MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Passaporte da vacina mobiliza rede bolsonarista

 

POLITICA LIVRE
brasil

Mesmo antes de Jair Bolsonaro ter tomado cartão vermelho na Vila Belmiro, o passaporte da vacina já vinha municiando a militância favorável ao presidente nas redes sociais. Com Bolsonaro mais sossegadinho, a direita radical tem centrado seus ataques em temas relativos à imunização contra a Covid-19, incluindo também a vacinação de adolescentes, segundo levantamento feito pela MAP, agência de análise de dados e mídias. O tema “vacina” terminou a primeira semana deste mês com apoio de 45% nas redes, o mais baixo na pandemia.

Chama a atenção o senso de oportunidade: o próprio Bolsonaro divulgou em suas redes o perrengue na Vila Belmiro, provavelmente já ciente de que o tema “passaporte” mobilizou sua base nas redes sociais. O que para muitos seria um constrangimento, ser barrado em um estádio de futebol, para Bolsonaro vira combustível de engajamento de sua militância nas redes sociais.

E, claro, para o presidente, melhor o País falar de passaporte sanitário do que de inflação alta, crise energética, sopa de osso, dólar alto etc.

Desde o episódio da carta escrita por Michel Temer, Bolsonaro tem evitado os ataques às instituições e aos adversários de carne e osso, em busca de um refresco do Supremo. Mas a máquina bolsonarista das redes sociais não descansa nunca: os temas relacionados à pandemia e à reta final da CPI da Covid se tornaram o principal alvo de ataques.

O resultado negativo em relação às vacinas se dá pelo grande volume de críticas publicadas pela direita bolsonarista (influenciadores, políticos, partidos e opinião pública), responsável por 48,6% dos comentários sobre a vacina nesse período do início do mês. Na opinião pública não militante, o apoio segue elevado: 71% dos comentários são favoráveis à imunização dos brasileiros.

As polêmicas de Bolsonaro engajam também a esquerda petista, que passou o domingo, 10, e a segunda-feira, 11, comentando o cartão vermelho ao presidente.

Estadão

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