MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

"Isolamento social e pandemia desafiando a capacidade de resiliência do ser humano", por Andrea Ladislau, doutora em psicanálise


Ser resiliente é uma qualidade que todos temos. Ela é intrínseca ao ser humano. Mas alguns indivíduos podem ter mais facilidade para desenvolvê-la do que os outros. É a resiliência que nos capacita para a superação dos obstáculos e desafios, de qualquer natureza, ao longo da vida. Os efeitos das situações adversas em sua saúde mental serão determinados pela capacidade de cada um, em ser ou não resiliente. Ratificando a intensidade com que somos afetados, positiva ou negativamente, por estes obstáculos.
 
Normalmente, os resilientes conseguem trabalhar melhor suas dificuldades dentro de uma visão mais otimista, pois o fortalecimento de nossa capacidade resiliente está fixado em um alicerce estrutural composto por características da psique, como: a autoestima, o otimismo e a forma como se dão os vínculos afetivos e sociais.
 
Porém, o maior erro de um indivíduo e que não contribui para a construção de uma personalidade resiliente, é a negação de seus problemas. É negar os obstáculos apresentados pela vida. Estes devem ser aceitos e encarados de frente para que soluções possíveis sejam visualizadas e transformadas em respostas positivas, já que o resiliente se depara com o desafio em aceitar suas próprias dificuldades e fraquezas, transformando-se perante elas, conscientemente, até que o melhor seja feito.
 
Quando permitimos ser dominados por um problema, matamos e impedimos nosso próprio atributo de ressignificação. Motivo pelo qual podemos dizer que a resiliência não anda sozinha, ela vem acompanhada de virtudes importantes como: a positividade, a esperança e o crescimento através dos aprendizados e lições que as situações difíceis da vida podem nos proporcionar. Não adianta nutrir a ilusão de que problemas nunca irão existir. O resiliente genuíno é aquele que possui exímia capacidade de se recuperar após cada desafio. Para isso é necessário aprender a se adaptar ao novo, deixando de lado a zona de conforto e criando possibilidades para sair e pensar fora da caixa. Utilizando a criatividade, que é uma excelente estratégia de dominação da culpa, do medo e da insegurança. Além disso, poder se recompor e voltar a sua forma original, é uma definição singela para qualidades tão agregadoras.
 
Algumas pessoas conseguem se refazer mais facilmente que os outros diante de situações adversas, pois aprenderam a dominar suas emoções e controlar os seus impulsos, eliminando os receios e fortalecendo, de forma consciente, o otimismo. Trabalhar o comportamento humano para que a resiliência faça parte do cotidiano do indivíduo, auxiliando a construção de uma personalidade lúcida de suas capacidades, é fundamental para que os obstáculos sejam superados. Essa competência em suportar crises é o que irá fornecer elementos para que o ser humano consiga ter uma melhor qualidade de vida associada ao equilíbrio mental.
 
Entretanto, resiliência não é sinônimo de felicidade. Precisamos dos momentos desafiantes para preencher lacunas de nosso autoconhecimento. A cada dia um novo aprendizado, uma nova maneira de encontrar nosso ponto de estabilidade.
 
Em tempos incertos e sombrios, como o que estamos vivendo, diante de uma pandemia e de acontecimentos inusitados, não resta dúvida de que a capacidade de cada um em ser resiliente está sendo colocada à prova. Estamos sendo desafiados a nos fortalecer de maneira que a percepção de nós mesmos se torne cada vez mais forte, para que assim possamos lidar melhor com o invisível. O aspecto traumático do isolamento social precisa ser encarado como um gatilho positivo para a nossa inteligência emocional. Resguardando, é claro, as devidas proporções e os impactos negativos que os momentos atuais representam para cada ser humano, pois tudo aquilo que foge ao nosso controle, certamente poderá acarretar inseguranças e alimentar transtornos e neuroses indesejáveis.
 
Portanto, ser resiliente requer persistência, conhecimento de suas habilidades e fraquezas, além de uma proatividade ímpar para o melhor desenvolvimento de atitudes positivas frente aos infortúnios diários. Não permitindo impactos nocivos ao desequilíbrio emocional e psíquico da humanidade. Enfim, ser flexível e aceitar as mudanças, se adaptando com otimismo é um bom começo para quem quer desenvolver ainda mais suas capacidades resilientes. Aprenda a se desafiar todos os dias, cuidando de sua saúde física e mental. Desta forma, poderá estabelecer meios mais precisos para expressar seus sentimentos, através da perseverança e da alta capacidade de adaptação ás situações conflitantes.
 
Dra. Andréa Ladislau
Psicanalista
 
* Doutora em Psicanálise
 
* Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de
Ciências Sociais
 
* Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde
 
* Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social
 
* Professora na Graduação em Psicanálise
 
* Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US
Ambassador In Niterói
 
* Membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento
Profissional do Instituto Miesperanza
 
* Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em
Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo.
 
* Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint
Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.
 
 
 
 


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