O governo atual tem a
obrigação de entregar a saúde melhor do que a encontrou. Em apenas um
ano de gestão , os resultados do planejamento começam a aparecer. No
entanto, a atual realidade do setor é a mesma do país em que vivemos,
onde a saúde está mergulhada em crise já faz muito tempo. Ilhéus não é
um caso isolado desse contexto. Diante disso e debruçando-se sobre a
realidade local, é que as alternativas e soluções estão sendo
apresentadas. A dedicação de um ano de planejamento e trabalho está
culminando em uma UPA- Unidade de Pronto Atendimento – no Malhado,
construída pela Governo da Bahia que bancará, também, 50% do custeio ,
cabendo ao município pactuar e bancar os outros 50%. Até o início das
atividades da UPA, a Policlínica da Conquista, que será adequada já para
isso, estará atendendo Pronto Atendimento Médico 24 horas, que
somando-se aos que já atendem, Zona Sul, COCI e Hospital São José, será o
4º PA 24 horas da cidade. Os 3 PA’s que já funcionam representam um
investimento anual de 4 milhões de reais.
A Secretaria de Saúde de
Ilhéus convocou 14 profissionais concursados e acabou de contratar mais
20 médicos para o atendimento à população. No caso dos médicos, somente
os salários representam 160 mil reais ao mês, por 40 horas de trabalho
semanais, ou seja, com os recolhimentos obrigatórios, mais de 2,5
milhões por ano. Caso o município não assumisse a futura gestão do hoje
Hospital Regional LVF, que será transformado em Hospital Municipal
Materno Infantil com UTI’s neo natal e pediátrica, possivelmente
teríamos mais uma Maternidade Sta Isabel envergonhando a cidade. A
requalificação total do Hospital LVF custará mais 9 milhões de reais aos
cofres estaduais. E aí, se o governo municipal respondesse à proposta,
simplesmente “não dá”, o que diriam todos da omissão da Prefeitura?
Isso, portanto, não é descaso, desrespeito e nem irresponsabilidade. A
sucessão municipal teve como tema principal o desempenho do governo
anterior no setor de saúde e a avaliação do eleitor foi negativa.
Certamente essa conclusão está embasada numa realidade que levou a
sociedade a reprovar, através do voto, os resultados obtidos por aquela
gestão. Isso não pode ser “desplugado” da análise do tema. Estamos
falando de uma avaliação popular ao final de 4 anos de mandato, até
2016. Naturalmente que outras gestões contribuíram para o lamentável
quadro aqui instalado. Ao nos referirmos a esse quadro em que se
encontra a saúde em Ilhéus, não podemos desconectá-lo do passado
recente, sob pena de, então, atribuirmos a uma gestão de 12 meses, as
mazelas que atingem aos ilheenses na busca por assistência pública à
saúde.
Ninguém neste governo
duvida que o desafio é enorme e vai exigir muito dos cofres
municipais.Até este momento, com toda a crise que o país enfrenta, a
gestão municipal atual mantém o pagamento dos salários no mês trabalhado
e vem recolhendo as obrigações, pagou dívidas acumuladas de gestões
anteriores, para o que empregou, somados a outros recolhimentos, mais de
42 milhões de reais em 2017, dinheiro que poderia estar sendo utilizado
para prover a cidade nas suas carências e demandas; recuperou recursos
perdidos de investimentos como o Orla Sul, que levariam Ilhéus a novas
penalizações como inadimplência, além de multas pesadas e devolução do
dinheiro às suas origens; pacificou relações institucionais com os
servidores, com o setor de comércio e entre instâncias governamentais,
que se encontravam deterioradas e/ou azedadas; está concluindo a reforma
total de 10 escolas municipais com recursos próprios, no que se
empregou 3,2 milhões de reais, adquiriu veículos, equipou diversos
setores, e garantiu, até o momento, mais de 30 milhões de emendas
impositivas, para o que , a partir de agora, trabalhará para
concretizar. Isso não é fruto do acaso e nem cai no colo do gestor senão
como resultado de trabalho e do ânimo para realizar. Com toda
dificuldade, em 2017 o município pavimentou com drenagem e passeios 5
artérias em bairros de Ilhéus e recuperou mais de 500 kms de estradas
rurais, Convocou 40 professores para a rede municipal e contratou outros
230 para vagas de substituição, além de 14 merendeiras e 14 auxiliares
de serviços gerais concursados. Passou a atender a totalidade das 27
linhas de transporte escolar existentes, ao passo que anteriormente
apenas 19 vinham sendo atendidas e de forma precária, em veículos sem as
condições de segurança adequadas. Vamos “catar cada nica” que pudermos
para fazer frente à necessidade de custeio, aplicando no projeto
desenhado para a saúde. Paralelamente o município lançou, e poucos na
comunicação deram a devida importância, o PAV – Plano de Aposentaria
Voluntária, que garante vantagem ao servidor que aderir, durante 20
anos, caso opte pelo afastamento por aposentadoria, agora. A medida
representará uma economia da maior importância – mais de 2 milhões de
reais mensais – e não desamparará aos que aderirem ao plano. O “turnão”
de trabalho dos servidores em alguns setores da administração,
também representa economia, bem como o rigor na autorização para horas
extras que encarecem a folha de pagamento. Suspendemos o carnaval,
enfrentando uma avalanche de críticas.
Não vejo, portanto, ao contrário do que se
tenta fixar na opinião pública, o descaso do atual governo municipal com
as suas responsabilidades. Isto não significa a inexistência de falhas,
erros e/ou equívocos. Entendendo que todo esforço para melhorar a saúde
é pequeno diante do drama e receios da população, e em respeito a essa
sofrida sociedade ilheense, adotamos essas medidas “cata nicas” que,
caso se revelem insuficientes, o governo Mário Alexandre será ainda mais
austero, mas não perderá o foco das soluções para a saúde. Assim,
iremos para o julgamento público ao final de 4 anos e poderemos fazer um
comparativo, analisando se a assistência à saúde em Ilhéus avançou e se
está ou não melhor do que o que o quadro que fora encontrado. (Alcides
Kruschewsky, é secretário de comunicação social da Prefeitura de Ilhéus)
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