MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 8 de março de 2025

Governador manda investigar... a PM

 

JORNAL  A  REGIÃO

Os policiais baianos saem de casa sem saber se vão voltar, num estado dominado pelas facções criminosas, recordista em homicídios no país. Eles possuem um armamento muito inferior ao dos marginais e precisam cumprir a lei, enfrentando pessoas que não se importam com a vida nem a segurança da população.

Mas o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), pediu para a Polícia Civil investigar a própria Polícia Militar depois que ela impediu a ocupação do bairro Fazenda Couto e uma guerra entre quadrilhas que já tinha resultado em dois grandes tiroteios que colocaram em risco a vida dos moradores.

Acionada por eles, a PM viu, pelo monitoramento, dezenas de homens armados com fuzis invadindo o local. Era uma junção do Comando Vermelho e de A Tropa tentando tomar o controle do tráfico de drogas do Bonde do Maluco. Ao chegar no bairro, os policiais foram recebidos a tiros, revidaram e mataram 12 bandidos.

Nesta sexta-feira, o Bonde do Maluco e o Comando Vermelho voltaram a se enfrentar pela disputa das áreas de tráfico de drogas na capital. Desta vez foram os moradores do bairro Vila Verde que viveram momentos de pânico durante a madrugada. No tiroteio entre BDM e CV, um morador foi atingido pelos tiros.

Para Jeronimo, ao invés de apurar a ação das facções, é a PM que deve ser investigada por "possível exagero” em atirar de volta nos marginais. O ataque à instituição de seu próprio governo foi feito durante uma live ao vivo sobre o balanço do carnaval na Bahia.

“Nós pedimos que todo o estudo seja feito para averiguar se houve algum exagero pela polícia. O estudo está acontecendo para a gente poder averiguar se há algum exagero”, disse o governador. Porém, ele mesmo admitiu que a comunidade estava pedindo a ação da polícia e que ela foi enfrentada pelos bandidos.

O Ministério Público da Bahia instaurou procedimento para investigar a atuação da Polícia Militar e fez uma reunião com as Secretarias de Segurança e de Justiça, o comando das polícias Militar e Civil. A pauta foi discutir os encaminhamentos das investigações sobre a intervenção policial.

O Instituto Fogo Cruzado soltou nota dizendo que a segurança precisa ser pensada para proteger todos os cidadãos. e afirma que “quando 12 pessoas morrem numa ação policial, fica claro que a prioridade é o confronto e não a proteção". A ong não explicou como os PMs devem se comportar ao ser recebidos a tiros por bandidos.

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