MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Como atrair mais jovens para a construção civil?

 


Por Wanderson Leite

A transformação digital alcançou e vem impactando cada vez mais empresas globalmente, o que, consequentemente, eleva o interesse dos profissionais mais jovens em ingressar em oportunidades que tragam essa digitalização em suas rotinas. Apesar deste ter sido um movimento de adaptação necessário no mercado, muitos setores, como a construção civil, ainda se mostram defasados neste tema, prejudicando não apenas a incorporação de recursos que tragam uma maior produtividade, como também gerando um envelhecimento de sua mão de obra preocupante perante um possível colapso do segmento.

Segundo os dados divulgados no último relatório do macrossetor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), a expectativa é que as empresas brasileiras invistam cerca de R$ 666,3 bilhões em transformação digital até 2026. A estratégia é uma resposta nítida ao surgimento constante de tecnologias robustas e modernas capazes de elevar o desempenho do mercado e alavancar os empreendimentos em seus segmentos. Contudo, pouco ainda vem sendo aproveitado destes benefícios pela construção civil.

É claro que já podemos notar um nítido avanço em termos de digitalização de muitos canteiros de obras, que contam com o apoio de recursos sofisticados como modelagem em 3D, máquinas automatizadas, materiais de maior qualidade, e muitas outras novidades que favorecem o dia a dia do segmento. Porém, o que é visto atualmente, na prática, ainda é fortemente defasado se compararmos com outras empresas e setores – o que faz com que haja uma redução natural do interesse dos profissionais mais jovens em se candidatar a uma vaga nesses negócios.

Ainda, fora essa falta de modernização, a percepção de que assumir um cargo manual nas obras é uma função precária e associada a pessoas que não conseguiram finalizar uma formação acadêmica, prejudica ainda mais este pré-conceito sobre o ramo. Dessa forma, mesmo que os avanços já incorporados pelo setor auxiliem fortemente neste aspecto, o fato deste ser um trabalho que demande, naturalmente, uma mão de obra mais pesada, também afasta o interesse dos talentos mais jovens em se inserir neste meio.

Diante desta perda de conexão constante entre as empresas do setor e estes talentos, um possível colapso de mão de obra não se mostra uma realidade tão distante assim. Afinal, isso já é visto em muitos outros países como os Estados Unidos, onde além da escassez de profissionais qualificados do setor, os poucos que se encontram ativos acabam cobrando um preço bem maior por seus serviços. Afinal, quando temos uma baixa oferta e uma demanda alta, o encarecimento dos produtos e trabalhos é uma consequência inevitável.

Mesmo que o setor ainda precise avançar muito em termos de inovação e tecnologia para se tornar tão atrativo quanto outros setores em termos de recrutamento, esse se mostra como um caminho indispensável para evitar um envelhecimento desta mão de obra e o consequente aumento dos valores exigidos – além, ainda, da necessidade de importação de talentos para suprir as demandas internas.

Precisamos falar a linguagem dos jovens, que estão intensamente conectados e interessados pelas tecnologias em seu dia a dia, e fazer com que vejam pontos atrativos nessas empresas em termos digitais do que já é aplicado atualmente, tais como: o crescimento de construções modulares, casas pré-moldadas, mapeamento de obras com drones, e muitos outros recursos altamente robustos.

Isso, além, é claro, de contar com um maior fomento do poder público em termos de programas de capacitação profissional direcionados desde o Ensino Médio, apresentando informações completas sobre o setor e suas rotinas, faturamento, assim como possibilidades de crescimento que gerem interesse nos jovens.

Essa modernização da comunicação será uma ponte extremamente benéfica para que estes talentos enxerguem as oportunidades de crescimento e uso destas ferramentas em uma área com tamanho potencial de crescimento e contribuição para a economia nacional.

Wanderson Leite é fundador do EuConstruindo.com, IA especializada em orçamentos para construção civil; e da Prospecta Obras, empresa de análise de dados especializada em mapeamento de obras.

Sobre o EuConstruindo.com:

https://www.euconstruindo.com/

O EuConstruindo.com, empresa integrante do Grupo Prospecta Obras, é uma construtech especializada em análise de dados para mapeamento de obras, destinada a auxiliar os compradores na solicitação de orçamentos de produtos e serviços para obras de forma prática e otimizada.

Sobre a Prospecta Obras:

https://www.prospectaobras.com/

Fundada em 2010, a Prospecta Obras é uma startup de construção civil que fornece informações completas sobre todas as obras em andamento através de um algoritmo de inteligência artificial, conectando quem vende com quem deseja comprar produtos e serviços do setor.



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Nathalia Bellintani


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