Estudos iniciais apontam que a ivermectina foi capaz de inibir a replicação do SarsCoV-2 no corpo humano
Bianca Rocha

A busca é constante por um medicamento eficaz contra o novo coronavírus. Com isso, estudos, boatos e declarações vão surgindo pelas redes sociais e aplicativos de mensagens. Depois da cloroquina ganhar destaque no mundo inteiro, o próximo remédio que entrou na lista foi o antiparasita ivermectina.
Apesar da eficácia ainda não comprovada cientificamente, a ivermectina ganhou holofotes nos últimos dias e entrou para a lista de medicamentos milagrosos no combate da Covid-19.
O medicamento é barato e popularmente conhecido por ser usado em tratamento de infecções causadas por vermes e parasitas. Segundo um estudos publicado no mês de abril na Antiviral Research, o medicamento foi capaz de inibir a replicação do SARS-CoV-2 in vitro.
Nesse estudo, os especialistas infectaram células isoladas com o novo coronavírus e aplicaram dosagens específicas da ivermectina. Essas doses foram capazes de remover todo o RNA viral das células em 48 horas. Os pesquisadores defendem o medicamento por ser uma droga usada há anos e que é considerada segura, ou seja, os efeitos colaterais que foram relatados são leves.
Porém deve ser usado com cautela porque o que se tem até agora é que a publicação apenas dos resultados de uma primeira etapa da pesquisa, e nem sempre o que é observado em laboratório se repete quando o medicamento é aplicado nos humanos ou em animais.
De acordo com o boletim mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre drogas potenciais em teste no combate da Covid-19, o estudo in vitro e mais outros dois estudos clínicos observacionais já concluídos são citados.
Apesar dos dados inconclusivos, alguns países como Peru e Bolívia, já indicam o medicamento como um potencial tratamento da Covid-19. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Adminisration (FDA), afirmou que o medicamento ainda não é indicado para tratar a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde segue pela linha do órgão americano.
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