Proporção de domicílios com pelo menos um beneficiário do programa chegou ao maior patamar da
A
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, coordenada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou,
em estudo especial divulgado nesta sexta-feira (19.04), que o Programa
Bolsa Família reduz as desigualdades socioeconômicas no Brasil. De
acordo com a pesquisa, um em cada cinco lares recebeu o benefício em
2023. No último ano, quando a nova
versão do programa foi implementada pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em março, com a coordenação do Ministério do Desenvolvimento e
Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a proporção de
domicílios com pelo menos um beneficiário do Bolsa Família chegou ao
maior patamar da série histórica, com 19%. Os maiores percentuais
estavam concentrados nas regiões Norte, com 31,7%, e Nordeste, em 35,5%
dos lares. A evolução das rendas deu
suporte para a redução das desigualdades, principalmente nas regiões
Norte e Nordeste. O índice de Gini, que mede a concentração da
distribuição de renda em uma população, com variação entre zero e 1 –
sendo quanto mais perto de zero, menor é a desigualdade – teve quedas
mais expressivas nas duas regiões. O índice de Gini do rendimento mensal
real domiciliar per capita no país manteve-se em 0,518, o menor da
série histórica. O Gini mais alto da série (0,545) ocorreu em 2018. O estudo apura informações relacionadas ao rendimento recebido pela população, como trabalho, pensões, aposentadorias e outros. A categoria de fontes de renda que inclui o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além do Seguro Desemprego, do Seguro Defeso e de bolsas de estudo, chegou a R$ 947 de rendimentos, o maior valor da série histórica, iniciada em 2012.
Com
a melhora do mercado de trabalho e o aumento do número de beneficiários
de programas sociais no ano passado, a massa de rendimento mensal
domiciliar per capita chegou a R$ 398,3 bilhões, outro recorde
registrado pela PNAD Contínua. O levantamento mostra ainda que
entre 2019 e 2023, o rendimento per capita do grupo de domicílios que
recebia o Bolsa Família cresceu 42,4% (de R$ 446 para R$ 635), enquanto
entre aqueles que não recebiam, a variação foi de 8,6% (de R$ 2.051 para
R$ 2.227). Cesta de benefícios Ao
resgatar o Bolsa Família, em março de 2023, o Governo Federal passou a
garantir o repasse de, no mínimo, R$ 600 por família inscrita e adotou
uma nova cesta de benefícios que entrega valores complementares,
conforme a composição da família. São eles: • Benefício Primeira Infância: no valor de R$ 150 por criança de até seis anos; |
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