MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 2 de fevereiro de 2019

Primeiro caminhão FNM produzido no Brasil era bicudo


BLOG DO CAMINHONEIRO

A Fábrica Nacional de Motores foi criada em 1942, pelo então presidente Getúlio Vargas, para ser uma fábrica nacional de produção de motores aeronáuticos, para aviação militar e civil. Os primeiros motores que saíram de suas linhas de produção foram os radiais Curtiss-Wright R-975. Porém, a produção começou tarde, após o final da Segunda Guerra Mundial, quando esses motores já não eram mais necessários.
Nos anos seguintes, a empresa estatal, para não fechar, passou a fabricar peças para máquinas e eletrodomésticos, como geladeiras. Foi só em 1949 que a verdadeira vocação da FNM foi encontrada: a produção de caminhões.
Em uma parceria firmada com a empresa italiana Isotta Fraschini, a FNM importou componentes e tecnologia para montagem de um caminhão médio, para 7,5 toneladas de carga. Era o FNM D-7.300, modelo de cabine semi-avançada, com opções de chassi rígido e cavalo-mecânico, sempre em versão 4×2.
A produção inicial se limitou a 200 caminhões, das duas versões, que desfilaram pelo país, mostrando o orgulho da indústria nacional.
Os caminhões foram enviados para o Brasil em CKD, parcialmente desmontados, e foram finalizados na fábrica da FNM, em Xerém, no Rio de Janeiro. Algumas modificações foram feitas para adequar o Isotta Fraschinni D80 ao território brasileiro, como a mudança do lado da direção, que era direita na Itália.
A cabine, produzida na Itália, pelas Indústria Zagato, mantinha um capô sobre o motor, e tinha certo conforto para o motorista. As linhas da cabine exaltavam a robustez do caminhão, que era feito para durar.
O motor era diesel, batizado de I6, com seis cilindros em linha de quatro tempos, com 7,3 litros de cilindrada, e 95 cavalos de potência a 1.900 rpm.
O caminhão tinha partida elétrica, e se destacava pelo baixo consumo de combustível. De acordo com publicidade da época, esses caminhões chegavam a fazer 5,5 km/l, uma média excelente para a época.
Infelizmente, por problemas financeiros, a Isotta Fraschinni interrompeu o envio dos kits CKD para o Brasil, e apenas as 200 unidades iniciais do modelo foram produzidas.
A FNM voltou a produzir caminhões posteriormente em parceria com a Alfa Romeo, também da Itália, já com o design que o tornou famoso em todo o país, com cara-chata e o ronco do poderoso motor. O primeiro modelo da nova FNM era o D-9.500.
Das duzentas unidades do D-7.300 produzidas, infelizmente não há notícia de nenhuma sobrevivente.

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