou por 101 votos a 7 na sexta-feira uma resolução para permitir um pronunciamento televisivo do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Além da Rússia, os únicos países que votaram contra foram outros Estados párias: Belarus, Cuba, Eritreia, Nicarágua, Coreia do Norte e Síria. A Rússia está quase completamente isolada. Até o Casaquistão, no passado um dos aliados mais próximos de Moscou, rompeu com Putin na ONU como parte de uma recusa mais ampla em apoiar sua guerra de agressão. Outra aliada da Rússia, a Armênia, é vítima de uma ofensiva renovada do Azerbaijão, que pode estar tirando vantagem de um Kremlin distraído.
 
BLOG  ORLANDO  TAMBOSI

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