Chamada para recuperação e preservação de acervos garante acesso à diversidade científica e cultural
Recursos garantem a segurança dos acervos e ampliam a digitalização de coleções para democratizar a ciência no Brasil
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O
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), anunciou os resultados da
chamada pública “Finep/MCTI Recuperação e Preservação de Acervos 2024”.
A iniciativa histórica visa garantir que a sociedade brasileira tenha
acesso à diversidade dos acervos científicos e culturais do país,
fortalecendo museus, instituições de pesquisa e espaços de divulgação
científica.
De acordo com Juana Nunes, diretora de Popularização
da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, o edital foi
estruturado seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Popularização
da Ciência. “É fundamental preservar nosso acervo científico e cultural
para democratizar o acesso ao conhecimento e divulgar a riqueza do que
temos para toda a sociedade”, destacou a diretora.
A Chamada
Pública destinou um total de R$ 500 milhões em recursos não
reembolsáveis do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT). Dessa quantia, 46,9% foram direcionados para
projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, reforçando o
compromisso do Governo Federal e da Finep com a descentralização dos
investimentos na infraestrutura científica, tecnológica e cultural.
Instituições vinculadas ao MCTI contempladas
Das
instituições científicas e culturais contempladas na chamada pública,
quatro são vinculadas ao MCTI, recebendo apoio para a preservação e
restauração de seus acervos.
O Museu Goeldi, localizado no Pará,
foi um dos contemplados. Para o diretor Nilson Gabas Júnior, a chamada
representa uma defesa do patrimônio do país."Uma ação como essa, de
dotação orçamentária por meio de uma chamada ampla e pública da Finep, é
fundamental para fortalecer as instituições dentro de suas capacidades.
Isso garante que elas tenham os recursos necessários para, sobretudo,
manter seus acervos com segurança, disponibilizar dados online sobre as
coleções e assegurar uma política de salvaguarda desse patrimônio tão
importante para o país”.
Segundo
ele, “no Museu Goeldi, essa iniciativa permitirá a montagem de um
laboratório e a qualificação necessária para a preservação das obras do
nosso acervo".
As quatro instituições contempladas vinculas ao MCTI são:
• Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG):
com projetos para a preservação dos acervos entomológico,
paleontológico e ictiológico, além de iniciativas como o Laboratório de
Conservação Preventiva e a Ciranda da Sociodiversidade.
• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE):
com projetos para a preservação e catalogação de objetos, instrumentos e
equipamentos históricos, além da recuperação de dados e imagens de
satélites.
• Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA):
investimentos na salvaguarda dos acervos das coleções do Herbário e
Zoológicas, preservação das coleções microbiológicas, fortalecimento da
gestão da informação científica e revitalização do Bosque da Ciência.
• Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA): para digitalização e popularização de arquivos históricos da ciência e estruturação de acervos biológicos.
A
preservação dos acervos científicos e culturais do Brasil é uma ação
estratégica para o fortalecimento da ciência, da cultura e da memória
nacional. O investimento anunciado pelo MCTI e pela Finep reforça o
compromisso do Governo Federal com a democratização do acesso ao
conhecimento e a valorização do patrimônio científico e cultural do
país.
Acesse o processo completo pelo site da Finep.
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