MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 20 de outubro de 2024

Tecnologia em finanças precisa considerar as muitas realidades do país, diz CEO da Aarin

 


Durante a Fintouch 2024, especialistas defenderam um modelo de bancarização com critérios adaptados aos diferentes públicos


Em um país com dimensões continentais, como o Brasil, o futuro digital pode não ser a realidade de todos. Para a sócia e fundadora da Aarin Tech-fin, Ticiana Amorim, mesmo que a discussão do momento seja a adoção de Inteligência Artificial no mercado financeiro, o país ainda precisa enfrentar outros desafios que mantêm milhões de brasileiros fora dos bancos.


O tema foi discutido no evento Fintouch 2024, durante o painel Como o Onboarding Digital e os Meios de Pagamento Moldam o Futuro Financeiro. “Quando estamos falando em tecnologia para finanças, é necessário sair da nossa bolha e lembrar que nem todos têm proficiência no uso de celulares. Ainda existem milhões de pessoas não bancarizadas ou sub-bancarizadas, ou que precisam pegar uma balsa para acessar um banco e, em muitos casos, sequer possuem banda larga para utilizar os apps”, destaca Amorim. 


A mesa também contou com a participação do vice-presidente de Novos Negócios na Visa, Eduardo Abreu; o VP of Corporate Affairs na Veritran Brasil, Wagner Martins; e o Global Head Banking Industry Value Advisor na Simetrik, Juan Pablo Cuevas.


Os especialistas abordaram as tendências digitais no setor bancário, o crescimento no número de contas e os critérios para o ingresso destes novos clientes no sistema. Para os palestrantes, a pandemia e os bancos digitais foram dois grandes responsáveis pelo aumento de pessoas bancarizadas e essa necessidade precisou de adaptações para diferentes realidades. 


Wagner Martins lembrou que, durante a pandemia da Covid-19, a Argentina viveu a experiência de inserir 20 milhões de pessoas no sistema bancário. “A população precisava abrir contas para receber os auxílios emergenciais pagos durante esse período”, disse. Para se ter uma ideia, o Brasil bancarizou 16,6 milhões de brasileiros durante a crise sanitária, segundo dados do Banco Central. O número representa um crescimento de 10%, entre fevereiro de 2020 e dezembro de 2021.     


Onboarding facilitado

Quando se fala em inclusão digital, é preciso lembrar que nem todos têm os documentos exigidos. Cientes da realidade na qual nem sempre as pessoas têm nome limpo, CEP e comprovante de renda, os bancos vêm se adaptando e criando outros critérios para a abertura de conta e concessão de crédito, como a criação de um score próprio. “Você pode utilizar a habilidade rentável no lugar de um comprovante de renda, por exemplo, se uma pessoa é eletricista”, explica Wagner. O modelo já foi aprovado pelo Banco Central e já funciona em várias comunidades brasileiras.


Outra opção, conforme aponta Ticiana Amorim, é exigir somente o documento mínimo para a abertura e solicitar os demais posteriormente, quando ocorrer um pedido de empréstimo ou acesso a outro produto. “Se não falamos com a população, não vamos entender. É preciso olhar com profundidade para o consumidor”, explica. 


Eduardo Abreu disse que a oferta de cartões de crédito também segue este mesmo modelo adaptado. Quando perguntado sobre o fim dos cartões de plástico, ele foi enfático ao dizer que hoje temos muitos meios de pagamentos e que os novos tornam ainda mais fácil essa bancarização, mas destacou que cada um se sente seguro com o seu favorito. “Quem vai definir no final do dia é o cliente”, disse Abreu. 


Evolução da tecnologia também no B2B

A segurança e agilidade nas transações vem mudando não só as relações com os consumidores, mas também entre CNPJs. De acordo com a CEO da Aarin, o Pix também modificará profundamente os setores financeiros das empresas, com compensações bancárias instantâneas. “O Pix B2B virá com muita força em 2025. Ele é conciliável automaticamente e essa instantaneidade transformará os setores de contas a pagar e receber”, finaliza. 


Sobre a Aarin

A Aarin é o primeiro hub tech-fin especializado em Pix e Embedded Finance no Brasil. Atualmente faz parte do grupo Bradesco e fornece serviços com enfoque financeiro incluso na experiência do usuário, possibilitando que qualquer empresa possa prestar serviços financeiros para sua base de clientes. Através do Smart Core, os negócios podem ofertar seus próprios serviços financeiros sem que precisem ser um banco. Nascida em Salvador (BA), a Aarin passou por M & A multimilionário com o grupo Bradesco em agosto de 2022.




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