O dilmês é indecifrável e intraduzível, escreve Augusto Nunes:
Dilma Rousseff voltou a assombrar os brasileiros com mais de cinco
neurônios ao dissertar sobre algum tema que ninguém sabe qual é. O que
se vê na live sugere que tem algo a ver com Jair Bolsonaro. Confira o
palavrório:
"A violência? O que... o que qui é o Estado? Uma parte do Estado, nós
sabemos, é justiça e violência. A violência, com Bolsonaro, ela seria
privatizada. Si... si... os senhores... é... oficiais generais e o resto
da oficialidade aceitarem algo simliar a isso... seria, do meu ponto de
vista, até onde eu enxergo... uma... uma... eu acho... um
auto-suicídio".
Sim, o dilmês é indecifrável e intraduzível. Sim, Dilma Rousseff
nunca falou coisa com coisa. Mas duas invenções da ex-presidente
precisam ser analisadas por uma junta que reúna um linguista, um
psiquiatra, um vidente, um veterinário e um botânico.
A primeira é “violência privatizada”. Se Dilma desconfia que
Bolsonaro sonha com a privatização da violência, pode-se deduzir que a
coisa é atualmente administrada por um ministério, uma estatal ou uma
empresa de economia mista. Eis aí um enigma a decifrar.
O segundo surto de criatividade enriqueceu o dilmês com a expressão
“auto-suicídio”. Segundo os dicionários, suicidio é o ato de causar a
própria morte de forma intencional. Um “auto-suicídio” ocorre quando uma
pessoa ordena a si mesma que se mate intencionalmente. É isso? Se for,
alguém conhece ao menos um único e escasso “auto-suicida”?
Ainda que formada por sumidades internacionais, é improvável que a
junta desvende tais mistérios. Mas seus integrantes poderiam atestar
oficialmente que o Brasil sobreviveu por mais de cinco anos à pior
governante da história da Humanidade.

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