Obra
organizada por Eugenio Lima e Majoí Gongora traz textos inéditos do
projeto Diálogos Amefricanos, com contribuições de autores como Renata
Tupinambá, Roberta Estrela D’Alva, Márcio Goldman e Cacique Babau
No próximo dia 13 de outubro (domingo) às 11h o Coletivo Legítima Defesa, em parceria com o pesquisador, músico e diretor Eugênio Lima, lança o livro Améfrica (editora N-1) na Casa Pagã, na Flip (Festa Literária de Paraty). A entrada é gratuita.
Com o conceito de "Amefricanidade" cunhado por Lélia Gonzalez, permeia toda a obra, propondo um olhar que vai além das narrativas coloniais. O livro que tem organização de Eugênio Lima
e Majoí Gongorra, apresenta reflexões sobre a resistência e a luta dos
povos negros e indígenas no continente, articulando suas trajetórias
históricas e os legados culturais que continuam a moldar a sociedade
amefricana.
"Lançar o livro Améfrica
é a realização de um desejo antigo do Coletivo, pois ele nos faz
refletir sobre as diversas formas de contar a história da sociedade
brasileira e do continente Amefricano", afirma Eugênio Lima.
O livro também conta com a dramaturgia do espetáculo Améfrica: Em Três Atos,
do Coletivo Legítima Defesa, que estreou em 2022 no Sesc Pompeia e
recentemente passou por uma temporada no Teatro do Sesc Copacabana, de
22 de agosto a 15 de setembro de 2024, com a presença do ator Antônio
Pitanga. A obra, dividida em três atos, explora as confluências entre as
trajetórias negras e indígenas. No Ato 1, Cicatriz Tatuada, com dramaturgia de Claudia Schapira, há uma exibição em formato de filme. O Ato 2, A Retomada, escrito por Aldri Anunciação, é uma peça-intervenção que fala das lutas por territórios e memórias. Já o Ato 3, A Tempestade, assinado por Dione Carlos, é uma intervenção performática, trazendo videoinstalação, música, dança e mixtape.
Eugênio
Lima, diretor do espetáculo, destaca a importância de abordar as
tensões entre negros e indígenas: "A ideia de ‘Confluência na Retomada’ é
a própria metáfora do espetáculo, nossa função é localizá-la num espaço
onde se revelam as tensões da nossa sociedade, na qual negros e
indígenas ainda lutam para escapar do genocídio e do racismo estrutural,
procurando recuperar a dignidade e a liberdade num sistema colonial que
se atualiza constantemente", diz.
No
livro, assim como no espetáculo, essas confluências são investigadas e
expandidas, resgatando narrativas silenciadas pela colonização. A obra
também inclui textos inéditos do projeto Diálogos Amefricanos, com contribuições de autores como Renata Tupinambá, Roberta Estrela D’Alva, Márcio Goldman e Cacique Babau.
Este
lançamento é uma oportunidade única de se conectar com a produção
intelectual e artística que visa recontar a história da América Latina
sob a perspectiva das suas diásporas africanas e indígenas.
Serviço:
- Lançamento do livro "Améfrica"
- Data: 13 de outubro
- Horário: 11h
- Local: Casa Pagã
- Endereço: Rua Dona Geralda, 76 - Cento histórico, Paraty, Rio de Janeiro
-
Contato para imprensa:
Jéssica Balbino
falajessicabalbino@gmail.com
+ 55 35 99160-3755
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