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terça-feira, 28 de maio de 2024

Mortos no trânsito ou nas enchentes são vítimas da falta de políticas públicas no Brasil

 


Em um mês, foram registradas 169 mortes devido às enchentes no Rio Grande do Sul; no estado de São Paulo, 1.240 pessoas morreram somente nos primeiros três meses deste ano, uma média de 413 mortes/mês

O Brasil confirmou a morte de cerca de 169 pessoas em decorrência das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde o dia 28 de abril. Em termos comparativos, apesar de assustador, o número de vítimas fatais da maior tragédia climática já registrada no país é inferior ao número de mortes registradas no trânsito do estado de São Paulo, que fechou o primeiro trimestre com 1.240 mortes no trânsito no primeiro trimestre de 2024 – uma média de 413 mortes a cada mês.

Os dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga) e os da Defesa Civil do Rio Grande do Sul demonstram que as duas situações, apesar das naturezas distintas, evidenciam que o Brasil precisa, com urgência, de políticas públicas focadas na segurança do cidadão e na preservação da vida em todas as áreas. Ações como a Campanha Maio Amarelo – iniciativa que reúne ações de órgãos públicos e da sociedade civil para chamar a atenção para o elevado número de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo – e que este ano traz como tema a “Paz no trânsito começa por você” são alternativas para mudar esse cenário.

Everton Pedroso, presidente da Federação Nacional da Inspeção Veicular (FENIVE), destaca a necessidade de se encarar esses números com a seriedade com que eles merecem: “As pessoas se alarmam com as estatísticas da enchente, mas já não se assustam mais com o grande número de mortos no trânsito porque esse assunto já está banalizado. Os mesmos brasileiros que se chocam com os desastres ambientais se acostumaram a ver as notícias sobre a violência do trânsito”, comenta.

Pedroso salienta que esse é o papel de campanhas como o Maio Amarelo, buscando resgatar a consciência crítica dos cidadãos e incentivar a participação da sociedade em busca de soluções para os problemas que afetam a todos, principalmente quando se trata de mortes no trânsito que poderiam ter sido evitadas, como os acidentes provocados por motoristas alcoolizados, em excesso de velocidade ou ocasionados por falhas mecânicas nos veículos.

 

METAS

De acordo com o relatório Balanço da 1ª década de ação pela segurança no trânsito no Brasil e perspectivas para a 2ª década, divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil não cumpriu as metas definidas na 1.ª Década de Ação pela Segurança no Trânsito durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 2010.

Entre os resultados apresentados dos primeiros dez anos, as questões comportamentais aparecem entre os quatro principais fatores de sinistro de trânsito no período analisado, de 2010 a 2019: falta de atenção – de motoristas e pedestres – (36,6%); desobediência às regras (14,4%); excesso de velocidade (9,8%) e o uso de álcool e drogas (5%). Somando todos, 65,8% dos acidentes acontecem por causas exclusivamente comportamentais. A quinta causa de mortes, segundo o balanço, diz respeito às condições dos veículos (4,5%).

O engenheiro mecânico Daniel Bassoli, diretor executivo da Federação Nacional da Inspeção Veicular (FENIVE), pontua que a segurança no trânsito é uma preocupação constante no Brasil e o enfrentamento a esse tipo de problema depende da implementação eficaz de políticas públicas voltadas para a segurança viária. “O objetivo vai além de reduzir o número de acidentes, mas proteger a vida dos cidadãos e promover um ambiente de mobilidade mais seguro e sustentável. Além disso, é importante ressaltar que as falhas mecânicas, referentes às más condições dos veículos, também são causas comportamentais de acidentes de trânsito. Pois se as pessoas não cuidam dos veículos, aumentam o risco de acidentes”, afirma.

Bassoli enfatiza que essas ações promovem a conscientização e a mudança de comportamento da população. “Campanhas educativas, fiscalização rigorosa e infraestrutura adequada são componentes fundamentais desse trabalho”, comenta.

O diretor executivo lembra ainda que hoje o trânsito é um problema de saúde pública: dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontam que o Brasil gastou cerca de R$ 130 bilhões ao ano com despesas hospitalares e patrimoniais decorrentes dos sinistros de trânsito entre 2007 e 2018. “Cada vida perdida ou lesão grave no trânsito impacta não apenas as famílias diretamente afetadas, mas toda a sociedade. Reduzir esses episódios significa economia de recursos públicos e privados, além de promover um ambiente mais saudável e produtivo para todos”, analisa Bassoli.

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