Assis Moreira
O Globo
O deputado federal Eduardo Bolsonaro
diz que vai se empenhar no acesso de armas para a população a partir da
agora, ao mesmo tempo em que pretende continuar ativo na área
internacional com suas conexões com líderes de direita. O Globo
Eduardo
acompanha seu pai, o presidente Bolsonaro, na visita à Índia. E em
conversa com os jornalistas, disse que seu plano depois de deixar o
comando da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados é
concentrar no tema de armamentos.
O deputado quer abrir o mercado
brasileiro, atrair companhias estrangeiras para produzir armas no Brasil
e quebrar o que chama de ”monopólio branco” de empresas locais como a
Taurus, fabricante de armas de pequeno porte.“FACILIDADE “ – Exemplificou que cartuchos e outro material de armamento custa cinco vezes mais no Brasil do que nos EUA, por exemplo. Assim, a competição no mercado, com mais empresas produzindo, facilitará o acesso de cidadãos a armas para se protegerem.
”Isso vai permitir mais acesso da população a armas, devido ao preço de armas. Hoje em dia esse mercado (no Brasil) é elitista”, afirmou. O parlamentar disse também que quem votou em Bolsonaro sabe dessa bandeira do presidente, e que ele foi o único a favor ”de legitima defesa através de armas de fogo”.
O deputado relatou que já conversou com a fabricante americana de armas Sig Sauer, que é fornecedora do Exército dos Estados Unidos, e com a italiana Beretta. Disse esperar que a Sig não abandone o projeto de produzir no Brasil.
DIVISÃO
– Comentando a desistência da companhia suíça Huag de produzir armas no
Brasil, alegando que isso afetaria sua imagem, Eduardo Bolsonaro
mostrou sua estranheza que isso tenha ocorrido sete anos depois de a
empresa fazer planos no Brasil. Para ele, o que pode ter ocorrido é uma
divisão de mercado com outros fabricantes.
Perguntado se mais acesso a armas não
aumentaria a violência no país, Eduardo respondeu que ”o que mata não é a
arma, é o ser humano”. Ao seu ver, quando o governo anuncia que vai dar
mais acesso ao cidadão a armas de fogo, ”a bandidagem começa a pensar
duas vezes e isso tem um impacto”. Ele acha que essa é uma das razões da
baixa de 22% no número de homicídios no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário