O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira (28), o
afastamento imediato do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por
irregularidades em contratos na saúde. O vice, Cláudio Castro, assume o
governo do RJ. Mas Castro também é alvo da operação. Foi cumprido um
mandado de busca e apreensão na casa do vice. A ordem de afastamento é
decorrência das investigações da Operação Placebo, em maio, e da delação
premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde. O STJ também expediu
mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do partido (já
cumprido), e Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico.
Havia mandados de busca e apreensão contra a primeira-dama, Helena
Witzel, e no Palácio Guanabara -- sede do governo. Às 6h20, carros da
Polícia Federal (PF) chegaram ao Palácio Laranjeiras -- residência
oficial do governo do RJ -- para notificar Witzel do afastamento.
Paralelamente, equipes chegavam à residência de Everaldo, uma cobertura
no Recreio. Em maio, Witzel e a mulher foram alvo de mandados de busca e
apreensão da PF, expedidos pelo STJ. A PF buscava provas de supostas
irregularidades nos contratos para a pandemia. A Organização social
Iabas foi contratada de forma emergencial pelo governo do RJ por R$ 835
milhões para construir e administrar sete hospitais de campanha. É um
infeliz histórico político do Rio de Janeiro. Todos os ex-governadores
eleitos que estão vivos já foram implicados em escândalos de corrupção.
Cinco acabaram presos e um deles, Sérgio Cabral, segue em Bangu 8,
cumprindo penas que somam 294 anos. Relembre as prisões dos
ex-governadores do Rio: Anthony e Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral, Luiz
Fernando Pezão e Moreira Franco.
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