MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência celebra avanços da reabilitação auditiva e intelectual

 


Em um ano de operação, atendimento público do Hospital Santa Ana acompanhou mais de 700 pacientes pelo SUS

Sons, olhares e sorrisos. Cada interação é uma conquista. Crianças e adultos que necessitam de reabilitação auditiva e intelectual, contam, há pouco mais de um ano, com uma nova opção de encaminhamento pelo SUS na rede de atendimento às pessoas com deficiência no Rio Grande do Sul. Localizado dentro do Hospital Santa Ana, mantido pela Associação Educadora São Carlos (AESC), o Centro Especializado em Reabilitação Auditiva e Intelectual (CER II), mesmo com as medidas de combate ao novo coronavírus, chega a mais de 700 pacientes atendidos em seu primeiro ciclo.

Os resultados chegam para celebrar o serviço no dia internacional das pessoas com deficiência, data que integra o calendário da Organização das Nações Unidas desde 1992 e que é lembrada em todo o mundo no próximo 3 de dezembro.

Só em aparelhos auditivos foram 845 entregas de fevereiro até outubro. “Os pacientes recebem, do diagnóstico à adaptação, um atendimento pautado pela atenção e o cuidado”, descreve Daniela Razzolini, coordenadora do CER II.

Nesses últimos meses, seguindo todos os cuidados na prevenção à Covid-19, foram recuperadas as emoções do escutar. Ex-telefonista, Maria Luzia Moreira da Silva, 89 anos, com perda auditiva de grau severo em ambos os ouvidos, comemora poder vivenciar mais a vida após receber seu aparelho auditivo: “Adoro ouvir os pássaros, o meu samba e poder conversar. Com o aparelho para escutar melhor, eu nasci de novo”. 

A exclusão é um dos maiores problemas enfrentados por indivíduos com algum grau de surdez. Sobre as dificuldades que enfrenta, Maria Luzia, diz que as pessoas esperam que todos sejam iguais:“É impressionante como muitas pessoas se incomodam com quem é diferente. Uma pessoa com surdez merece ser tratada com carinho”.

Atenção à criança e à família

A busca pela inclusão e autonomia também é a luta de muitas famílias com crianças que precisam de apoio e tratamento para o desenvolvimento intelectual. Ana Guilhermina Reis, terapeuta ocupacional do CER II, acompanha o acolhimento e participa da elaboração do Plano Terapêutico Singular, seguindo as características e necessidades de cada paciente. “Nosso foco é identificar e buscar desenvolver as potencialidades da criança, além de apoiar a família para que as terapias sejam ainda mais proveitosas. Aos poucos, os avanços trazem o sentimento de pertencer e a alegria de compartilharem os momentos de uma vida mais autônoma e plena”, afirma Ana Reis. 

Nessa jornada pelo desenvolvimento intelectual está Bruno Silva, pai do paciente Enzo, de 3 anos e 9 meses: “No ano passado, procuramos o posto de saúde da Zona Leste (Porto Alegre) e o médico psiquiatra nos encaminhou para o CER II do Hospital Santa Ana. Começamos o tratamento com psicóloga, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga e médico psiquiatra”.

Bruno conta que hoje, depois de um ano, o Enzo é outra criança. “Antes tínhamos receio, porque ele não demonstrava sentimentos, não falava e nem atendia a nenhum chamado; hoje ele já sabe e atende quando falamos `vamos sair e passear’, `vamos tomar um banho ou comer’. Vemos que ele está progredindo e os profissionais nos dizem que ele terá um grande futuro e poderá ter uma vida normal daqui a um tempo, isso para um pai não tem sentimento melhor”, conta.

Os serviços no CER II, tanto para reabilitação intelectual como auditiva, no Hospital Santa Ana, são encaminhados, exclusivamente, pelos postos de saúde de Porto Alegre e o atendimento é 100% pelo SUS. Via sistema de gerenciamento de consultas (Gercon), a Secretaria Municipal de Saúde faz o direcionamento do tratamento ambulatorial.

Atualmente, a equipe do hospital conta com equipe formada por 12 profissionais entre fonoaudiólogas, psicólogas, terapeutas ocupacionais, otorrinolaringologistas, neurologistas e assistente social, para atender, em média, 154 crianças por mês.

Para a AESC, fazer a gestão desse serviço e ver seus resultados reforça o compromisso da entidade com a qualidade do atendimento em saúde.

Sobre o Hospital Santa Ana

O Hospital Santa Ana, com gestão da Associação Educadora São Carlos, AESC, é voltado para a recuperação e tratamento de pacientes clínicos encaminhados por meio de regulação da Secretaria Municipal da Saúde, motivo pelo qual não possui urgência nem emergência.

Todos os atendimentos são destinados aos pacientes do SUS, e o Hospital recebe, em seus 203 leitos, pacientes provenientes de hospitais de alta complexidade da Capital, além das UPAs e Pronto Atendimentos de Porto Alegre.

Abordagens possíveis para reportagens com edição de vídeo

  1. Paciente adulta que recebeu aparelho e agora pode ouvir músicas e ouvir o seu neto, que é autista e que ela cuida desde que nasceu. "Agora eu escutei ele me chamar de vó. Ele não fala muito ainda, só algumas palavras. Foi emocionante ouvir ele me chamar de vó. Era tudo que eu mais queria, escutar e participar da vida do meu neto" https://drive.google.com/drive/recent
  2. Criança em tratamento para deficiência intelectual, chegou no serviço com fragilidades na comunicação, interação e até mesmo no brincar. Sua avó que o acompanha, relata que o neto apresentava postura passiva e hoje tem outro comportamento, interagindo nas atividades de vida diária e no brincar, avançando no seu desenvolvimento. https://photos.app.goo.gl/FDfAXE17S7JKz8gG6
  3. Menino autista que iniciou tratamento sem verbalização e sem conexão visual, com uso de fraldas e alimentação feita com fragilidades. Pais com dificuldades de lidar com a situação. Hoje, sem uso de fraldas. Trocas de olhares presente e conexão com gestos. Sons vocais ao acompanhar músicas. https://drive.google.com/file/d/1MXFLjMKHNjagqYvsTEXLGZ0apGvA7k98/view?usp=drive_web
  1. Coordenadora do serviço apresenta cenário da pandemia e as possibilidades de gerar novos conhecimentos sobre reabilitação nas especialidades atendidas. Terapeuta Ocupacional destaca a importância de a família enxergar as potencialidades da criança, para além das limitações, pois isso impacta diretamente na recuperação dos pacientes e na harmonia para o convívio.Os pais ou avós normalmente chegam ao CER II muito abalados emocionalmente, após receberem o diagnóstico de espectro autista, e a equipe multidisciplinar os acolhe para compreenderem seu papel na efetividade do tratamento. https://drive.google.com/file/d/1VIsFoYDbSe0c16qCJ07YxtAh3GND0Wyl/view?usp=drive_web


Imagens relacionadas

Enzo e seu pai Bruno, brincam durante o tratamento no CER II do Hospital Santa Ana, mantido pela AESC.
Enzo e seu pai Bruno, brincam durante o tratamento no CER II do Hospital Santa Ana, mantido pela AESC.
Divulgação Hosp. Santa Ana/AESC
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Enzo e seu pai Bruno no CER II do Hospital Santa Ana, mantido pela AESC.
Enzo e seu pai Bruno no CER II do Hospital Santa Ana, mantido pela AESC.
Divulgação Hosp. Santa Ana/AESC
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Maria Luzia da Silva, 89 anos, pode com o uso do aparelho, voltar a curtir o samba e o carnaval
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Divulgação Hosp. Santa Ana/AESC
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Ana Guilhermina Reis, terapeuta ocupacional do CER II, do Hospital Santa Ana, mantido pela AESC, acompanha o acolhimento e Plano Terapêutico Singular
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Mylene Ferreira
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