MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 16 de outubro de 2021

PEC da Vingança: Deputado baiano amplia total de integrantes no CNMP em relatório

 


O deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA), apresentou parecer sobre a matéria nesta semana.


Tribuna da Bahia, Salvador
16/10/2021 06:00 | Atualizado há 2 horas e 18 minutos

Compartilhe
Foto: Reprodução

Por Henrique Brinco 

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia os poderes do Congresso em relação ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA), apresentou parecer sobre a matéria nesta semana. Pelo texto, serão 17 integrantes (ante os atuais 14), sendo 5 indicados ou eleitos pelo Poder Legislativo (hoje são 2). As mudanças vêm sendo duramente criticadas por membros do MP, que temem o aumento da influência política no órgão. 
O texto, articulado pelo presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), vem sendo chamado de PEC da Vingança e também trata da escolha do corregedor nacional do Ministério Público - que será o vice-presidente do CNMP -, e determina a elaboração de um código de ética no prazo de 120 dias após a promulgação da emenda constitucional. Se esse prazo não for cumprido, caberá ao Congresso elaborar uma lei ordinária. “A proposta integra-se de modo harmônico ao sistema de freios e contrapesos, com a vantagem de incrementar a legitimidade democrática do CNMP”, justificou Magalhães. 

O MP da Bahia também é contra as alterações. Com auditório lotado, membros do órgão, sob o comando da procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti e do presidente da Associação do Ministério Público do Estado da Bahia  (Ampeb), o promotor de Justiça Adriano Assis, realizaram na última quarta feira, na sede do MP, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), o primeiro ato público contra a  Proposta. 

“A partir de hoje nós devemos ficar cada vez mais unidos e devemos lutar por nossa Instituição. Vamos fazer igual a PEC 37, dia-a-dia vamos dialogar com os poderes políticos. Esta PEC 05/2021 fere a Instituição de morte e é uma ameaça grave aos direitos do cidadão. Se aprovada teremos um grande retrocesso”, afirmou Norma, na ocasião. 

A ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) também emitiu uma nota afirmando que a medida levará ao "aumento indevido da influência política no órgão" e representa "tentativa legislativa de atingir o coração do Ministério Público, que é a sua autonomia institucional e a independência funcional de seus membros". "As mudanças de desenho institucional e o aumento indevido da influência política no órgão afetam a própria existência da instituição", diz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário