MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

“DOIS PAPAS” TERIA SIDO UM NOVO MANIFESTO COMUNISTA ?


O verdadeiro “foguetório”com  que a esquerda  festejou o filme “Dois Papas”,”cantando loas” ao  Papa Francisco”,e de certo modo “esculachando” o seu antecessor,o Papa Bento XVI, despertou-me a  curiosidade e resolvi “conferir” esse filme.
Embora eu não seja nenhum especialista ou crítico de cinema,  nem por isso me sinto impedido de tecer algumas considerações sobre o seu conteúdo.
Por um lado, anda cada vez mais forte  a versão de que a “Nova Ordem Mundial” e,portanto,também a sua “matriz”, o “Clube  (ou Grupo)de Bilderberg”,ambos integrados  pelas pessoas   mais poderosas e ricas do mundo, e que teriam grande influência  dentro do “Colégio dos  Cardeais”,teriam sido  os principais patrocinadores da  escolha do  Papa Francisco,o Cardeal argentino  Jorge Mario Bergoglio,como  novo Papa da Igreja Católica,bispo de Roma ,e Chefe de Estado da Cidade do Vaticano,sucedendo o Papa Bento XVI (oCardeal alemão  Joseph Aloisius Ratzinger),que abdicou ao trono papal em 20 de fevereiro de 2013.
Mas como supor que a eleição do Papa Francisco teria sido obra  do  grupo de pessoas mais ricas do mundo, ao mesmo tempo em que a sua eleição foi festejada e considerada  uma grande vitória da   esquerda, da “Teologia da Libertação”?  Como explicar esse tipo de contradição ?
Nem mesmo Karl Marx,o criador do “socialismo científico”,do comunismo, poderia ter imaginado que algum dia a sua “criatura”,a sua ideologia ,  acabaria se “fundindo” com os maiores interesses do Grande Capital, que  tanto ele combatia, e que efetivamente sempre dominou o mundo.
Marx certamente teria ficado estarrecido  com a “evolução” que deram à sua doutrina, uma “combinação”,um “acordo”, entre a esquerda e o capital. Por esse grande “acordo”,os maiores empresários do mundo ,os “donos” do capital”, portanto,o “Clube de Bilderberg”,e a “Nova Ordem Mundial”, continuariam dominando as riquezas materiais  do mundo, enquanto entregariam a responsabilidade pela POLÍTICA à esquerda,cada qual respeitando os seus limites e não interferindo na “jurisdição” do outro.
Essa política “universal” poderia ser comparada mais ou menos ao que se passa na mesquinharia da politica brasileira do chamado “toma lá-dá-cá”,um    grande acordo de garantias e  proteções recíprocas,celebrado entre  as “patifarias” dos  “Três Poderes Constitucionais”, onde cada qual respeita e não interfere na “ração”” do outro.
Quem patrocinou o filme  “Dois Papas”?
O dito filme só “esculacha” o Papa Bento XVI,omitindo completamente a sua vida pregressa pessoal ou religiosa,à excessão de duas ou três passagens,de aspecto negativo, em que,claramente,alguns “pontas” do filme,em alto e bom som,se referem a esse Papa  como “NAZISTA” .
A única referência positiva  ao alemão  Ratzinger foi  as de que ele teria sido  um grande intelectual . E só.
Enquanto isso,o “herói”,o “mocinho” do  filme,  foi  só Bertoglio,que  havia começado a sua trajetória religiosa quando  era um simples padre católico progressista,na Argentina,integrante da corrente religiosa  da  “Teologia da Libertação”,versão argentina- que poderia ser resumida  como a  “Pedagogia do Oprimido”, vestida de  “batina”, do  educador brasileiro Paulo Freire. A capa do livro de Paulo Freire (La Pedagogia Del Oprimido),chega a ser   filmada com destaque.
Importante é salientar que o livro de Paulo Freire (Pedagogia  do Oprimido) foi escrito no Chile, em 1968,durante o exilio do educador, ao passo que a “Teologia da Liberação” é posterior,de 1971.
O “pano de fundo” da trajetória religiosa e política de Bertoglio ,dentro dos objetivos “doutrinadores” do filme , não poderia ter sido melhor escolhido.Os “bandidos” foram os militares e policiais argentinos durante a repressão do Regime,ou Ditadura  Militar, inclusive contra os chamados  membros “progressistas” da Igreja Católica, onde Bertoglio se incluia, e  que chegaram a ser perseguidos, presos,torturados e mortos.  Mas o filme só mostrou “um lado” dessa guerra intestina,ou seja,a agressão dos militares contra os “progressistas”. E não foi bem assim...
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo

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