JORNAL A REGIÃO
Ligado ao governo petista da Bahia, o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, recebeu a "visita" da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira. Notícia ruim para ele e pior ainda para seu ex-secretário de Gestão e candidato a prefeito Bento Lima, que faz parte dos alvos da operação que apura uma fraude milionárias.
A Operação Barganha cumpriu mandados de busca e apreensão em Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Salvador e Lauro de Freitas, incluindo as residências de Marão e de Bento. Durante as buscas, a PF encontrou R$ 700 mil em espécie na casa de um dos dois empresários também investigados no inquérito.
A operação teve origem na delação premiada de um ex-secretário municipal que participou das fraudes. Ele contou que Mário Alexandre recebia R$ 100 mil por mês apenas em um dos esquemas. As investigações mira um contrato de coleta de lixo, no qual Marão teria negociado metade do lucro como propina, revelou o Jornal das Sete, da Morena FM.
A fraude teve o suporte do ex-procurador Jefferson Santos, enquanto Bento Lima recebia propina de outra empresa que prestava serviços de coleta para a prefeitura. Marão chegou a receber R$ 80 mil de uma empresa que terceiriza mão de obra para completar compra de carro para a esposa, a deputada estadual Soane Galvão.
Segundo a investigação, houve desvios de recursos da saúde, educação e limpeza urbana de Ilhéus. No caso do contrato da coleta de lixo, além de pagar propina a Mãrio Alexandre Souza, oe empresários bancavam farras e festas do prefeito. As negociatas eram feitas na casa de Marão, onde a PF encontrou R$ 27 mil.
Mário Alexandre e Banto Lima vão responder por frustração do caráter competitivo da licitação, fraude em licitação ou contrato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsidade Ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Foi determinada a quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados.
Nesta quinta-feira, o partido dos investigados, o PSD, pediu a Banto Lima que renunicasse à sua candidatura a prefeito, mas não fez o mesmo pedido a Marão, que, para o MP, é o chefe da quadrilha. A Prefeitura se limitou a dizer que "colabora com as investigações" e o candidato não se pronunciou.
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