Hoje ele vai falar nos grandes ideais acima dos partidos, em reconciliação nacional e outros lugares comuns; aqui, uma amostra do que costuma dizer. Vilma Gryzinski:
Um sujeito honesto que fala o que pensa: esse é o maior argumento de venda de Joe Biden.
Como
foi eleito presidente dos Estados Unidos com uma ideia simples assim,
sem grandes arroubos retóricos, às vezes mal humorado, outras engraçado,
vale a pena relembrar como ele costuma se apresentar e falar sobre
grandes temas.
Uma amostra:
“Vou
ser completamente honesto. Ninguém tem o direito, na minha opinião de
buscar esse cargo (a presidência) se não estiver disposto a se empenhar
110%”.
“Olha,
estou disputando porque Trump é o presidente e acho que nossa
democracia está em jogo. E acontece que muitos americanos – os que
gostam de mim e os que não gostam – me veem como uma antítese de Trump.
Acho que é isso que sou”.
“O
maior dom é a capacidade de esquecer. Esquecer as coisas ruins e focar
nas boas” (sobre as terríveis perdas familiares que sofreu).
“Provavelmente
não deveria dizer isso para a imprensa aqui, Pela primeira vez na minha
vida, entendi como alguém poderia conscientemente decidir cometer
suicídio” (sobre sua reação quando recebeu a notícia de que a mulher e a
filhinha de um ano haviam morrido num acidente de carro e que não havia
certeza sobre o estado dos outros dois filhos pequenos)
“A
mudança climática é uma ameaça existencial a este planeta. E não estou
falando em legar um futuro melhor a nossos filhos. O que está em jogo é
se vamos ter um futuro”.
“Se o problema é medo, a resposta é conhecimento”.
“Somos
o único país civilizado do mundo onde existem esses assassinatos em
massa. A segunda emenda não garante o direito de ter uma bazuca, não diz
que você tem o direito de ter um F-15 com mísseis Hellfire”.
“Em Washington, uma gafe é quando alguém diz a verdade, e dizer a verdade nunca me fez mal”.
“Você está falando *****” (a um operário de fábrica que o contestou sobre o apoio ao controle de armas).
“Toda
vez que tinha um problema no governo, quem era mandado para a Colina (o
Congresso, assim chamado pela referência à colina do Capitólio) para
resolver? Eu. Porque sei demonstrar respeito” (sobre sua atuação como
vice de Barack Obama).
“Crianças pobres são tão talentosas e brilhantes quanto crianças brancas” (uma de seus muitos escorregões envolvendo raça).
“É
o primeiro afro-americano articulado, brilhante, limpo e de boa
aparência” (sobre Obama, com quem disputava a candidatura presidencial).
“Realmente lamento que minhas palavras ofenderam pessoas que admiro muito” (retratando-se).
“Não vou fechar a economia. Não vou fechar o país. Mas vou fechar o vírus” (sem entrar em detalhes).
“No dia em que tomar posse, vou pedir ao público para usar máscara por cem dias. Apenas cem dias. Não para sempre, cem dias”.
“Calcula-se
que 200 milhões de pessoas já morreram” (sobre a Covid-19 nos Estados
Unidos, confundindo-se com os números, como é frequente)’
“A primeira coisa que vou fazer é revogar os cortes de impostos feitos por Trump”.
“Sou
tanto um católico cultural quanto um católico teológico. Minha ideia de
eu, de família, de comunidade e do mundo em geral vem diretamente da
minha religião” (Biden é católico de ir à missa aos domingos e,
contraditoriamente, apoiar o aborto).
“Minha
fé católica gravou em mim uma verdade fundamental: todas as pessoas da
Terra são iguais em direitos e dignidade porque todos são filhos amados
de Deus”.
“Você
é um maldito mentiroso” (a um homem do público que fez uma pergunta
sobre Hunter Biden, o filho-problema e suas conexões ucranianas).
“Vamos
fazer flexões juntos, vamos correr, vamos fazer o que você quiser,
vamos fazer um teste de QI” (ao mesmo homem, sobre sua forma física e
mental, aos 78 anos).
“Os
limites mudaram. Eu entendo. Eu entendo. Ouço o que as pessoas estão
dizendo e entendo. Vou ser muito mais cuidadoso. A responsabilidade é
minha” (sobre abraços, afagos e cheiradas de cabelo com mulheres de
várias idades de seu entorno).
“Se
fizermos tudo absolutamente certo, ainda existe 30% de chances de
fazermos errado” (trapalhada verbal do tipo que tem até neologismo
próprio, bidenismo).
“A
sua mãe viveu em Long Island por dez anos, Deus tenha sua alma; espere,
sua mãe ainda está viva, seu pai é que faleceu. Deus abençoe sua alma”
(momento bidenista, num comício).
“Trump não quer que eu seja candidato porque, se for, vou bater nele como num bumbo”.
“Dá para calar a boca, cara?” (A Donald Trump, no debate presidencial de setembro; a frase virou camiseta).
“BBC? Eu sou irlandês” (brincando com um repórter da britânica BBC).
“Desculpem
a emoção… Quando eu morrer, Delaware estará escrita em meu coração” (em
lágrimas, na despedida de sua cidade, parafraseando Joyce).
“Ninguém duvida que eu falo o que quero dizer. O problema é que às vezes digo tudo o que quero falar”.
“Será
que o coração de nossa nação virou pedra? Eu me recuso a acreditar
nisso. Eu conheço este país. Conheço nosso povo. E sei que posso unir e
recuperar esta nação”.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

Nenhum comentário:
Postar um comentário