
Charge do Nani (nanihumor.com)
Foi ótimo o artigo da jornalista Miriam Leitão, ontem em O Globo, na sua coluna sobre a falha do ministro Paulo Guedes em se comunicar com a opinião pública. No texto, Miriam Leitão destaca o que considera negativo na atuação do ministro da Economia. Até agora não deu nenhuma entrevista coletiva, oportunidade perdida de expor claramente seu projeto de reforma da Previdência. Seu contato com os jornalistas não foi organizado. Ele fala rapidamente, embora faça apresentações mais extensas com empresários.
Para a colunista falta o contraditório embutido nas perguntas, o que permitiria a Paulo Guedes esclarecer dúvidas que certamente seriam colocadas pelos repórteres.
TOTAL RAZÃO – A meu ver, Miriam Leitão tem total razão. Há certos pontos que exigem abordagem mais clara. Outro dia, lembra a jornalista, num encontro com um segmento empresariado Guedes disse que o problema da longevidade inclui também o fato das mulheres viverem mais do que os homens.
Guedes chegou a dizer que um dos pontos ainda obscuros da reforma é o que se refere à exigência do tempo de serviço para que as mulheres se aposentem. No caso, a mulher que tivesse um filho poderia se aposentar com um ano a menos de contribuição. Acrescentou o ministro que a regra teria um limite. Caso contrário, como ficaria a situação da mulher que tivesse 13 filhos?
MAIS DIÁLOGO – Entretanto, este aspecto da aposentadoria da num contexto mais amplo. Num contexto mais amplo, a observação da jornalista volta-se para que o ministro dialogue mais com a imprensa e durante tempo mais longo do que aquele que vem marcando seus encontros no final de palestras.
A meu ver, em grande número de casos, de modo geral, o entrevistado deve falar sentado para não dar a impressão que sua vontade seria a de sair logo dali. Além disso, Paulo Guedes desconhece, na minha opinião, a diferença entre a imprensa gratuita e a publicidade comercial muitíssimo cara, baseada na aquisição de espaços nas emissoras de televisão e nos jornais.
OPÇÃO ERRADA – A publicidade tradicional funciona bem para a venda de produtos, mas não tem qualquer efeito no campo político e administrativo.
Sei muito bem que diversas assessorias desejam ardentemente que sejam adotadas as formas comerciais. Isso porque quanto mais for a publicidade maior serão as despesas que produzem também comissões na base de 20%.
Usar o meio comercial para efeito político simplesmente é jogar dinheiro fora.
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