Rio
de Janeiro, 28 de junho de 2024 – O Instituto Nacional de Cardiologia
(INC), referência do Ministério da Saúde no tratamento de alta
complexidade de doenças cardiovasculares, realizou pela primeira vez em
22 de junho um procedimento de implante percutâneo de válvula pulmonar. O
paciente, um jovem de 22 anos, é portador de uma cardiopatia congênita,
a Tetralogia de Fallot, um conjunto de quatro anomalias cardíacas que
constitui uma das mais cardiopatias congênitas mais comuns. Ele é
acompanhado desde bebê no INC e foi submetido a uma cirurgia para
corrigir as anomalias ainda na primeira infância; em 2015 foi submetido a
outra cirurgia para a colocação de uma válvula pulmonar biológica, que
precisou agora de substituição devido a uma deterioração já esperada. O
implante percutâneo é realizado por meio de cateterismo e é muito menos
invasivo do que uma cirurgia tradicional; com ele, o paciente não
precisou ser submetido a uma terceira cirurgia no peito, que seria muito
mais arriscada. A recuperação do paciente foi
bem-sucedida e ele já saiu do pós-operatório 24 horas depois do
procedimento – um processo mais ágil do que ocorre em cirurgias de peito
aberto. De acordo com a dra. Renata Mattos,
chefe da Divisão de Cardiologia Pediátrica do INC, o Instituto planeja
realizar o implante percutâneo em mais pacientes, poupando-os de uma
cirurgia invasiva e um pós-operatório mais longo. “É
menos uma cirurgia: não precisou abrir o peito, não precisou de
circulação extracorpórea, a recuperação foi muito mais rápida. Foi o
primeiro implante desse tipo que fizemos aqui no INC, mas é um
procedimento já realizado no mundo inteiro. Em 24 horas o paciente já
teve alta do pós-operatório”, conta ela. |
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