O Brasil atingiu neste domingo (31), a marca de meio milhão de pessoas
infectadas pelo coronavírus com os 16.409 novos casos registrados nas
últimas 24 horas. São exatamente 514.849 pessoas contaminadas no total.
“Mas é preciso ter em mente que esse número é uma subestimação, pois o
País tem uma baixa taxa de teste”, afirmou o infectologista da Faculdade
de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Marco Aurélio Safadi. Em
números absolutos, o Brasil é o segundo país no mundo com o maior
número de contaminações. Está atrás dos Estados Unidos, que têm 1,7
milhão, e à frente da terceira colocada, a Rússia, que registra 405,8
mil casos, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Segundo
dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo, 480 pessoas
tiveram suas mortes registradas nas últimas 24 horas, elevando o total
de óbitos para 29.314. No sábado, o Brasil teve recorde de infecções em
um dia. Foram 33.274 novos casos registrados de sexta para sábado. Além
disso, o País superou a França em número de mortalidades. Para Safadi,
ainda não é possível dizer se o País atingiu ou não o pico da epidemia.
Mas, para ele, é certo que o Brasil se encontra em um platô que se
arrasta há tempos por falta de medidas mais assertivas de testagem e
distanciamento social. Os próprios políticos, diz ele, se veem
fragilizados ao utilizar a retórica de lockdown por falta de apoio
popular. “Agora, o desgaste político é tão grande que não há mais clima
para solicitar o lockdown, porque ninguém mais suporta. Eles percebem
que não é uma medida popular e acabam se acanhando em fazer aquilo que
deveria ter sido feito lá atrás. Nossa população não é como a da Europa.
Temos uma população carente muito grande que, em momentos como esse,
sofre muito mais. Nossas desigualdades se escancaram em momentos assim.”
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